terça-feira, 14 de julho de 2015

DISCIPLINA HISTORIA DA IGREJA BACHAREL

DISCIPLINA:  HISTORIA  DA  IGREJA        
01- INTRODUÇÃO
A Palavra Igreja vem do Grego ekklesia, quer dizer, convocação, reunião ou chamado. Na literatura secular, ekklesia referia-se a uma Assembleia de Pessoas, mas no Novo Testamento a Palavra tem sentido mais especializado. Na literatura secular podia usar a Palavra ekklesia para simbolizar  um comício, um ajuntamento ou uma reunião para qualquer outra finalidade. Mas no tocante a Igreja,  ekklesia refere-se à reunião de crentes Cristãos para adorar a Deus em Cisto Jesus.
02- OBJETIVO
Estudar a fundação e a implantação da Igreja até os Dias atuais, conhecer melhor a Igreja, o processo de sua divisão denominacional e os principais fundamentos bíblicos e dogmas praticados pela Igreja ao longo da Historia Religiosa e obter fundamentação histórica para compreender melhor os erros e acertos cometidos pela Igreja, e transformar isto em ferramenta que possibilite uma construção de um futuro melhor, logicamente através da percepção da influência e do crescimento da Igreja de Jesus, no passado e no presente.
03- PUBLICO ALVO:
Obreiros, Pastores, Missionários, Evangelistas, Homens e Mulheres com interesses na área Cristã, que possuam objetivos semelhantes ao proposto em nosso curso. Alunos ou formados em Teologia, História e outros afins.
04- CONTEÚDO
A fundação da Igreja, A comunidade de Jerusalém, O assassinato de Estevão, As atividades Missionárias, O Governo eclesiástico, Padrões de adoração, Ordens dos Cultos, A Ceia de Senhor, O Batismo, O calendário eclesiástico, Conceito do Novo Testamento sobre a Igreja, O Corpo de Cristo, O novo Israel, As características comuns, Quem eram os Pais da Igreja, Como nasceu a Igreja Católica, Como surgiu Protestantismo, o Nascimento de Lutero, Como surgiu as atuais Igreja protestantes, o protestantismo Brasileiro, os New  pentecostais.
05- A FUNDAÇÃO DA IGREJA.
A Palavra Igreja surge pela Primeira vez nas Escrituras Sagradas, no Livro
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de Matheus 16:18 quando Jesus, ouvindo de Pedro que Ele era o Filho de Deus, Jesus então disse-lhe: e tu és pedra e sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela. Quarenta Dias depois de Sua Ressurreição, Jesus deu instruções finais aos Discípulos e ascendeu ao Céu Atos 01:01-11. Os Discípulos voltaram para Jerusalém e se recolheram durante alguns Dias para jejuarem e orarem, aguardando a manifestação do Espírito Santo, em cumprimento a profecia do Profeta Joel 02:28, conforme o mesmo havia predito que O viria.  Cerca de 120 Pessoas seguidores de Jesus  aguardavam temerosos, reunidos em uma Casa. Cinquenta Dias após a Páscoa, no Dia de Pentecoste, um som como um vento impetuoso encheu a Casa onde o grupo estava reunido, então línguas de fogo pousaram sobre cada um deles e começaram a falar em línguas diferente da sua conforme o Espírito Santo os capacitava. Os visitantes estrangeiros ficaram surpresos ao ouvir os Discípulos falando em suas próprias línguas. Alguns dos que viram aquela cena, até zombaram, achando que os mesmos dizendo que deviam estarem embriagados Atos 02.13 mas Pedro fez calar a Multidão e explicou que estavam dando testemunho do derramamento do Espírito Santo predito pelos Profetas do Antigo Testamento Atos 02.16-21. Alguns dos observadores estrangeiros perguntaram o que deveriam fazer para receber o Espírito Santo, então Pedro lhes disse: Arrependei-vos e cada um de vós sejais  Batizados em nome do Pai do Filho e do Espírito Santo, para remissão dos vossos pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo, Atos 02.38. Cerca de Três Mil Pessoas aceitaram a Cristo como seu Salvador naquele Dia Atos 02.41. Durante alguns Anos Jerusalém foi o centro da Igreja. Muitos Judeus acreditavam que os seguidores de Jesus eram apenas outra seita do judaísmo. Suspeitavam que os Cristãos estavam  tentando começar um nova Religião de mistério em torno de Jesus de Nazaré.
06- A COMUNIDADE DE JERUSALÉM.
Os Primeiros Cristãos formavam uma comunidade estreitamente unida em Jerusalém após o Dia de Pentecoste. Esperavam que Cristo voltasse muito em breve, os Cristãos de Jerusalém repartiam todos os seus bens materiais, Atos 02.44-45. Muitos vendiam suas propriedades e entregava fielmente à Igreja o produto da venda, a qual distribuía esses recursos entre o grupo Atos 04.34-35. Os Cristãos de Jerusalém ainda iam ao Templo para orar Atos 02.46, mas começaram a partilhar a Ceia do Senhor em seus próprios lares conforme  vimos em Atos 02.42-46. Esta refeição simbólica trazia-lhes à mente sua nova Aliança com Deus, a qual Jesus
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havia feito sacrificando seu próprio Corpo e Sangue. Deus operava Milagres de cura e libertação por intermédio desses Primeiros Cristãos, Pessoas enfermas reuniam-se no Templo de sorte que os Apóstolo pudessem tocá-las em seu caminho para a Oração Atos 05.12-16. Esses Milagres convenceram muitos de que os Cristãos estavam verdadeiramente servindo a Deus, as autoridades do Templo, num esforço por suprimir o interesse das Pessoas na nova Religião, prendeu os Apóstolos, mas Deus enviou um Anjo para libertá-los Atos 05.17-20, o que provocou mais excitação. A Igreja crescia com tanta rapidez que os Apóstolos tiveram de nomear sete Homens, denominados de Diáconos, para distribuir víveres às viúvas necessitadas. Em Atos 01:12 a Igreja se reúne pela Primeira vez, e a eleição de Matias como Diácono, se torna o Primeiro ato da Igreja primitiva, o líder desse grupo até então, era Estevão, Homem cheio de Fé e do Espírito Santo" Atos 06.05. aqui, vemos o começo do Governo eclesiástico, os Apóstolos tiveram de delegar alguns de seus deveres a outros dirigentes, a medida que o tempo ia passando e a se desenvolvendo e ganhando credibilidade, os ofícios da Igreja foram dispostos numa estrutura um tanto complexa.
07- AS  PERSEGUIÇOES
O primeiro grande desafio da Igreja foram as perseguições, a princípio o governo romano considerava a Igreja Cristã como uma das seitas do judaísmo, e como tal, uma Religião licita. Posteriormente, com o crescimento do Cristianismo, passou a ver a igreja como distinta do judaísmo. À medida que crescia, o Cristianismo passou a sofrer cada vez mais oposição por parte da sociedade pagã e do próprio Estado, a primeira grande perseguição movida pelo Império deu-se sob Nero. A partir daí, outras perseguições ocorreram, mas elas nem foram de cunho universal, nem de duração contínua, muitas vezes dependia do Governo provincial.  No Ano 81 Dc. Dominiciano  sucedeu o Imperador Tito, no início do seu reinado foi benigno para com os Cristãos, mas o final do seu reinado é marcado por uma intensa perseguição. Dominiciano era um amante das tradições romanas e passou a ver no Cristianismo, que em algumas regiões do Império havia ganho muitos seguidores, uma ameaça para estas tradições. Nesta época o Templo de Jerusalém não existia mais então Dominciano decidiu que todos os judeus deviam enviar às arcas imperiais a oferta anual que antes mandavam a Jerusalém. Quando alguns Judeus negaram a fazê-lo ou mandavam o Dinheiro ao mesmo tempo que deixavam bem claro que Roma não havia ocupado o lugar de Jerusalém, Domiciano  começou a persegui-los e a exigir o pagamento da
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oferta. Já que ainda não estava totalmente delimitada a relação do judaísmo com o Cristianismo, os funcionários imperiais começaram a pressionar todos os que praticavam "costumes judaicos". Assim se destacou uma nova perseguição que parece haver sido dirigida, não somente contra os Cristãos, mas também contra os Judeus. A perseguição infligida por Domiciano não atingiu todo o Império, somente a Cidade de Roma e a Ásia Menor. Em Roma mandou executar seu parente Flávio Clemente e sua esposa Flávia Domicilia, os acusando de ateísmo e de costumes judaicos. Por adorarem um Deus invisível geralmente os Cristãos eram acusados de serem ateus. Provavelmente, Flávio Clemente e sua Esposa tenham sido mortos por serem Cristãos. Estes são os únicos dois mártires romanos no tempo de Domiciano que conhecemos pelo Nome. Mas vários escritores antigos afirmam que foram muitos, e uma carta escrita pela Igreja de Roma à de Corinto pouco depois da perseguição se refere a "os males e provas inesperadas e seguidas que sobrevieram a nós.  Após Nero, Domiciano, moveu curta, mas feroz perseguição aos Cristãos. Já no Segundo Século, o Imperador Trajano estabeleceu a política que norteou as perseguições ao cristianismo: o Estado não deveria gastar seus recursos caçando os Cristãos, mas os que fossem denunciados deveriam ser levados ao tribunal e instados a negar a Cristo e adorar os deuses romanos. Quem não o fizesse deveria ser condenado à morte. Dessa forma, a perseguição não tinha um caráter de política de Estado, mas estava sempre presente, posto que somente em 313, o cristianismo passou a ser considerada uma Religião licita. Assim, vários foram os mártires Cristãos nesse início da Igreja: Simeão e Inácio, no período compreendido entre os reinados de Trajano e Antonino Pio; Policarpo e Justino, o Mártir, sob o reinado de Marco Aurélio; Leônidas, Perpétua e Felicitas, sob o reinado de Séptimo Severo; Cipriano e Sexto, durante a perseguição movida pelo imperador Valeriano. Perseguiram ainda a Igreja os imperadores Décio, Diocleciano e Galério. Basicamente havia duas linhas de oposição ao Cristianismo: popular e erudita. A oposição popular estava baseada em rumores e falsas interpretações dos ritos cristãos. Era voz corrente entre o Povo que os Cristãos participavam de festas onde havia orgias com incestos, inclusive, interpretando mal o fato de os Cristãos se chamarem de Irmãos e praticarem o Agape. Já os Homens cultos da época faziam acusações a partir da própria crença dos Cristãos, tais como, “Por um lado dizem que é Onipotente, que é o ser Supremo que se encontra acima de tudo, mas por outro o descrevem como um ser curioso, que se imiscui com todos os assuntos Humanos, que está em todas as casas vendo o que se diz e até o que se cozinha. Esse modo de conceber a divindade é uma
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irracionalidade. Ou se trata de um ser Onipotente, por cima de todos os outros seres, e portanto, apartado deste mundo; ou se trata de um ser curioso e intrometido, para quem as pequenezas humanas são interessantes.  Cria também o Povo que os Cristãos comiam a carne de recém-nascidos, isto devido ao que ouviam falar sobre a Ceia, na qual comiam a carne de Jesus, juntamente com os relatos do nascimento de Cristo. Ao Povo em geral, a Igreja respondeu chamando-o a ver a conduta moral dos Cristãos, muito superior à dos pagãos.
08- AS HERISIAS
Ao lados das perseguições externas, o Cristianismo enfrentou um inimigo muito mais terrível, posto que interno, através de heresias, algumas delas propostas por líderes da própria Igreja. As Primeiras heresias enfrentadas pela Igreja vieram dos Judeus convertidos, problema já enfrentado por Paulo na Igreja da Galáxia. Os ebionitas,  eram farisaicos em sua natureza. Não reconheciam o apostolado de Paulo e exigiam que os Cristãos gentios se submetessem ao rito da circuncisão. No desejo de manterem o monoteísmo do Antigo Testamento, os ebionitas negavam a divindade de Cristo e seu nascimento virginal, afirmando que Ele só se distinguia dos outros Homens por sua estrita observância da Lei, tendo sido escolhido como Messias por causa de sua piedade legal. Os elquesaítas, por sua vez, apresentavam um tipo de Cristianismo judaico assinalado por especulações teosóficas e ascetismo estrito. Rejeitavam o nascimento virginal de Cristo, mas julgavam-no um espírito ou Anjo superior. A circuncisão e o Sábado eram grandemente honrados; havia repetidas lavagens, sendo-lhes atribuídos poderes mágicos de purificação e reconciliação; a mágica e a astrologia eram praticadas entre eles. Com toda probabilidade se referem a essas heresias a Epístola aos Colossenses e 1ª Timóteo. O ambiente gentílico também forneceu sua cota de heresias que atingiram a Igreja. O Gnosticismo, muito embora não possuísse uma liderança unificada e se apresentasse como um corpo doutrinário amorfo, foi terrível para a Igreja. Já vemos um gnosticismo incipiente no próprio período apostólico Cl 02.18, 1ª Tm 01.03-0. Nesse período, Celinto ensinava uma distinção entre o Jesus Humano e o Cristo, que seria um espírito superior que descera sobre Jesus no momento do Batismo e tê-lo-ia deixado antes da crucificação. Vemos João combatendo indiretamente essa heresia em João 01.14; 20.31; 1ª João 02.22; 04.02,15; 05.01,05-06 e 2ª João 07. No Segundo Século, esses erros assumem uma forma mais desenvolvida, muito embora continuassem como um corpo amorfo. A bem  da verdade poderíamos dizer que houve
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gnosticismos, mas há pensamentos comuns às várias correntes gnósticas. Gnosticismo vem do Grego, “gnosis”, que significa conhecimento.  Para os gnósticos, a Salvação era alcançada através do conhecimento esotérico de Mistérios, os quais só eram revelados aos iniciados. Dividiam a humanidade em “pneumáticos”, “psíquicos” e hílicos. Os Primeiros eram a elite da Igreja, os que alcançavam o conhecimento que leva à Salvação; os seguintes, eram os Cristãos comuns, que poderiam alcançar a Salvação através da Fé e das boas obras; os últimos eram os gentios, irremediavelmente perdidos. Na cosmovisão gnóstica, tudo que era material era essencialmente mau, e o que era espiritual era essencialmente bom. Logo, o Deus do Novo Testamento não poderia ser o deus do Antigo Testamento. O deus do Antigo Testamento,  era tido como Demiurgo, o criador do Mundo visível, ainda na visão gnóstica, entre o Deus bondoso que se revelou em Cristo e o Mundo material havia vários intermediários, através dos quais o Homem poderia achegar-se a Deus. Sendo o corpo mau e o espírito bom, os gnósticos tendiam para dois extremos: alguns seguiam um ascetismo rigoroso, mortificando a carne, enquanto outros se lançavam na mais desregrada libertinagem. Outra heresia que mereceu o combate da Igreja foi a heresia de Márcion, filho do bispo de Sinope, que parece ter tido duas grandes antipatias: Pelo Judaísmo e pelo Mundo material. Ensinava Márcion, à semelhança dos gnósticos, que Jeová, o Deus do Antigo Testamento não era o Deus do Novo Testamento, este, o Deus Supremo. Jeová, era um Deus mau, ou pelo menos ignorante, vingativo, ciumento e arbitrário. O Mundo material e suas criaturas eram criação de Jeová e não do Deus supremo. Este, entretanto, apiedou-se das criaturas de Jeová enviou Jesus, que não nasceu de uma Mulher, posto que isso faria com que passasse a ser Criatura do deus inferior. Jesus surgiu como Homem maduro no reinado de Tibério, na Galileia. Márcion rejeitou o Antigo Testamento, que até então eram as Escrituras aceitas na Igreja Cristã, o cânon do Novo  Testamento  ainda não havia sido elaborado, por serem a palavra de Jeová, Deus inferior, e formulou um Cânon para si e seus seguidores, que constava do Evangelho de Lucas, expurgado do que ele considerava “judaísmo, e das cartas de Paulo. Também ensinava  Márcion que não haverá juízo final, posto que o Deus amoroso a todos perdoará, negava a Criação, a encarnação e a ressurreição final. Márcion chegou a formar uma Igreja independente e seu ensino foi de um perigo terrível para a Igreja, que na época não possuía um corpo doutrinário estabelecido e reconhecido por toda a cristandade. Como se não bastasse essas heresias, houve também as heresias dos Montanistas e dos Monarquistas. Os montanismo surgiu na Frígia, por volta do Ano 150.
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Montano afirmava que o último e mais elevado estágio da revelação já fora atingido. Chegara a era do Paracleto, que falava através de Montano, e que se caracterizava pelos Dons espirituais, especialmente a profecia. Montano e seus colaboradores eram tidos como os últimos Profetas, trazendo novas revelações. Eram ortodoxos no que diz respeito à regra de Fé, mas afirmavam possuir revelações mais profundas que as contidas nas Escrituras. Faziam estritas exigências morais, tais como o celibato, o Jejum e uma rígida disciplina moral. Já o monarquianismo estava interessado na manutenção do monoteísmo do Antigo  Testamento. Seguiu duas vertentes: o monarquianismo dinâmico e o monarquianismo modalista. O Primeiro estava interessado em manter a unidade de Deus, e estava alinhado com a heresia ebionita. Para eles, Jesus teria sido tomado de maneira especial pelo Logos de Deus, passando a merecer honras divinas, mas sendo inferior a Deus. O segundo, também chamado de sabelianismo, concebia as três Pessoas da Trindade como os Três modos pelos quais Deus se manifestava aos Homens.
09- O ASSASINATO  DE  ESTEVÃO
Certo Dia um grupo de Judeus apoderou-se de Estevão e, acusando-o de blasfêmia, o levou à presença do conselho do Sumo Sacerdote, Estevão fez uma eloquente defesa da Fé Cristã, explicando como Jesus cumpriu as antigas profecias referentes ao Messias que libertaria seu Povo da escravidão do pecado, ele denunciou os Judeus como "traidores e assassinos" do Filho de Deus Atos 07.52 e erguendo os Olhos para o Céu, ele exclamou que via a Jesus em Pé à destra de Deus Atos 07.55, isso enfureceu os Judeus, que o levaram para fora da Cidade e o apedrejaram Atos 07.58-60. Esse fato deu início a uma onda de perseguição que levou muitos Cristãos a abandonarem Jerusalém Atos 08.01, alguns desses Cristãos, mais conhecidos, como os do caminho, estabeleceram-se entre os gentios de Samaria, onde fizeram muitos convertidos Atos 08. 05-08, ao se dispersarem por varias partes com medo da perseguição, eles estabeleceram congregações em diversas Cidades gentias, como Antioquia da Síria, a princípio os Cristãos hesitavam em receber os gentios na Igreja, porque eles viam a Igreja como um cumprimento da profecia judaica.
10- AS  ATIVIDADES  MISSIONARIAS.
Cristo havia estabelecido sua Igreja na encruzilhada do Mundo antigo, as rotas comerciais traziam mercadores e embaixadores através da Palestina, onde eles entravam em contato com o Evangelho, dessa
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maneira, no Livro de Atos vemos a conversão de oficiais de Roma Atos 10.01-48, da Etiópia Atos 08.26:40 e de outras Terras. Logo depois da morte de Estevão, a Igreja deu início a uma atividade sistemática para levar o Evangelho a outras Nações, Pedro visitou as principais Cidades da Palestina, pregando tanto a Judeus como aos gentios. Outros foram para a Fenícia, Chipre e Antioquia da Síria, que o Evangelho era bem recebido nessas regiões, a Igreja de Jerusalém enviou a Barnabé para incentivar os novos Cristãos em Antioquia, Livro de Atos 11.22-23, Barnabé, a seguir, foi para Tarso em busca do Jovem convertido Saulo, Paulo e o levou para a Antioquia, onde ensinaram na Igreja durante um Ano Atos 11.26. Um Profeta por Nome Ágabo predisse que o Império Romano sofreria uma grande fome sob o Governo do Imperador Cláudio. Herodes Agripa  estava perseguindo a Igreja em Jerusalém; ele já havia executado a Tiago, Irmão de João, e tinha lançado Pedro na prisão Livro de Atos 12.01-04. Assim os Cristãos de Antioquia coletaram Dinheiro para sustentar seus amigos em Jerusalém, e enviaram Barnabé e Paulo com o socorro, os dois voltaram de Jerusalém levando um Jovem chamado João Marcos Atos 12.25. Por esta ocasião diversos Evangelistas haviam surgido no seio da Igreja de Antioquia, de modo que a congregação enviou Barnabé e Paulo numa viagem Missionária à Ásia Menor Atos 13-14, esta foi a Primeira de Três grandes viagens Missionárias que Paulo fez para levar o Evangelho aos recantos longínquos do Império Romano. Os Primeiros Missionários Cristãos concentraram seus ensinos na Pessoa e Obra de Jesus Cristo, declararam que ele era o servo impecável e Filho de Deus que havia dado sua Vida para expiar os pecados de todas as Pessoas que depositavam sua confiança nEle Rm 05.08-10, Ele era aquele a quem Deus ressuscitou dos mortos para derrotar o poder que escraviza o Homem, que é o pecado Romanos 04.24-25.
11- O  GOVERNO  ECLESIÁSTICO.
A princípio, os seguidores de Jesus não viram a necessidade de desenvolver um sistema de Governo da Igreja, esperavam que Cristo voltasse em breve, por isso tratavam os problemas internos à medida que surgiam, geralmente de um modo muito informal, mas o tempo em que Paulo escreveu suas Cartas às Igrejas, os Cristãos reconheciam a necessidade de organizar o seu Trabalho, o Novo Testamento não nos dá um quadro pormenorizado deste Governo da Igreja primitiva, é evidentemente, que um ou mais Presbíteros presidiam os negócios de cada congregação Rm 12. 06-08; 1ª Ts 05.12; Hb 13.07,17,24, exatamente como os anciãos faziam nas Sinagogas judaicas. Esses anciãos, ou
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Presbíteros eram escolhidos pelo Espírito Santo Atos 20.28, mas os Apóstolos os nomeavam Atos 14.23, por conseguinte, o Espírito Santo trabalhava por meio dos Apóstolos ordenando Líderes pra o Ministério. Alguns Ministros chamados Evangelistas parecem ter viajado de uma Congregação para outra, como faziam os Apóstolos. Seu titulo significa: Homens que manuseiam o Evangelho, alguns têm achado que eram todos representantes Pessoais dos Apóstolos, como Timóteo o foi de Paulo; outros supõem que obtiveram esse Nome por manifestarem um Dom especial de Evangelização, os anciãos assumiam os deveres pastorais normais entre as visitas desses Evangelistas.
12- OS PADRÕES  DE ADORAÇÃO.
Visto que os Cristãos primitivos adoravam juntos, estabeleceram padrões de adoração que diferiam muito dos cultos da Sinagoga, não temos um quadro claro da adoração Cristã primitiva até 150 dC, quando Justino Mártir, um dos maiores Teólogo da Igreja primitiva, descreveu os Cultos típicos de adoração, Sabemos que a Igreja primitiva realizava seus serviços no Domingo, o  Primeiro Dia Semana, chamavam-no de "o Dia do Senhor" porque foi o Dia em que Cristo ressurgiu dos mortos, os Primeiros Cristãos reuniam-se no Templo em Jerusalém, nas Sinagogas, ou nos lares Atos 02.46; 13.14-16; 20. 07-08, alguns estudiosos creem que a referência aos ensino de Paulo na Escola de Tirano Atos 19.09 indica que os Cristãos primitivos às vezes alugavam prédios de Escola ou outras instalações. Não temos prova alguma de que os Cristãos tenham construído instalações especial  para seus Cultos de adoração durante mais de um Século após o tempo de Cristo. Onde os Cristãos eram perseguidos, reuniam-se em lugares secretos como as catacumbas e túmulos subterrâneo de Roma. Creem os eruditos que os Primeiros Cristãos adoravam nas Noites de Domingo e que seu Culto girava em torno da Ceia do Senhor, mas nalgum ponto os Cristãos começavam a manter dois Cultos de adoração no Domingo, conforme descreve Justino Mártir, um bem cedo de Manhã e outro ao entardecer, as Horas eram escolhidas por questão de segredo e para atender às Pessoas trabalhadoras que não podiam comparecer aos Cultos de adoração que eram realizados normalmente durante o Dia.
13- ORDENS  DOS  CULTOS.
Geralmente o Culto matutino era uma ocasião de louvor, Oração e pregação, o serviço improvisado de adoração dos Cristãos no Dia de Pentecoste sugere um padrão de adoração que podia ter sido geralmente
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adotado, Primeiro, Pedro leu as Escrituras, depois pregou um sermão que aplicou as Escrituras à situação presente dos adoradores Atos 02.14-36. As Pessoas que aceitavam a Cristo eram batizadas, seguindo o exemplo do próprio Senhor, os adoradores participavam dos cânticos, das testemunhos  ou de Palavras de exortação, 1ª Co.14.26.
14- A CEIA DO SENHOR
Os Primeiros Cristãos tomavam a refeição simbólica da Ceia do Senhor para comemorar a Última Ceia, na qual Jesus e seus Discípulos observaram a tradicional festa judaica da Páscoa, os temas dos Dois eventos eram os mesmo, na Páscoa os Judeus regozijavam-se porque Deus os havia libertado de seus inimigos e aguardavam com expectação o futuro como Filhos de Deus, na Ceia do Senhor, os Cristãos celebravam o modo como Jesus os havia libertado do pecado e expressavam sua esperança pelo Dia quando Cristo voltaria 1ª Co 11.26. A princípio, a Ceia do Senhor era uma refeição completa que os Cristãos partilhavam em suas Casas, cada convidado trazia um prato para a mesa comum. A refeição começava com Oração e com o comer de pedacinhos de um único pão que representava o corpo partido de Cristo, encerrava-se a refeição com outra Oração e a seguir participavam de uma taça de vinho, que representava o Sangue vertido de Cristo. Algumas Pessoas conjeturavam que os Cristãos estavam participando de um rito secreto  quando observavam a Ceia do Senhor, e inventaram estranhas Histórias a respeito desses Cultos, o imperador Trajano proscreveu essas reuniões secretas por volta do Ano 100 dC, nesse tempo os Cristãos começaram a observar a Ceia do Senhor durante o culto matutino de adoração aberto ao público.
15- O  BATISMO
O Batismo era um acontecimento comum da adoração Cristã no Tempo de Paulo, Efésios 04.05, contudo, os Cristãos não foram os Primeiros a celebrar o Batismo, os Judeus Batizavam seus convertidos gentios; algumas seitas judaicas praticavam o Batismo como símbolo de purificação, e João Batista fez dele uma importante parte de seu Ministério, o Novo Testamento não diz se Jesus batizava regularmente seus convertidos, mas numa ocasião, pelo menos, antes da prisão de João, ele foi encontrado batizando, em todo o caso, os Primeiros Cristãos eram batizados em Nome de Jesus, seguindo o seu próprio exemplo Marcos, 01.10. Gálatas 03.27. Parece que os Primeiros Cristãos interpretavam o significado do Batismo de vários modos, como símbolo
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da morte de uma Pessoa para o pecado Romanos 06.04 Gálatas 02.12 da purificação de pecados Atos 22.16; Efésios 05.26 e da nova  Vida em Cristo Atos 02.41; Romanos 06.03 de quando em quando toda a Família de um novo convertido era batizado Atos 10.48; 16.33; 1ª Coríntios 01.16, o que pode significar o desejo da Pessoa de consagrar a Cristo tudo quanto tinha.
16- O  CALENDÁRIO   ECLESIÁSTICO.
O Novo Testamento não apresenta nenhuma evidencia de que a Igreja primitiva observava quaisquer  dia Santos, a não ser sua adoração no Primeiro Dia da Semana Atos 20 07; 1ª Coríntios 16.02; Ap 01.10. Os Cristãos não observam o Domingo como dia de descanso até ao Quarto século de nossa era, quando o Imperador Constantino designou-o como um Dia Santo para todo o Império Romano, os Primeiros Cristãos não confundiam o Domingo com o Sábado judaico, e não faziam tentativa alguma para aplicar a ele a legislação referente ao Sábado. O historiador Eusébio diz-nos que os Cristãos celebravam a Páscoa desde os tempos apostólicos; 1ª Coríntios 05 06-08 talvez se refira a uma Páscoa Cristã na mesma ocasião da Páscoa judaica. Por volta do ano 120 dC, a Igreja de Roma mudou a celebração para o Domingo após a Páscoa judaica enquanto a Igreja Ortodoxa Oriental continuou a celebração, obedecendo ao calendário da Páscoa Judaica.
15- O CONCEITO  DO  NOVO  TESTAMENTO  SOBRE  A IGREJA.
É interessante pesquisar vários conceitos da Igreja no Novo Testamento. A Bíblia refere-se aos Primeiros Cristãos como Família e Templo de Deus, como rebanho e Noiva de Cristo, como Sal, como fermento, como pescadores, como baluarte sustentador da Verdade de Deus, os do caminho e de muitas outras maneiras. Pensava-se na Igreja como uma comunidade mundial única de crentes, da qual cada congregação local era afloramento e amostra, os Primeiros escritores Cristãos muitas vezes se referiam à Igreja como o Corpo de Cristo e o novo Israel, esses Dois conceitos revelam muito da compreensão que os Primeiros Cristãos tinha da sua missão no Mundo.
16- O  CORPO  DE  CRISTO.
Paulo descreve a Igreja como "um só Corpo em Cristo" Rm 12.05 e "seu Corpo" Ef 01.23, em outras Palavras, a Igreja encerra numa  comunhão única de Vida Divina todos os que são unidos a Cristo pelo Espírito Santo mediante a Fé, esses participam da ressurreição, Rm 06.08, e são a um
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tempo chamados e capacitados para continuar seu Ministério de servir e sofrer para abençoar a outros 1ª Co 12.14-26 estão ligados numa comunidade que personifica o reino de Deus no Mundo. Pelo fato de estarem ligados  a outros Cristãos, essas Pessoas entendiam que o que faziam com seus próprios corpos e capacidades era muito importante Rm 12.01; 1ª Co 06.13-19; 2ª Co 05.10, entendiam que as várias raças e classes tornam-se uma em Cristo 1ª Co 12.03; Ef 02.14-22, e deviam aceitar-se e amar-se uns aos outros de um modo que revelasse tal realidade. Descrevendo a Igreja com o Corpo de Cristo, os Primeiros Cristãos acentuaram que Cristo era o Cabeça da Igreja Ef 05.23. Ele orientava as ações da Igreja e merecia todo o louvor que ela recebia,  todo o poder da Igreja para adorar e servir era Dom de Cristo.
17- O NOVO ISRAEL
Os Primeiros Cristãos identificavam-se com Israel, povo escolhido de Deus, acreditavam que a vinda e o Ministério de Jesus cumpriram a promessa de Deus aos patriarcas Mt 02.06; Lc 01.68; At 05.31, e sustentavam que Deus havia estabelecido uma nova Aliança com os seguidores de Jesus 2ª Co. 03.06; Hb 07.22, 09.15. Deus, sustentavam eles, havia estabelecido seu novo Israel na base da Salvação pessoal, e não em linhagem de Família, sua Igreja era uma nação espiritual que transcendia a todas as heranças culturais e nacionais, quem quer que depositasse Fé na nova Aliança de Deus, rendesse a Vida a Cristo, tornava-se descendente espiritual de Abraão e, como tal, passava a fazer parte do "novo Israel" Mt 08.11; Lc 13.28-30; Rm 04.09-25; Gl 03-04; Hb11-12. Além de muitas outras referencias no Novo Testamento.
18- AS  CARACTERÍSTICAS  COMUNS.
Algumas qualidades comuns emergem das muitas imagens da Igreja que encontramos no Novo Testamento, todas elas mostram que a Igreja existe  porque Deus trouxe à existência, Cristo comissionou seus seguidores a levar avante a Sua obra, e essa é a razão da existência da Igreja, as várias imagens que o Novo Testamento apresenta da Igreja acentuam que o Espírito Santo a capacita de poder e determina a sua direção, os membros da Igreja participam de uma tarefa comum e de um destino comum sob a orientação do Espírito Santo. A Igreja é uma entidade viva e ativa, ela participa dos negócios deste Mundo; demonstra o modo de Vida que Deus tenciona para todas as Pessoas, e proclamam a Palavra de Deus para a era presente, a unidade e a pureza espirituais da Igreja estão em nítido contraste com a inimizade e a corrupção do Mundo, é
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responsabilidade da Igreja em todas as congregações particulares mediante as quais ela se torna visível, praticar a unidade, o Amor e o cuidado de um modo que mostre que Cristo vive verdadeiramente naqueles que lhe, lhe Honra e teme ao seu Nome e lhe adora em espirito e em Verdade.
19- QUEM  ERAM  OS  PAIS  DA IGREJA.
O título “Pai”, aplicado historicamente a alguns líderes Cristãos, surgiu devido à reverência que muitos nutriam pelos Bispos dos Primeiros séculos, a estes chamavam carinhosamente de “Pais” devido ao Amor e zelo que tinham pela Igreja, mais tarde, porém, este termo foi sacralizado pelos escritores eclesiásticos, por volta de 1073 Gregório VII reivindica com exclusividade o termo Papa ou seja Pai dos Pais. Ele tem sua originalidade na Igreja do Ocidente, do século II. Os Pais Apostólicos foram Homens que tiveram contato direto com os Apóstolos, ou que foi citado por alguns deles, por três indivíduos, Clemente de Roma, Inácio e Policarpo, esta titulação é regularmente aplicada, principalmente Policarpo, para o qual existem evidências de contato direto com os Apóstolos. No final do século 1º morre em Éfeso o último dos Apóstolos, João, após ter servido ao seu mestre fielmente durante toda sua Vida é agora recolhido ao seu lado no lar celestial, terminava assim a era Apostólica, mas Deus já havia preparado Homens capazes para cuidar do seu rebanho, começa um período novo para a Igreja, a obra que os Apóstolos receberam de seu Salvador e a desenvolveram tão arduamente acha-se agora nas mãos de novos Líderes que tinham a incumbência de desenvolver a Vida litúrgica da Igreja como fizeram aqueles, o período que comumente é chamado de pós-apostólico é de intenso desenvolvimento do pensamento Cristão. O Estado Romano e as heresias encontraram adversários à altura no seio da Igreja Cristã, seja através de mártires anônimos, que deram suas Vidas mas não negaram a Jesus, seja nos Homens que começaram a formular as doutrinas muitas das quais esposamos até hoje. Estes Homens são chamados de Pais da Igreja, cujos ensinos passamos a resumir:
IRINEU: Nascido no Oriente e discípulo de Policarpo. Foi Bispo de Lion. Escreveu Contra Heresias, no qual investe principalmente contra os gnósticos.
HIPÓLITO: Discípulo de Irineu; menos dotado que seu Mestre; gostava mais das ideias filosóficas que Irineu. Provavelmente sofreu o martírio em Roma, sua principal obra se chama Refutação de Todas as Heresias, na qual ele contesta os ensinos gnósticos.
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TERTULIANO: Homem de grande erudição, vívida imaginação e intensos sentimentos, De gênio explosivo, era naturalmente apaixonado na apresentação do Cristianismo. Era advogado e introduziu termos e conceitos jurídicos na discussão teológica. Tendia a deduzir que todas as heresias provinham da filosofia Grega, razão pela qual se tornou ardente opositor da Filosofia. Seu fervor o levou a unir-se ao montanhismo no final da vida.
20- COMO NASCEU A  IGREJA  CATÓLICA.
A origem do Catolicismo foi em razão do desvio doutrinário das Igrejas primitivas, após a morte de Cristo, fundador da Igreja, seus Discípulos ficaram vulneráveis aos ataques dos adversários, Estevão foi morto apedrejado pela multidão enfurecida, Atos 07:57-60, mais tarde o Apóstolo Tiago foi morto à espada pelo rei Herodes, Atos 12:01-02, por incrível que pareça, as perseguições dos inimigos colaboraram para o surgimento de outras Igrejas. O Livro de Atos diz “Mas os que andavam dispersos iam por toda a parte, anunciando a Palavra” Atos 08:04 08:04, no início do Ano 313 d.C o cristianismo tinha alcançado uma poderosa vitória sobre o paganismo. Um novo Imperador veio ocupar o trono do Império Romano, ele evidentemente reconheceu algo do misterioso poder dessa Religião que continuava a crescer, não obstante a intensidade da perseguição, a História diz que este Imperador era Constantino, o mesmo 312 dC. teve uma maravilhosa e real visão, avistou no Céu uma cruz de brilhante de luz vermelha na qual estavam escrito a fogo as seguintes Palavras: "Com este sinal vencerás, Constantino interpretou isto como uma ordem para que se tornasse Cristão. Diferente de Diocleciano que perseguiu, prendeu e matou  os Primeiros Cristãos, Constantino entendeu que, abandonando o paganismo e unindo o poder do Império Romano ao poder espiritual do Cristianismo, o Mundo seria facilmente conquistado, deste modo, a Religião Cristã se tornaria uma Religião universal e o Império Romano o Império de todo o Mundo, assim sob a Liderança de Constantino veio um período de descanso para os Cristão e uma proposta de Casamento. O Império Romano por intermédio de seu imperador e o cristianismo,  subiram ao Altar selando esse inusitado Casamento. Para tornar efetiva e consumada esta união um concílio foi convocado, em 313, foi feita uma convocação para que fossem enviados, juntamente, Representantes de todas as Igrejas Cristãs. Mas nem todas, vieram, a Aliança estava consumada, uma hierarquia foi formada, na organização desta Hierarquia Cristo foi destronado e o Imperador Constantino se tornou o cabeça  da Igreja, nascia ali a Igreja Católica, em
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321 Constantino emitiu outro decreto, onde o Sábado que era o Dia consagrado a adoração ao Deus Criador, foi substituído pelo Domingo, que anteriormente já era adorado em homenagem ao Rei Sol. Esta é a copia do edito do Imperador Constantino.  Que todos os Juízes, e todos os habitantes da Cidade, e todos os mercadores e artífices descansem no venerável dia do Sol. “Não obstante, atentam os lavradores com plena liberdade ao cultivo dos campos; visto acontecer a miúdo que nenhum outro Dia é tão  adequado à semeadura do grão ou ao plantio da vinha; daí o não se dever deixar passar o tempo favorável concedido pelo Céu.  Codex Justinianus, lib. 13 it. 12, par. 2 3.)
21- COMO SURGIU O  PROTESTANTISMO.
A reforma Protestante foi um movimento reformista Cristão iniciado no início do século XVI por Martinho Lutero, quando através da publicação de suas Noventa  e Cinco, em 31 de Outubro de 1517 na porta da Igreja do Castelo de Witten Berg, protestou contra diversos pontos da doutrina da Igreja Católica, propondo uma reforma no catolicismo. Os princípios fundamentais da reforma Protestante são conhecidos como os Cinco solas. Lutero foi apoiado por vários religiosos e governantes europeus provocando uma revolução religiosa, iniciada na Alemanha, e estendendo-se pela Suíça, França, Países Baixos, Reino Unido, Escandinávia e algumas partes do Leste europeu, principalmente os Países Bálticos e a Hungria. A resposta da Igreja Católica romana foi o movimento conhecido como contra reforma ou reforma Católica, iniciada no Concílio de Trento. O resultado da reforma Protestante foi a divisão da chamada Igreja do Ocidente, entre os Católicos romanos e os reformados ou protestantes, originando assim o Protestantismo. Os Cinco solas são frases latinas que surgiram durante a reforma Protestante, e princípios fundamentais da reforma Protestante, em contradição com o ensinamento da Igreja Católica Romana da época. A Palavra latina sola significa somente" em Português, os Cinco solas sintetizam os credos Teológicos básicos dos reformadores, pilares os quais creram ser essenciais da Vida e prática Cristã, todos os Cinco implicitamente rejeitam ou se contrapõe aos ensinamentos da então dominante Igreja romana, a qual tinha na mente dos reformadores usurpado atributos Divinos ou qualidades para a Igreja e sua hierarquia, especialmente seu superior, o Papa. Os Cincos solas são esses: Sola fide somente a Fé; Sola scriptura somente a Escritura; Sola Christus somente Cristo; Sola gratia somente a Graça; Sola  Deo gloria glória somente a Deus.

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22- COMO  MORRAAM OS APÓSTOLOS
ANDRÉ
André,  foi Discípulo de João Batista, de quem ouviu a seguinte afirmação sobre Jesus: Eis aqui o Cordeiro de Deus. André comunicou as boas notícias ao seu Irmão Simão Pedro: “Achamos o Messias,  João 01.35-42; Mateus 10.02. O lugar do seu martírio foi em Acaia, província romana que, com a Macedônia, formava a Grécia. Diz a tradição que ele foi amarrado a uma cruz em forma de xis, não foi pregado para que seu sofrimento se prolongasse.
BARTOLOMEU
Bartolomeu, em sido identificado com Natanael. Natural de Caná da Galileia, Recebeu de Jesus uma palavra edificante: “Eis aqui um verdadeiro israelita, em quem não há dolo” Mateus 10.03; João 01.45-47 Exerceu seu Ministério na Anatólia, Etiópia, Armênia, Índia e Mesopotâmia, pregando e ensinando. Foi esfolado vivo e crucificado de cabeça para baixo. Outros dizem que teria sido golpeado até a morte.
FILIPE
Filipe, era natural de Betsaida, Cidade de André e Pedro, um dos Primeiros a ser chamado por Jesus, a quem trouxe seu amigo Natanael João 01.43-46. Diz-se que pregou na Frigia e morreu como mártir em Hierápolis.
JOÃO 
O Apóstolo Joao, conhecido como o Apostolo do Amor, que recebeu de Jesus a missão de cuidar de Maria. “O Discípulo que Jesus amava, João 13.23. Pescador, Filho de Zebedeu Mateus 04.21 o único que permaneceu perto da cruz João 19.26-27. Foi  o Primeiro a crer na ressurreição de Cristo, João 20.1-10. A tradição relata que João residiu na região de Éfeso, onde fundou várias Igrejas. Na ilha de Patmos, no mar Egeu, para onde foi desterrado, teve as visões referidas no Apocalipse, 01.09. Após sua libertação teria retornado a Éfeso. Teve morte natural com idade de 100 anos.
JUDAS TADEU
Judas Tadeu, foi quem, na última ceia, perguntou a Jesus: "Senhor, por que te manifestarás a nós e não ao Mundo? João 14:22-23. Nada se sabe
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da Vida de Judas Tadeu depois da ascensão de Jesus. Diz a tradição que pregou o Evangelho na Mesopotâmia, e dessa, Arábia, Síria e também na Pérsia, onde foi martirizado juntamente com Simão, o Zelote.
JUDAS  ISCARIOTES
Judas, Filho de Simão, traiu a Jesus por Trinta peças de prata, enforcando-se em seguida, Mateus 26:14-16; 27:03-05.
MATEUS
Mateus Filho de Alfeu, e também chamado de Levi. Cobrador de impostos nos domínios de Herodes Antipas, em Cafarnaum, Marcos 02.14; Mateus 09.09-0103; 10.03; Atos 01.13. Percorreu a Judéia, Etiópia e Pérsia, pregando e ensinando. Há várias versões sobre a sua morte. Teria morrido como mártir na Etiópia.
MATIAS 
Matias, foi escolhido para substituir Judas Iscariotes, assim que Jesus ascendeu ao Céu, Atos 01.15-26. Diz-se que exerceu seu Ministério na Judéia e Macedônia. Teria sido martirizado na Etiópia.
PAULO 
O Apostolo Paulo, foi o maior Missionário que a Igreja  primitiva teve,   Israelita da tribo de Benjamim, Filipenses 03.05. Natural de Tarso, na Cilícia, Hoje a atual Turquia. O Apóstolo dos Gentios, passou de perseguidor dos  Cristãos, a pregador do Evangelho e perseguido. Realizou três grandes viagens missionárias e fundou várias Igrejas. Segundo a tradição, decapitado em Roma, nos tempos de Nero, no Ano 67 ou 70, Atos 08.03; 13.09; 23.06; 13-20.
PEDRO
Destemido Soldado de Jesus, Pescador, natural de Betsaida,  confessou que Jesus era o Cristo, o Filho do Deus vivo, e por causa  desse testemunho, recebeu a incumbência, da parte de Jesus, para estruturar a Igreja na Terra. Mateus 16.16. E foi testemunha da Transfiguração, Mateus 17.01-04. Seu Primeiro sermão foi no Dia de Pentecostes. Segunda a tradição, sua crucifixão verificou-se entre os Anos 64 e 67, em Roma, por ordem de Nero. Pediu para ser crucificado de cabeça para baixo, por achar-se indigno de morrer na mesma posição de Cristo.

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SIMÃO
Dos atos de  Simão como apóstolo nada se sabe, ele está incluído na lista dos Doze, em Mateus 10.04, Marcos 03.18, Lucas 06.15 e Atos 01.13. Julga-se que morreu crucificado.
TIAGO
Sendo Filho de Zebedeu, e  Irmão do também Apóstolo João. Natural de Betsaida da Galiléia, o pescador, Mateus 04.21; 10.02. Por ordem de Herodes Agripa, foi preso e morto a espada em Jerusalém, entre os Anos 42 e 44.
TIAGO
Esse porem era Filho de Alfeu, Mateus 10.03. Missionário na Palestina e no Egito. Segundo a tradição, martirizado provavelmente no Ano 62.
TOMÉ
Só acreditou na Ressurreição de Jesus depois que viu as marcas da crucificação, João 20.25. Segundo a tradição, sua obra de evangelização se estendeu à Pérsia e Índia. Consta que seu martírio se deu por ordem do rei de Milapura, na Cidade indiana de Madras, no Ano 53 da era Cristã
23- NASCIMETO  DE  LUTERO.
Lutero nasceu na Cidade Alemã de Eisleben, no dia 10 de Novembro e 1483. Seu Pai e sua Mãe, João e Margarida, educaram a ele e seus Irmãos com muita disciplina e fervor a Deus. Aos 14 anos matriculou-se na Escola Superior de Latim, em Magdeburgo, onde encontrou pela Primeira vez uma Bíblia. Em 1502, Lutero conquistou o título de Bacharel em Filosofia e, em 1505, o de Mestre em artes, a pedido de seu Pai, Lutero ingressou no Curso de Direito, no entanto, logo perdeu o interesse pela matéria, e vivia atormentado por questões como: Por que Deus é um Juiz tão severo? Como posso ir para o Céu? mas, por mais que quisesse agradar a Deus com sua Vida, não pode achar a desejada Paz de espírito, Lutero entrou para o convento de frades mendicantes, o mais rígido de Erfurt. Seu Pai negou-lhe licença para tal, mas, Lutero continuou firme no seu propósito, sendo ordenado como monge a 27 de Fevereiro de 1507.

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24- COMO SURGIRAM AS ATUAIS IGREJAS PROTESTANTES
A Historia das Primeiras Igrejas evangélicas no Mundo,  aparece mesmo antes da revolta luterana quando um grupo de denominações já se manifestava contra as praticas religiosa daquele tempo. Este ramo recebe o Nome de Reforma Radical, o historiador George Williams distingue as seguintes correntes dentro deste grupo, que entre outros se encontravam, os Reformistas, os Espiritualistas místicos e os Anabatistas. O termo Anabatista aparece pela Primeira vez na Historia religiosa mundial, após o segundo concilio de Catargo no Ano 225 quando 87 Bispos sob a direção de Cipriano de Cartago decidiram rebatizar os Fiéis das Igrejas adeptas Novaciano, porém o Bispo da Igreja Católica, Papa Estevão 1º  combateu a aceitação do Batismo feito por grupos cismáticos. Os Anabatistas além de não aceitarem o Batismo de Crianças como faziam os religiosos daquele tempo, rebatizando os mesmos quando se convertiam, ele rechaçaram a união da Igreja e estado, constituindo-se em Igrejas independentes ou segregadas. A maior aportação à modernidade descansaria em sua persistente promoção da separação entre a Igreja e o estado, a liberdade religiosa Pessoal e o exercício de um Governo plenamente democrático em suas Congregações. O Anabatismo moderno tomou força, após a reforma luterana, do século XVI. A reforma, baseada nos princípios de justificação pela Fé e do Sacerdócio universal, levaram ao desenvolvimento da doutrina de adesão voluntária do crente à Igreja. Nessa sequência surgiu mais tarde na Holanda no início do século XVII a Igreja Batista. Os Batistas interpretaram o que a forma correta do Batismo, deveria ser por imersão, como uma exposição Bíblica e pública de sua Fé. A denominação historicamente é ligada aos dissidentes ingleses, ou movimentos de anticonformismo do século XVI o movimento Batista surgiu na colônia Inglesa na Holanda, num tempo de reforma religiosa intensa, e são protestantes históricos.
25- O  PROTESTANTISMO  BRASILEIRO
No Ano de 1532 chegou ao Brasil o Primeiro protestante, o luterano Heliodoro Heoboano, Filho de um amigo de Lutero, que aportou em São Vicente. O protestantismo calvinista chegou ao Brasil pela Primeira vez com viajantes e nas tentativas de colonização do Brasil por huguenotes, Nome dado aos reformados franceses e reformados holandeses e flamengos durante o período colonial. Esta tentativa não deixou frutos persistentes. Uma missão francesa enviada por João Calvino se
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estabeleceu, em 1557, numa das ilhas da Baía de Guanabara, fundando a França Antártica. No mesmo Ano, esses calvinistas franceses realizaram o Primeiro Culto protestante no Brasil e, de acordo com alguns, da própria América. Mas, pela predominância Católica, foram obrigados a defender sua Fé ante as autoridades, elaborando a Confissão de Fé de Guanabara, assinando, com isso, sua sentença de morte, pondo um fim no movimento. O ex-Padre José Manoel da Conceição 1822-1873 converteu-se ao protestantismo, tornando-se presbiteriano, e foi o Primeiro Brasileiro a ser ordenado Ministro, em 1865. Em 1871, o Primeiro grupo Batista se estabeleceu em Santa Bárbara d'Oeste, no estado de São Paulo, trazida por Missionários americanos. Em 1907 fundava-se a Convenção Batista  Brasileira.
26- OS- NEWS  PENTECOSTAIS
O New pentecostalismo no Brasil se divide em três grupos distintos que surgiram em Três épocas diferentes. São eles: Os pentecostais históricos que surgiram na Primeira década deste século, a Assembleia de Deus e a Igreja Cristã do Brasil, e os pentecostais da segunda geração, surgidos a partir da década de Cinquenta, foram eles: a Igreja do Evangelho Quadrangular, Igreja Brasil para Cristo, Casa da Benção e Deus é Amor. E os New pentecostais, surgiram a partir da década de Setenta, sendo a principal delas a Igreja Universal do Reino de Deus, e o ciclo continua com a implantação de muitos outros Ministérios, inclusive o Ministério Restauração, fundado pelo Missionário Edmilson Carvalho na Cidade de Jequié, Estado da Bahia.
E assim inabalável a Noiva do Cordeiro, caminha firme, ao encontro do Senhor Jesus.

Nada espero do muito que eu não tenho.
Professor  Edmilson  Carvalho


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DISCIPLINA INTRODUÇÃO A TEOLOGIA BACHAREL

APOSTILA: INTRODUÇÃO A TEOLOGIA
01- CONCEITO DE TEOLOGIA
A Palavra Teologia vem da língua Grega Theos e Logos e significa “estudo sobre Deus”. O Termo foi criado pelo filósofo Platão antes da era comum, Agostinho da era comum deu-lhe um sentido Cristão. Atualmente, é entendida como a reflexão Sistemática dos fundamentos da revelação. Portanto, o seu objeto de estudo não é Deus em si, porque se considerarmos a infinitude Divina tal tarefa é impossibilitada pela finitude da inteligência Humana. Karl Barth afirma que só é possível falar de Deus de forma comparativa, a partir da experiência do Homem. Às vezes, a Teologia é chamada de Ciência, esta classificação só pode ser feita considerando-a apenas como uma forma de investigação racional da Fé, a sua matéria de estudo não é empírica, a disciplina estuda a realidade sobre Deus e sua relação com o Homem. A revelação é o ponto de partida e de delimitação da reflexão Teológica, a revelação possui seu lado Divino porque é Deus quem se revela, em um lado Humano, pois é o Homem que acolhe a Verdade revelada, e na História, os Homens de cada época refletem sobre o sentido do que foi revelado limitado pela sua compreensão. Portanto, existe uma só revelação, mas existem muitas Teologias, pois, no decorrer dos tempos, muitos foram os Homens e diversas são as culturas.
02- OBJETIVOS
O objetivo principal do estudo da Teologia é o amadurecimento da Fé, e consequentemente, o crescimento espiritual do conhecimento daquele que crê nas promessas que Deus tem para ele, no âmbito ministerial, haja vista que não temos mais ninguém leigo no tocante, as Escrituras Sagradas. No mundo contemporâneo recheado de avanços de toda natureza é necessário que as pessoas tenham consciência das suas escolhas, dentre elas está a religião, esta deve ser a primeira a ser bem fundamentada e esclarecida, o Apóstolo Pedro admoesta dizendo que é preciso que o Cristão esteja pronto “a dar as razões da sua esperança a todo aquele que a pedir” 1ª Pd 03,15. O cristianismo se encontra dividido hoje por herança de uma época deficiente de conhecimento Bíblico e de esclarecimento a respeito do que poderia significar essa nova Religião.
03- CONTEÚDO
A importância da Teologia, O temor a Deus determina a ética do ser Humano, Condições para o combate e a defesa da Fe Cristã, O
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conhecimento fortalece a proclamação do verdadeiro Evangelho que resulta em Salvação da Alma, As fontes da Teologia, Revelação natural de Deus a revelação especial ou escrita, na Pessoa Teantropica do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo. Atributos Naturais de Deus, Atributo Morais de Deus, A Trindade Santa, A revelação e a inspiração, Classificação dos Livros da Bíblia, Livros históricos, Livros proféticos, Livros poéticos, Os Profetas maiores, Os Profetas menores, Os Livros do Velho Testamento, Os Livros do Novo Testamento, Cartas escritas pelo Apostolo Paulo, Livro Profético, Livros apócrifos, Autoridade comprovada sobre as Escrituras Sagradas, Alguns Nomes de Deus.
04- A IMPORTANCIA DA TEOLOGIA
Na língua Grega, Theo, significa “Deus”, logos significa, “discurso, razão ou Palavra”. Então sendo a Teologia o estudo sobre Deus, conclui-se que através dela o Homem pode, não obstante as limitações que lhes são próprias atender o conselho profético registrado em Oseías 06:03. Jesus foi bem claro aos Saduceus “Errais por não conhecerdes as Escrituras nem o poder de Deus”. Mt 22.29. Aos discípulos concedeu-lhes a Missão de “ensinando-os a observar todas as coisas” que Ele havia mandado. Mt 28.20. Ora, para que alguém possa ensinar precisa, antes de tudo aprender, daí o principal motivo em se estudar Teologia, contudo, devemos considerar que qualquer estudo que procure expressar ou interpretar o que a Bíblia diz sobre determinado assunto que pode ser entendido, ou considerado como Teologia. Dessa forma temos Teologia em varias Religiões não consideradas Evangélicas, por isso, precisamos considerar, que a Teologia é um recurso altamente indispensável para os que se propõem a desenvolver um Trabalho religioso, dentro do seguimento no qual ele está inserido, sem o recurso e a sustentabilidade que a Teologia dar ao que a isso propõe, dificilmente um bom Trabalho será feito. Mediante a busca e a necessidade de oferecer a quem nos procura, não podemos em hipótese nenhuma está despercebido do apego ao estudo dessa matéria, no sentido de estarmos fundamentado num estudo Teológico, profundamente alinhado a um sistema ordenado, metódico e sistemático. Toda e qualquer tese ou teoria Bíblica só terá verdadeira validade se tiver completo respaldo e sustentação nas Escrituras Sagradas, qualquer tipo de ensinamento que não se enquadre nesses parâmetros ou, qualquer ensinamento ou interpretação Bíblica que não se explique pela própria Bíblia deve ser rejeitado, Jesus já nos advertia, ainda que um Anjo desça do Céu para ensinar-lhes um Evangelho diferente do que Eu vos ensinei, que seja anátema, hipóteses e
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teorias sem embasamentos Bíblicos não servem como argumentação de que algo pode ser ou ter deixado de ser como exposto, a Teologia, o mesmo deve ser estudo de forma Sistemática e concisa. Assim nos fala Pedro em de suas carta, Pe 03.14-16 - pelo que, amados, como estais aguardando estas coisas, procurai diligentemente que por ele sejais achados imaculados e irrepreensível em Paz; e tende por Salvação a longanimidade de nosso Senhor; como também o nosso amado irmão Paulo vos escreveu, segundo a Sabedoria que lhe foi dada; como faz também em todas as suas Epístolas, nelas falando acerca destas coisas, mas quais há pontos difíceis de entender, que os indoutos e inconstantes torcem, como o fazem também com as outras escrituras, para sua própria perdição.
05- O TEMOR A DEUS DETERMINA A ÉTICA DO SER HUMANO
O sentimento e a prática da Justiça, da Verdade e da moralidade resultam do conhecimento de Deus e do temor que a Ele devote o Individuo, daí a pertinência da observação profética relatado no Livro de Malaquias 06: 08, e também encontrado no Livro do Profeta Isaias 26:09. Dt 06.01-02 Estes, pois, são os mandamentos, os estatutos e os Juízos que mandou o Senhor, vosso Deus, para se vos ensinar, para que os fizésseis na Terra a que passais a possuir; para que temas ao Senhor, teu Deus, e guardes todos os Seus estatutos e mandamentos, que eu te ordeno, tu, e teu Filho, e o Filho de teu Filho, todos os Dias da tua Vida; e que teus Dias sejam prolongados. Um mandamento frequente ao Povo de Deus do Antigo Testamento é temer a Deus, ou temer ao Senhor. É importante que saibamos o que esse mandamento significa para nós como Crentes. Somente à medida que verdadeiramente temermos ao Senhor é que seremos libertos da escravidão de todas as formas de temores anormais e satânicas.
06- O SIGNIFICADO DO TEMOR DE DEUS.
O mandamento geral de temer ao Senhor, inclui uma variedade de aspectos do relacionamento entre o Crente e Deus. É fundamental, no temor a Deus, reconhecer a Sua Santidade, Justiça e retidão como complemento do Seu Amor e Misericórdia, conhecê-lo e compreender plenamente quem Ele é. Esse temor baseia-se no reconhecimento que Deus é um Deus Santo, cuja natureza inerente o leva a condenar o pecado. Temer ao Senhor é considerá-lo com Santo temor e reverência e honrá-lo como Deus, por causa da Sua excelsa Glória, Santidade, Majestade e poder. Quando, por exemplo, os israelitas no Monte Sinai
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viram Deus manifestar-se através de “trovões e relâmpagos sobre o Monte, e uma espessa nuvem, e um sonido de buzina mui forte” o Povo inteiro “estremeceu, e implorou a Moisés que este falasse, ao invés de Deus. Além disso, o salmista, na sua reflexão a respeito do Criador, declara explicitamente: “Tema toda a terra ao Senhor temam-no todos os moradores do Mundo. Porque falou, e tudo se fez; mandou, e logo tudo apareceu. O verdadeiro temor de Deus leva o Crente a crer e confiar exclusivamente nEle para a Salvação. Por exemplo: depois que os israelitas atravessaram o Mar Vermelho como em Terra seca e viram a extrema destruição do exército egípcio, “temeu o Povo ao Senhor e creu nEle. Semelhantemente, o salmista conclama a todos os que temem ao Senhor: “confiai no Senhor Ele é vosso auxílio e vosso escudo. Noutras Palavras, o temor ao Senhor produz no Povo de Deus esperança e confiança nEle. Não é de admirar, pois, que tais Pessoas se salvem, e desfrutem do Amor perdoador de Deus, e da Sua misericórdia. Finalmente, temer a Deus significa reconhecer que Ele é um Deus que se ira contra o pecado e que tem poder para castigar a quem transgredi Suas J ustas Leis, tanto no tempo como na eternidade. Quando Adão e Eva pecaram no jardim do Éden, tiveram medo e procuraram esconder-se da presença de Deus. Moisés experimentou esse aspecto do temor de Deus quando passou quarenta dias e quarenta noites em Oração, intercedendo pelos israelitas transgressores: “temi por causa da ira e do furor com que o Senhor tanto estava irado contra vós, para vos destruir.
07- RAZÕES PARA TERMOS TEMOR DE DEUS.
As razões para temer o Senhor vêm do significado do temor do Senhor. Devemos temê-lo por causa do Seu grande poder como o Criador de todas as coisas e de todas as Pessoas, além disso, o poder inspirador de Santo temor que Ele exerce sobre os elementos da criação e sobre nós é motivo de temê-lo. Quando nós nos apercebemos da Santidade do nosso Deus, sua separação do pecado, e sua aversão constante a Ele, a resposta normal do espírito Humano é temê-lo, todos quantos contemplarem o esplendor da Glória de Deus não podem deixar de experimentar reverente temor, as bênçãos contínuas que recebemos da parte de Deus, especialmente o perdão dos nossos pecados, devem nos levar a temê-lo e a amá-Lo.
08- CONDIÇÕES PARA O COMBATE E A DEFESA DA FÉ CRISTÃ.
Sem o conhecimento de uma boa Teologia, fica difícil combater-se os erros doutrinários e heresias como os muitos que sempre se manifestado ao longo da Historia religiosa do ser Humano.
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07- CONHECIMENTO DE DEUS FORTALECE A PROCLAMAÇÃO DO VERDADEIRO EVANGELHO.
A Verdade Bíblica e Evangélica só pode ser proclamada dentro dos parâmetros que Jesus nos ensina, se o Cristão não se esforçar para adquirir um bom conhecimento das Escrituras Sagradas, e os demais recursos que permeia o reino de Deus, já mais será um Obreiro aprovado pelo Senhor Jesus, e isso alguém já mais obterá sem um profundo conhecimento Teológico.
09- NA PESSOA TEANTROPICA DO NOSSO SENHOR E SALVADOR JESUS CRISTO.
O que vem a ser Teantropia? Esse termo foi cunhado para descrever ou definir a natureza dúplice de Cristo Jesus, como sendo verdadeiro Deus e verdadeiro Homem, em outras Palavras, as Escrituras Sagradas constitui-se na Palavra de Deus em linguagem condicionadamente Humana. Contudo, não obstante pareça óbvia essa constatação sobre a Bíblia, na prática, ou mesmo na teoria, muitos abordam as Sagradas Escrituras de modo não condizente, na Verdade, duas abordagens ao mesmo tempo antagônicas e extremistas com respeito à Bíblia tem sido considerada em sua interpretação. Se por um lado os fundamentalistas leem a Bíblia apenas como o Livro de Deus, ignorando seu contexto histórico formativo e suas configurações sócio culturais originais, os liberais, por outro lado, a veem como um Livro meramente Humano, apenas um Testemunho da Fé de civilizações antigas, a saber, o judaísmo no Antigo Testamento, e Cristianismo no Novo Testamento, sem nenhuma função normativa ou qualquer condição sobrenatural. Nesta forma de revelação, Deus se mostra à humanidade como Emanuel ou o Verbo encarnado, na sequência desse raciocínio entendemos bem quando o Senhor Jesus nos diz: Quem Mim vê a Mim, vê o Pai, porque Eu e o Pai somos um. Sendo Cristo plenamente Deus e plenamente Homem, surge uma pergunta: como é possível que estas duas naturezas estejam unidas em uma só Pessoa, sem confundi-las ou misturá-las, mas conservando as suas propriedades distintivas? Somente em Cristo a união das duas naturezas, chamada de união hipostática ou união de personalidades, não confunde os atributos peculiares de cada uma. Nem a humanidade é deificada, nem a divindade humanizada, assim, também, o Corpo de um Homem não se torna espírito por causa da sua união com a Alma; nem a Alma se torna matéria por causa da sua união com o Corpo, esta doutrina é de difícil compreensão porque exige a combinação de duas naturezas que parecem ser opostas, com atributos
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contraditórios: como Deus, Jesus tem todo o conhecimento, todo o poder e está em todos os lugares ao mesmo tempo; como Homem, Ele tem conhecimento limitado, não pode fazer todas as coisas e está em um único lugar ao mesmo tempo. Como isto é possível?
10- DEUS SE REVELA AO HUMANIDADE ATRVÉZ DA REVELAÇÃO E DA INSPIRAÇÃO
11-REVELAÇÃO
A revelação, é Deus, o criador, fazendo-se conhecido entre os Homens e comunicando-lhes os seus propósitos, o Homem sozinho nunca poderia chegar a um conhecimento perfeito de Deus, conhecemos algo sobre Deus porque Ele mesmo se fez conhecido aos Homens. Fala-se muito hoje em comunicação, Deus também comunicou com os Homens os seus propósitos, e um dos propósitos de Deus foi a redenção da humanidade. Quando Deus comunicou aos Homens os seus propósitos, Ele estava se revelando, deste modo, conhecemos nosso Criador como Deus de Amor e Santidade porque Ele mesmo se revelou a nós. Por isso, dizemos que revelação é o fato de que Deus, o criador, fez-se conhecido aos Homens e comunicou-lhes os seus propósitos, Deus se faz conhecido e comunica aos Homens os seus propósitos basicamente de duas maneiras: através de uma revelação geral e uma revelação especial. Na revelação geral Deus se revela aos Homens de um modo geral através da natureza e da nossa consciência. Qualquer Pessoa, observando a natureza, pode ter certo conhecimento de Deus, as tribos mais primitivas do Brasil, da África ou de qualquer outra parte do mundo têm sua Religião, o que revela um certo conhecimento de Deus. Leia Romanos 01:20. Paulo está dizendo que nenhuma criatura pode dizer que não conhece um pouco de Deus, pois tanto o seu poder, como a sua divindade, são reconhecidos por meio das coisas que foram criadas, isto é, da natureza. O Salmo Dezenove inteiro mostra atributos de Deus que podemos conhecer através das obras da natureza, então, através das maravilhas da natureza, do Céu infinito ou do núcleo de um átomo, Deus se revela aos Homens, a consciência dentro de você o deixa contente quando você faz algo de bom e o acusa quando você faz algo de ruim. Este é outro modo de chegarmos a possuir um certo conhecimento da vontade de Deus: Através da nossa consciência. Esta voz interior é o Espírito de Deus nos auxiliando em nossas decisões. Leia João 16:08-11. Jesus está dizendo que quando o Consolador, o Espírito Santo, viesse, convenceria o Mundo do pecado, da Justiça e do Juízo. Então, Deus se revela aos Homens que não aprova o pecado, e isso Ele o faz através da
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obra do Espírito Santo em nossa consciência. Vejamos os textos Bíblicos de Salmo 08, Romanos 10:18, Mateus 13:13-15, Efésios 02:08 e Filipenses 02.13. Além de muitos outros textos bíblico altamente confiáveis em todo o conteúdo.
12- INSPIRAÇÃO
A inspiração é a influência sobrenatural do Espírito Santo de Deus sobre os escritores sagrados, motivo pelo qual seus escritos tem perfeita validade, você já ouviu muitas vezes frases como estas: “hoje estou inspirado”, “você é a minha inspiração”, e assim por diante, no entanto, não é deste tipo de inspiração que nos referimos aqui. Quando em uma matéria sobre Teologia, você encontrar o termo “inspiração”, ele se refere à influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores Sagrados. A influência é uma força que uma Pessoa exerce sobre outra, os Pais exercem influência sobre os Filhos, e o Espírito Santo exerceu influência sobre os escritores Sagrados. Em 2ª Tm 03:16 a Palavra usada no Grego para inspiração é “Theos pneustos, que quer dizer: ”Deus soprou. Então, inspiração refere-se ao sopro de Deus, ou seja, a influência sobrenatural do Espírito Santo sobre os escritores Sagrados. Por isso, todas as Palavras da Bíblia têm autoridade Divina. Também entendemos por inspiração, a supervisão do Espírito Santo no registro Fiel dos fatos históricos e pesquisados nas Escrituras Sagradas, exemplo: Lucas 01:01 e Atos 01:01. As Verdades reveladas tanto quanto as inspiradas estão contidas na Bíblia Sagrada, conforme o plano infalível do Eterno Deus.
13- O QUE É TEOFANIA
O termo Teofania é a manifestação de Deus, quer que seja em forma Humana, quer que seja através de fenômenos da natureza de forma impressionante. Em sua essência, Teofania é um termo teológico que serve para indicar qualquer manifestação temporária e normalmente visível de Deus.
14- EXEMPLOS DE TEOFANIA
Citamos aqui alguns exemplos de Teofania: Êxodo: Ora, Moisés estava apascentando o rebanho de Jetro, seu sogro, sacerdote de Midiã; e levou o rebanho para trás do deserto, e chegou a Horebe, o monte de Deus. E apareceu-lhe o Anjo do Senhor em uma chama de fogo do meio duma sarça. Moisés olhou, e eis que a sarça ardia no fogo, e a sarça não se consumia; pelo que disse: Agora me virarei para lá e verei esta maravilha, e por que a sarça não se queima. E vendo o Senhor que ele se virara para ver, chamou-o do meio da sarça, e disse: Moisés, Moisés! Respondeu ele:
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Eis-me aqui. Prosseguiu Deus: Não te chegues para cá; tira os sapatos dos pés; porque o lugar em que tu estás é Terra Santa. Em outra Teofania, após ter sido despertado e alimentado por um Anjo, Elias entrou numa caverna, onde passou a Noite, e eis que lhe veio a Palavra do Senhor, dizendo: Que fazes aqui, Elias? Respondeu ele: Tenho sido muito zeloso pelo Senhor Deus dos exércitos; porque os Filhos de Israel deixaram o teu pacto, derrubaram os teus altares, e mataram os teus Profetas à espada; e eu, somente eu, fiquei, e buscam a minha vida para me matarem. Ao que Deus lhe disse: Vem para fora, e põe-te no monte perante o Senhor: E eis que o Senhor passou; e um grande e forte vento fendia os montes e despedaçava as penhas diante do Senhor, porém o Senhor não estava no vento; e depois do vento um terremoto, porém o Senhor não estava no terremoto; e depois do terremoto um fogo, porém o Senhor não estava no fogo; e ainda depois do fogo uma voz mansa e delicada. E sucedeu que, ouvindo-a Elias, envolveu o seu rosto na sua capa, e saiu para fora, e pôs-se à entrada da caverna; então Elias, ouviu a voz de Deus. 1ª Reis 19:13. Em outra situação, Jesus transfigurou-se diante dos seus Discípulos: Seis Dias depois tomou Jesus consigo a Pedro, a Tiago, e a João, e os levou à parte sós, a um alto monte; e foi transfigurado diante deles; as suas vestes tornaram-se resplandecentes, extremamente brancas, tais como nenhum lavandeiro sobre a Terra as poderia branquear. E apareceu-lhes Elias com Moisés, e falavam com Jesus. E muitas outras vezes, iremos encontrar no decorrer das Sagradas Escrituras momento em que Deus se manifestou a seus servos em um momento tofanica.
15- ATRIBUTOS NATURAIS DE DEUS
16- ONICIENCIA
O atributo da Onisciência, refere-se o poder de Deus de saber e de conhecer todas as coisas. Ele sabe todas as coisas, Sl 139.01-06; 147.05. Ele conhece, não somente nosso procedimento, mas também nossos próprios pensamentos 1ºSm 16.07; 1ª Rs 08.39; Sl 44.21; Jr 17.9,10. Quando a Bíblia fala da presciência de Deus, Is 42.09; At 02.23; 1ªPe 01.02, significa que Ele conhece com precisão a condição de todas as coisas e de todos os acontecimentos exequíveis, reais, possíveis, futuros, passados ou predestinados 1ªSm 23.10-13; Jr 38.17-20. A presciência de Deus não subentende determinismo filosófico. Deus é plenamente Soberano para tomar decisões e alterar seus propósitos no tempo e na História, segundo sua própria vontade e Sabedoria. Noutras Palavras, Deus não é limitado à sua própria presciência.
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17- ONIPRESENÇA
O atributo da Onipresença, refere-se a possibilidade de Deus poder está, em todos os lugares ao mesmo tempo. Ele está presente em todos os lugares a um só tempo. O salmista afirma que, não importa para onde formos, Deus está ali, Sl 139.07-12; Jr 23.23,24; At 17.27,28. É através da Onisciência, que se cumpre Sua Palavra no tocante a está tudo revelado e patente aos olhos de Deus, Ele observa tudo quanto fazemos.
18- ONIPOTENCIA
O atributo da Onipotência, refere-se a possibilidade de Deus poder todas as coisas. Ele é o Todo-poderoso e detém a autoridade total sobre todas as coisas e sobre todas as criaturas, Sl 147.13-18; Jr 32.17; Mt 19.26; Lc 01.37. Isso não quer dizer, jamais, que Deus empregue todo o seu poder e autoridade em todos os momentos. Por exemplo, Deus tem poder para exterminar totalmente o pecado, mas optou por não fazer assim até o final da História Humana, 01Jo 05.19. Em muitos casos, Deus limita o Seu poder, quando o emprega através do seu Povo, 2ª Co 12.07-10; assim, o seu poder depende do nosso grau de entrega e de submissão a Ele.
19- IMUTABILIDADE
O atributo da Imutabilidade, refere-se a condição de Deus, ser o mesmo de Ontem, de Hoje e eternamente. Deus é imutável e inalterável nos seus propósitos, nas suas perfeições e nos seus desígnios, para com raça humana, Nm 23.19; Sl 102.26-28; Is 41.04; Ml 03.06; Hb 01.11,12; Tg 01.17. Isso não significa, porém, que Deus nunca altere seus propósitos temporários ante o proceder humano. Ele pode, por exemplo, alterar suas decisões de castigo por causa do arrependimento sincero dos pecadores Além disso, Ele é livre para atender as necessidades do ser humano e às Orações do seu Povo. Em vários casos a Bíblia nos fala de Deus mudando Sua opinião, e tomando uma decisão como resultado das Orações perseverantes dos justos, Nm 14.01-20; 2ªRs 20.02-06; Is 38.02-06; Lc 18.10-08.
20- ATRIBUTOS MORAIS DE DEUS
21- SANTIDADE.
A santidade de DEUS é a capacidade que só Deus tem de ser totalmente Santo. Deus é Santo porque Ele é separado das suas Criaturas, Ele está exaltado sobre elas, pois possui infinita majestade, neste sentido, ele é único. Ninguém pode ser Santo como Deus é, pois ninguém pode ser
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separado acima e além de tudo. No entanto ele deseja que sejamos Santos, “Mas, como é santo aquele que vos chamou sede vós também Santos em toda a vossa maneira de viver; Porquanto está escrito: Sede Santos, porque Eu sou Santo1ª Pedro 01:15 e 16.
22- JUSTIÇA
A justiça de Deus é a capacidade que só Deus tem de ser totalmente justo, “Então se humilharam os Príncipes de Israel, e o Rei, e disseram: O Senhor é justo, 2ª Crônicas 12:06; “Ele mesmo julgará o Mundo com Justiça; exercerá Juízo sobre Povos com retidão, Salmo 09:08; “Naqueles Dias Judá será Salvo e Jerusalém habitará seguramente; e este é o Nome com o qual Deus a chamará: O Senhor é a nossa Justiça, Jeremias 33:16; Porque nele se descobre a Justiça de Deus de Fé em Fé, como está escrito: Mas o justo viverá pela Fé, Romanos 01:17.
23- AMOR.
O Amor de Deus é a capacidade que só Deus tem de ser totalmente Amor, Porque Deus amou o Mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo aquele que nEle crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna, João 03:16. A Bíblia diz que Deus é amor. O Amor é a essência de Deus, ou seja, Ele não pode existir sem Amar. Mas Deus prova o seu Amor para conosco, em que Cristo morreu por nós, sendo nós ainda pecadores, Romanos 05:08, neste texto temos uma clara demonstração do Amor de Deus. Deus compartilhou o seu Amor com os Homens na forma de um dom supremo, Agora, pois, permanecem a Fé, a Esperança e o Amor, mas destes Três, o maior é o Amor, 1ª Coríntios 13:13, e deseja que todos amem tanto a Ele quanto ao próximo, E Jesus disse-lhe: Amarás o Senhor teu Deus de todo o Teu Coração, e de toda a Tua Alma, e de todo o Teu pensamento. Este é o Primeiro e grande Mandamento. E o Segundo semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo, Mateus 22:37-39. Quem não ama não conhece a Deus, “Amados, amemo-nos uns aos outros; porque o Amor é de Deus; e qualquer que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele que não ama não conhece a Deus; porque Deus é Amor, 1ª João 04:07-08, e quem ama a Deus deve amar a seu Irmão.
24- ETERNIDADE
O atributo da eternidade significa que Deus não tem começo nem fim. Sua existência é Eterna, tanto no passado como no Futuro, sem interrupções ou limitações causadas por uma sucessão de eventos auto existência de
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Deus está intimamente ligada com sua eternidade, pois, por não ter começo, ele não foi criado por outro, existindo por Si só. As Sagradas Escrituras, fala da eternidade de Deus Sl 90.02; Gn 21.33. Uma das implicações da eternidade de Deus é que ela nos dá muito conforto, visto que Ele nunca deixará de existir e que seu controle sustentador e providencial de todas as coisas e eventos está assegurado.
25- 16- A TRINDADE SANTA
A Palavra "Trindade" não aparece nas Sagradas Escrituras, porem, a presença da Trindade Santa, é bem evidente nos escrito bíblicos, Ao falarmos da Trindade Santa, usamos esse termos para explicar um conceito da existência de Três Pessoas distintas que podem ser chamadas de Deus. Vamos considerar, em termos bem resumidos, o que a Bíblia diz a esse respeito: Há um só Deus, Efésios 04:06. O fato que existem mais de uma Pessoa divina, como veremos logo, não sugere múltiplos deuses. A doutrina bíblica não se compara com as doutrinas politeístas de algumas Religiões pagãs. O Pai, o Filho e o Espírito Santo são Pessoas distintas. No Batismo de Jesus, cada um fez seu papel, concordando com os outros Dois, mas distinto deles. Jesus subiu das Aguas; o Espírito desceu como pomba sobre Ele; o Pai falou dos Céus Marcos 01:09-11. Não consiste a ideia de que o Filho e o Pai são a mesma Pessoa, Porem em poder, ambos são semelhantes. Na classificação das atribuições, a sequencia é essa: Deus Pai, criador e mantenedor de todas as coisas. Deus Filho, Jesus Cristo, enviado do Deus Pai para salvar o Homem do fogo do inferno. Deus Espirito, também chamado de Consolador, Ele é o Deus que habita dentro do Homem, convencendo o Homem, do pecado da Justiça e do Juizo.
26- CONTEÚDO E CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DA BÍBLIA.
A Bíblia contem Sessenta e Seis Livros, e esses Livros estão agrupados em duas grandes divisões a saber: Velho Testamento: 39 Livros. Novo Testamento 27 Livros. O Velho Testamento, foi escrito em Hebraico e alguns testos em Aramaico, já o Novo Testamento foi literalmente todo escrito através do Grego koinê.
27- CLASSIFICAÇÃO DOS LIVROS DO VELHO TESTAMENTO.
28- LIVROS DO PENTATEUCO: Genesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.
19- LIVROS HISTÓRICOS: Josué, Juízes, Rute, 1º Samuel, 2º Samuel, 1º Reis, 2º Reis, 1º Cônicas, 2º Crônicas, Esdras, Neemias e Ester.
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30- LIVROS POETICOS. Jô, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cantares.
31- LIVROS PROFETAS MAIORES. Isaias, Jeremias, Lamentações, Ezequiel, Daniel.
32- LIVROS PROFETAS MENORES. Oséias, Joel, Amós, Obadias, Jonas, Miquéias, Naum, Habaquque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias.
34- DIVISOES DOS LIVROS DO NOVO TESTAMENTO.
35- LIVROS EVANGELICOS. Matheus Marcos, Lucas, João.
36- LIVRO HISTORICO. Atos dos Apóstolos
37- CARTAS GERAIS DO APOSTOLO PAULO. Romanos, 1ª Coríntios, 2ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses, Colossenses, 1ª Tessalonicenses, 2ª Tessalonicenses
38- CARTAS PARTICULARES DO APOSTOLO 1ª Timóteo, 2ª Timóteo, Tito, Filemon
39- CARTA SEM AUTOR DEFINIDO: Cartas aos povos Hebreus
40:25- LIVRO PROFETICO. Apocalipse.
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41- LIVROS APOCRIFO.
A Bíblia usada pelo pelos Evangélicos, contem Sessenta e Seis Livros, enquanto as Bíblias usadas pelas demais religiões, contem 72 Livros. Isso aconteceu quando da revisão Bíblicas por antigos Teólogos, que não reconhecerem como Livros inspirado os seis Livros aqui relatados, tido como apócrifos, esses Livros não foram dignos de serem reconhecidos como Livros Inspirados por Deus, são eles: Tobias, Judite, 1ª Macabeus, 2ª Macabeus, Sabedoria, Eclesiástico e Baruque. Por não terem sido dignos de serem reconhecidos como Livros inspirados por Deus, os mesmos não tinham o valor canônico.
42- AUTORIDADE DAS SAGRADAS ESCRITURAS.
A respeito das informações históricas, do seu ensino sobre a Fé e moral, a Bíblia tem autoridade incontestável e incomparável, isso decorre de sua revelação e de sua inspiração, que faz da Bíblia, sem nenhuma contradição, um Livro de total confiança, desde a sua primeira pagina, até a ultima.
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43- DEFINIÇÃO DE DEUS.
Segundo a filosofia de Platão, Deus é o começo, o meio e o fim de todas as coisas, Ele é a mente ou razão suprema; a causa eficiente de todas as coisas; Eterno, Imutável, Onisciente, Onipotente e Onipotente; tudo permeia e tudo controla; é justo, santo, sábio e bom; é absolutamente perfeito, o começo de toda a Verdade, a fonte de toda a Lei e Justiça, a origem de toda a ordem e beleza e, especialmente, a causa de todo o bem. Deus é um Espírito, infinito, Eterno e imutável em Seu Ser, Sabedoria, Poder, santidade, Justiça, bondade e Verdade. Deus é um Espírito infinito e perfeito em quem todas as coisas tem sua origem, sustentação e fim Jô. 04:24; Ne.09:06; Ap.0l:08.
44- DEFINIÇOES BIBLICAS.
As expressões "Deus é Espírito" Jô. 04:24 e "Deus é Luz Jô.01:05, são expressões da natureza essencial de Deus, enquanto que a expressão Deus é Amor Jô.04:07 é uma autentica expressão de sua personalidade. conforme vemos na carta de 1ª Tm.06:16.
45- ALGUNS DOS NOMES MAIS CONHECIDOS DE DEUS
ELOHIM: Deus Criador, Poderoso e Forte Gênesis 17:07; Je.01:33.
46-EL SHADDAI: "Deus Todo-Poderoso, "O Poderoso de Jacó" Livro de Gênesis 49:24; Salmo 132:02,05.
47- JEOVÁ ADONAI: "Senhor" Gênesis 15:02; Juízes 06:15.
48- JEOVÁ: JIRÉ: "O Senhor proverá" Gênesis 22:14- esse foi o Nome utilizado por Abraão quando Deus proveu o carneiro para ser sacrificado no lugar de Isaque, quando Deus lhe pediu que o sacrificasse.
49- EOVÁ-RAFA: "O Senhor que sara" Êxodo 15:26 "Eu sou o Senhor que te sara", tanto em Corpo e Alma. No Corpo, através da preservação e da cura de doenças, e na Alma, pelo perdão de iniquidades.
50- JEOVÁ-NISSI: "O Senhor é minha Bandeira" Êxodo 17:15, onde por Bandeira entende-se um lugar de reunião antes de uma batalha. Esse Nome comemora a vitória sobre os amelequitas no deserto em Êxodo 17.
51- JEOVÁ-SHALOM: "O Senhor nossa Paz" Juízes 06:24- o Nome dado por Gideão ao Altar que ele construiu após o Anjo do Senhor ter-lhe assegurado de que ele não morreria, depois de O visto.
52- JEOVÁ-ELOIM: "Senhor Deus" Gênesis 02:04, Salmo 59:05, é uma
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combinação do singular nome YHWH e o Nome genérico "Senhor", significando que Ele é o Senhor dos Senhores.
53- JEOVÁ-ELIOM: Altíssimo Deut. 26:19 derivado da Raiz hebraica para subir" ou ascender, então a implicação refere-se a algo que é muito alto.
Nada espero do muito que eu não tenho
Professor Edmilson Carvalho.
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