DISCIPLINA: INTRODUÇÃO
AO NOVO TESTAMENTO
01- ITRODUÇÃO
A Palavra Aliança, significava um acordo feito por um indivíduo ou grupo,
sendo que esta Segunda parte podia aceitar ou recusar o acordo, mas não
modificá-lo. O Antigo Testamento registra, primariamente, o tratado de Deus com
Israel, baseado na Aliança através de
Moisés no Monte Sinai, ao passo que o Novo Testamento descreve um novo acordo
entre Deus e os Homens, mediado través de Cristo com base na Nova Aliança Ex.
24.01-08; Lc 22.14-20; 2ª Co 03.06 a Antiga Aliança revelava a santidade de
Deus no justo padrão da Lei, e prometia a vinda do Redentor; a Nova Aliança
revela a santidade Deus em seu Justo Filho. O Novo Testamento, portanto,
consiste dos escritos que revelam o conteúdo desta Nova Aliança. A mensagem do
Novo Testamento está centralizada:
02- OBJETIVO.
O objetivo da disciplina introdução ao Novo Testamento é
levar o aluno a conhecer a manifestação do reino de Deus revelado nos
Evangelhos sinópticos, os pensamentos
joanino, paulino e petrino, observando o desenvolvimento da Teologia na
Igreja Primitiva e os acontecimentos futuros como revelados no livro de
Apocalipse.
03- CONTEUDO
O Povo Macabeu,
Período romano, Outros dados, Período
interbiblico, Observações importantes,
Antecedentes políticos, culturais
e religiosos Os Seleucidas, A revolta dos Macabeus, O sinedrio, e as Sinagogas, Os Fariseus. Os Sauduceus, Os Escribas, Os Essênios, Zelotes Judaismo,
Livros apócrifos, os Livros sinopiticos, O que apresenta o Livro de
Marcos, Evangelho segundo Matheus, Evangelho segundo Lucas, Evangelho segundo João, Atos dos Apóstolos, Conclusão.
04-PERIODO DOS
MACABEUS.
A princípio a resistência dos Judeus foi somente passiva. A
medida que a perseguição aumentava em intensidade e os fogos da adoração a Deus queimavam cada vez mais baixo,
iniciou-se a resistência ativa. A liderança para a organização da resistência
ativa começou com um Sacerdote, na Cidade de Modin, situada entre Jerusalém e
Jope. Matatias era da linhagem de um
certo Asamoneu ou Chasmon Hasmon.
É deste último nome que a Família tirou
seu nome, hasmoneu. Estando avançado
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em idade, Matatias teve cinco filhos: João, Simão, Judas,
Eleazar e Jônatas. Judeus de toda a Palestina, insatisfeitos com as políticas
de helenização de Antíoco Epifânio e o
Sacerdócio corrupto, vieram a responder
à chamada às armas. Muito antes, os hasidim ou assideus zelotes da Lei uniram-se a Matatias. Após um ano e a
morte do Pai, a Liderança do exército passou a Judas, Simão servindo como
conselheiro principal. Judas provou ser um general capaz e levou o nome de
Macabeu "Martelador". Depois de uma série de brilhantes vitórias, ele
entrou em Jerusalém e reedificou o Templo, em 25 de dezembro de 165 a.C.
05- PERIODO ROMANO
Após o assassinato de Júlio Cesar, Otavio , que mais tarde
veio se chamar Augusto , derrotou as forças de Antônio e Cleópatra na batalha
naval de ácio, na Grécia, em 31 antes de Cristo. Tornando-se então Imperador
romano. Augusto estabeleceu um sistema províncias de Governo, cujo desígnio era
impedir que os proconsules administrassem território estrangeiros, visando o seu
engrandecimento Pessoal. Os Imperadores romanos seguintes, aqui relacionados, com as datas de seus respectivos governos,
estão vinculados as narrações do Novo
Testamento. Augusto 27 aC. 14 dC sob quem
ocorreu o nascimento de Jesus, o recenseamento ligado ao seu nascimento,
e os primórdios do culto ao Imperador. Dominicano 81 a 96 DC, cuja perseguição
contra a Igreja foi fundamental para o a escrita do Apocalipse, como o
encorajamento para os Cristãos oprimidos.
06- PERIODO
INTERBIBLICO.
O período Interbiblico, foi um tempo compreendido ente o fim
do Antigo Testamento, e o inicio do Novo, Testamento e durou quatrocentos Anos,
também conhecido também como período Intertestamentário, período esse onde
houve um grande silencio de Deus, Embora nenhum Profeta inspirado tivesse sido
levantado em Israel durante esse período, certos acontecimentos ocorreram que
deram ao judaísmo posterior sua ideologia própria e, providencialmente,
prepararam o caminho para a chegada de Jesus e a proclamação do Seu evangelho.
O reino do Norte, Israel, havia sido conquistado pelos assírios em 722 a.C.,
sob a liderança de Sargão II, um remanescente formado por pobres lavradores,
foi por ele ali deixado e, estes lavradores mesclaram-se com Povos de outras
Nações conquistadas pelos assírios, os quais, foram importados para povoarem
Samaria. O Reino do Sul, Judá, por sua vez, foi conquistado pelos babilônios,
cuja conquista se deu em Três levas: Em 605 a.C.,
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ocasião em que Daniel foi levado dentre os cativos para a
Babilônia, ocasião em que uma curta rebelião foi suprimida, servindo de
pretexto para outra deportação, incluindo Ezequiel; Por ocasião de uma revolta ainda posterior,
conduzida por Zedequias, que foi sufocada em 586 a.C., resultando na destruição
completa do Templo e na deportação de todos para a Babilônia, exceto alguns
pobres, que ali foram deixadas, para evitar que o País se tornasse num deserto.
A política dos assírios, foi de acabar
com toda a linhagem nacional e
unir todos os Povos num só. Já o cativeiro babilônico, foi um exílio do que um
cativeiro. Até por que, o propósito das deportações não foi tanto destruir as
linhagens nacionais, e sim, punir aqueles que se opunham ao Governo babilônico.
Os exilados desenvolveram a indústria e o comércio. Até que, durante os tempos
do Novo Testamento, as comunidades judaicas eram primariamente urbanas, em vez
do meio agrícola Antigo Testamento. Foi nesse período que surgiu o Nome Judeu,
que significava o Povo da nação conquistada de Judá. Surgiram nesse período, os
grupos de adoradores que se reuniam regularmente para ouvirem a Lei lida, uma
Palavra de exortação ou explicação, o cântico de Salmos e a recitação de
Orações e durante esse período que, finalmente, o Povo entendeu que a
calamidade advinda sobre eles, foi devido à idolatria por eles praticada, o que
levou ao abandono total dessa prática. Na sinagoga surgiu a função de Mestre
que podiam ser de linhagem sacerdotal, ou não. O ensino regular da Torah levou
à uma ênfase renovada sobre o Sábado, a circuncisão e o jejum. A História do
Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro que a Assíria impôs a Israel. No
Novo Testamento, a Palestina é subserviente aos romanos. Alexandre o Grande
derrotou Dário da Pérsia, assim introduzindo o reinado grego ao mundo. Alexandre
foi um aluno de Aristóteles e era bem educado na filosofia e política gregas.
Ele exigiu que a cultura grega fosse promovida em todo território conquistado.
Como resultado, o Antigo Testamento hebraico foi traduzido ao grego,
tornando-se a tradução conhecida como a Septuaginta. é o nome da versão da
Bíblia hebraica para o grego koiné, traduzida em etapas entre o Terceiro e o
Primeiro século a.C. em um concilio em Alexandria. Existe ainda uma suspeita de
que os Livros Apócrifos, tenham sido escrito também nesse período. Durante
esse período de ocupação grega e romana,
dois grupos políticos e religiosos bastante importantes passaram a existir, que
foram os e os Saduceus. Essa coleção de eventos que preparam o palco para a
vinda de Cristo teve uma grande influência no povo judeu. Os judeus e pagãos de
outras nações estavam descontentes com a religião. Os pagãos estavam começando
a questionar a validez do politeísmo. Romanos e gregos se afastaram de
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suas mitologias em direção às Escrituras, as quais podiam ser
lidas em grego e latim. Também nesse período deu-se inicio o inicio do retorno
dos deportados de Jerusalém para
Babilônia, retorno esse autorizado por Ciro, Governante esse levantado por
Deus, para cumprir Sua promessa a Israel, predito pelo Profeta Jeremias. Os
judeus, no entanto, estavam desanimados com a situação. Os adversários da
reconstrução do Templo, eram uma
combinação dos Povos, que ali foram deixados, após as deportações sob os
assírios e os babilônios; os Povos trazidos por Sargão II para povoarem o País;
e, os inimigos anteriores dos dois reinos de Israel e de Judá que, em sua
ausência, tiveram oportunidade de estenderem seus limites de influências. Os
descendentes dos casamentos mistos desses grupos foram denominados Samaritanos.
Daí, a razão da rivalidade encontrada no Novo Testamento entre Judeus e
Samaritanos. uma vez, eles foram conquistados, oprimidos e poluídos. A
esperança estava nas últimas, a Fé mais ainda. Eles estavam convencidos de que
a única coisa que podiam salvar a eles e a sua Fé era a aparição do Messias.
07- ANTECEDENTES POLITICOS, CULTURAIS E RELIGIOSOS.
A História do Antigo Testamento se encerrou com o cativeiro
que a Assíria impôs ao reino do Norte, Israel, com o subsequente cativeiro babilônico do reino do Sul, Judá, e
com o regresso à Palestina, de parte dos exilados, quando da hegemonia persa,
nos séculos VI e V a.C. Os Quatro séculos entre o final da História do Antigo Testamento e os primórdios
da História do Novo Testamento compreendem o período testamentário, ocasionalmente
chamados "os quatrocentos Anos de silêncio", devido ao hiato, nos
registros bíblicos, e ao silencio da voz profética.
08- OS SELEUDAS
Alexandre, o Grande , tornou-se senhor do antigo Oriente Médio, ao infligir sucessivas
derrotas aos persas , quando das batalhas de Granico e Arbela. Admirador que
era da cultura grega, Alexandre ordenou que esta fosse ensinada em todo o seu império foi o
chamado Helenismo, porque a Grécia
antiga era chamada Hélada, razão pela qual, a Língua Grega, veio a se tornar a
língua comumente falada nesse período e, até mesmo, nas ruas de Roma nos tempos
do Novo Testamento. Uma vez que Alexandre, o Grande, não tinha herdeiro para o
seu trono, com a sua morte, aos 33 Anos de idade, em 323 a. C., seu vasto
império foi dividido em quatro porções entre seus Quatro generais, duas das
quais, são de
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suma importância no pano-de-fundo do desenvolvimento
histórico do Novo Testamento, foram eles: os Selêudas e os Ptolomeus. O Império
dos Ptolomeus, centralizava-se no Egito, tendo Alexandria por Capital. A
dinastia governante naquela fatia do império veio a ser conhecida como Ptolomeus.
09- A REVOLTA DOS MACABEUS.
A Revolta dos Macabeus, se deu quando Matatias, um Sacerdote idoso, recusou-se a oferecer um
sacrifício pagão no Altar do Senhor e,
tirou a Vida de um Judeu que se
prontificou em fazê-lo, matando também em seguida, o agente real enviado por
Antíoco Epifânio. Ele reconquistou Jerusalém,
purificou e reconstruiu o Templo
no ano 165 AC. Esse feito de Judas Macabeu passou a ser comemorado pelos Judeus como
Festa da Dedicação, Judas exerceu o governo Sacerdotal e militar, fundado uma dinastia
que durou 100 anos. É de se ressaltar, que a revolta dos Macabeus foi também
uma guerra civil entre pró- helenizantes e anti-helenizantes; tendo o conflito
prosseguido mesmo após a morte de Epifânio 163 a.C. O período subsequente da
dinastia hasmoneana 142-37 aC, consiste de um relato de contendas internas,
derivadas da ambição pelo poder e, isso, fez com que muitos dos hasidins se
alienassem de suas inclinações religiosas. Finalmente, porém, o General romano
Pompeu, subjulgou a Palestina em 63
a.C., de modo que durante o tempo do Novo Testamento, a Palestina estava
dominada pelo poderio romano. Este General, colocou o Idumeu, descendente de Esaú, de Nome
Antipas como Governador da Judéia. Jesus nasceu Quatro ou Cinco Anos antes da
data oficial dada como do seu
Nascimento.
10- O SINEDRIO.
O Sinédrio era o Supremo
Concílio dos Judeus. Surgiu nos tempos de Esdras e Neemias e tinha a
missão de zelar pela pureza religiosa do Povo
Judeu.
11-SINAGOGA
Durante o período do silêncio profético surgiu também um
instituição que veio a exercer enorme influência na disseminação do
Cristianismo: a Sinagoga. Era uma escola para os Judeus. Surgiu, mais precisamente, por
ocasião do cativeiro babilônico, quando os
Judeus sentiam a falta de um
Templo. Jesus foi à Sinagoga e leu as Escrituras Lc 04.14-21; e, ensinava frequentemente
nas Sinagogas Mt 04.23; 12.09; 13.54; Mc 01.39;
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06.02; Lc 04.15; Jo 18.20. Os Missionários tinham nas
Sinagogas um ponto de apoio, por onde iniciavam o seu trabalho At 09.20; 13.05; 14.43; 15.01; 17.01,02; 18.04;
19.08.
12- OS FARISEUS.
Esse é o grupo maior e mais importante. A Palavra em si
significa separatistas, tendo sido, provavelmente, aplicada como expressão de
escárnio aos oponentes. Jesus os chamou de hipócritas, porque se preocupavam
mais com a aparência Mt 23:13
13- OS SAUDUCEUS.
Essa seita que surgiu
na mesma época em que surgiram os fariseus. Tiveram sua origem nos partidários
aristocráticos de pendores políticos do sacerdócio hasmoneano. Rejeitavam as
doutrinas da ressurreição, demônios, Anjos, espíritos, e advogavam a vontade
livre, em lugar da providência divina. Os saduceus da extrema esquerda eram
conhecidos como herodianos. Tirando o Nome da Família de Herodes, eles baseavam
suas esperanças nacionais nessa Família e, olhavam para ela com respeito ao
cumprimento das profecias acerca do Messias. Eles surgiram cerca de 06 dC.
Faziam uma oposição inconsequente à obra de Deus, unindo-se aos inimigos de
Jesus, Mt 22.16.
14- OS ESCRIBAS.
Naquele tempo não havia outro meio conhecido para se tirar
cópias de qualquer escrito, por isso, a classe dos escribas era muito
importante. Eles se ocupavam de copiar, especialmente, as Escrituras à Mão.
Como se ocupavam de copiar as Escrituras, eram profundos conhecedores de seu
texto, por isso eram muito respeitados. Vale lembrar, que Esdras era Sacerdote
e Escriba.
15- OS ESSENIOS.
Eles representavam o desenvolvimento na extrema direita dos
fariseus. Eram tão fanáticos no seu zelo legalista que se separaram, afim de viverem uma vida ascética, nas
regiões desérticas ao redor do Mar Morto e viviam uma vida rigidamente devota.
16- ZELOTES
Destes, a Bíblia diz apenas que o Apóstolo Simão Pedro pertencia a seita dos Zelotes, Mt 10.04
com Lc 06.15. Naturalmente, quanto a Simão, ele se
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converteu e abandonou o seu partido. Estavam interessados na
independência da nação e sua autonomia, ao ponto de negligenciarem toda outra
preocupação.
17- JUDAISMO
O judaísmo é considerado a primeira religião monoteísta a
aparecer na História. Tem como crença principal a existência de apenas um Deus,
o criador de tudo. Para os Judeus, Deus
fez um acordo com os Hebreus, fazendo com que eles se tornassem o Povo
escolhido e prometendo-lhes a Terra prometida.
Atualmente a Fé judaica é praticada em várias regiões do Mundo, porém é
no estado de Israel que se concentra um grande número de praticantes. A Bíblia
é a referência para entendermos a
História deste Povo. De acordo com as Escrituras Sagradas, por volta de
1800 a.C, Abraão recebeu um sinal de
Deus para abandonar o politeísmo e para viver em Canaã, atual Palestina.
Isaque, Filho de Abraão, tem um Filho chamado Jacó. Este luta, num certo dia,
com um Anjo de Deus e tem seu Nome mudado para Israel. Os doze Filhos de Jacó
dão origem as doze tribos que formavam o Povo
Judeu. Por volta de 1700 aC, o Povo
Judeu migra para o Egito, porém são escravizados pelos Faraós por
aproximadamente 400 Anos.
18- LIVROS APOCRIFOS.
Apócrifos no sentido
religioso diz respeito aos Livros não
reconhecidos como de inspiração Divina, quer pela comunidade judaica,
quer pela Cristã-Evangélica. São chamados
Livros não canônicos. São os
Livros apócrifos: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque,
1º Macabeu, 2º Macabeu, Os Livros
apócrifos foram escritos nos 400 Anos do Período Interbíblico, isto é, entre
Malaquias e Mateus, ou entre o Antigo e o Novo Testamento, época de ausência
total da revelação Divina. Este é o principal motivo para excluir-lhes a
canonicidade. O Talmude Guemará são utilizados frequentemente de maneira
intercambiável Guemará é a base de todos os códigos da Lei rabínica, e é muito
citada no resto da literatura rabínica; já o Talmude também é chamado
frequentemente de Shas, Hebraico, uma abreviação em Hebraico de shisha sedarim, as "seis ordens" da Mishná
19- OS LIVROS SINOPITICOS.
Os Evangelhos de Mateus, Marcos, e Lucas são conhecidos como
Evangelhos Sinópticos devido a conterem uma grande quantidade de
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Histórias em comum, na mesma sequência, e algumas vezes,
utilizando exatamente a mesma estrutura de Palavras. Tal grau de paralelismo
relativo ao conteúdo, narrativa, linguagem e estruturas das frases, somente
pode ocorrer em uma literatura interdependente.
20- O QUE APRESENTA O LIVRO DE MARCOS
O Evangelho de Marcos é um dos quatro Evangelhos na Santa Bíblia e é o segundo Livro em ordem cronológica apresentado no
Novo Testamento. Marcos João Marcos era
o seu nome completo era um amigo de
Simão Pedro, um dos doze Apóstolos que
seguiram Jesus Cristo durante o Seu Ministério público na Terra. Pedro foi o nome dado a Simão por
Jesus pessoalmente Marcos 03:16. Pedro era muito próximo de Jesus e depois da
crucificação de Jesus na cruz romana foi um dos fundadores da Igreja primitiva.
Apesar do Livro ter sido escrito por Marcos, acredita-se que os fatos aqui
registrados são as narrativas de Pedro durante o seu Ministério com Jesus. O consenso entre os
estudiosos é que o Livro de Marcos foi
escrito entre 50 e 60 d.C. O autor é mencionado várias vezes no Novo
Testamento, começando no Livro de Atos, capítulos 12 e 13, em Colossenses 04:10 e finalmente em 2ª Timóteo 04:11. O Livro de Marcos foi
provavelmente escrito na Itália, e talvez em Roma. Esse Livro tem 16 capítulos
e é o mais curto dos Quatro Evangelhos.
No entanto, os detalhes dos eventos e Milagres de Jesus nesse Livro são consistentes com os outros Três
Evangelhos.
21- EVANGELHO SEGUNDO MATHEUS.
Desde o Segundo século da era Cristã, a tradição da Igreja
atribui ao Apóstolo Mateus a autoria do Evangelho que aparece em primeiro lugar
nas várias edições da Bíblia Mt 09.09 e 10.03. Eusebio em sua obra História Eclesiástica no início do
século IV, já trazia citações de Papias, Bispo do século II, de Irineu, Bispo
de Leão e de Orígenes, grande pensador Cristão do século III. Todos os Pais da
Igreja como ficaram conhecidos os notáveis discípulos de Cristo e Teólogos dos
Primeiros séculos, concordam em afirmar que este Evangelho foi escrito ou
narrado a um amanuense, Pessoa habilidosa com a escrita, primeiramente em
aramaico hebraico falado por Cristo e pelos jovens Judeus palestinos de sua época e depois,
traduzido para o Grego. Apesar das muitas evidências sobre a existência do
original em aramaico, todas as buscas e pesquisas arqueológicas somente encontraram
fragmentos e cópias em Grego. Entretanto, os principais estudiosos e Teólogos
do Mundo não duvidam que o texto Grego
que dispomos Hoje em Dia é o mesmo que
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circulou entre as Igrejas a partir da Segunda metade do
século Iº d.C. Ainda que não
apresentando explicitamente o Nome do autor, o Evangelho Segundo Mateus,
nos fornece pelo menos uma grande evidência interna que confirma sua autoria
defendida pelos Pais da Igreja. A História da narrativa de um banquete ao qual
Jesus, compareceu em companhia de grande
número de publicanos e pecadores, pagãos e Judeus que não guardavam a Lei e as
determinações dos Líderes religiosos da época, é descrita na passagem que
começa com as seguintes Palavras emprego original transliterado.
22- EVANGELHO SEGUNDO LUCAS.
O Evangelho de Lucas não identifica o seu autor. Com base em
Lucas 01:01-04 e Atos 01:01-03, é evidente que o mesmo autor escreveu ambos
Lucas e Atos, dirigindo os dois ao "excelentíssimo Teófilo",
possivelmente um dignitário romano. A tradição desde os Primeiros Dias da
Igreja foi que Lucas, um Médico e companheiro próximo ao Apóstolo Paulo,
escreveu tanto Lucas e Atos Colossenses
04:14;0 2 Timóteo 04:11. Isto faria de Lucas o único gentio a escrever
um dos Livros da Escritura. Quando foi escrito: O Evangelho de Lucas foi
provavelmente escrito entre 58 e 65 dC. Propósito: Assim como os outros dois
Evangelhos sinóticos, Mateus e Marcos, o propósito deste Livro é revelar o
Senhor Jesus Cristo e tudo o que Ele "começou a fazer e a ensinar até ao
Dia em que... foi elevado às
alturas" Atos 01:01-02. O Evangelho de Lucas é único por ser uma narração
meticulosa, uma "exposição em ordem" Lucas 01:03 compatível com a mente médica de Lucas
muitas vezes dando detalhes que as outras narrativas omitem. A História de Lucas da vida do grande Médico
enfatiza o seu Ministério e compaixão aos gentios, Samaritanos, Mulheres,
Crianças, cobradores de impostos, pecadores e outros considerados
marginalizados em Israel.
23- EVANGELHO SEGUNDO JOAO.
Embora o quarto Evangelho em parte alguma dê definitivamente
o Nome de seu escritor, pouca dúvida existe de que João, “o Discípulo amado”,
foi o seu autor. Somente uma testemunha ocular dentre o círculo mais íntimo dos
seguidores do Senhor 12:16; 13:29
poderia fornecer os detalhes íntimos que aparecem no Livro. Outrossim, o relato especial e algumas
vezes indireto da participação de João parece confirmar igualmente a sua
autoria 01:37-40; 20:02, 04, 08; 21:20,23,24. O fragmento de uma antiga cópia,
que data do início do século, indica que o original, naturalmente, é mais
antigo ainda e pertencente ao período da Vida de
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João. Os eruditos conservadores situam-no depois da escrita
dos outros Evangelhos, ou seja, algum tempo entre 69 d.C. antes da queda de
Jerusalém e 90 d.C. O Nome de seu Pai era Zebedeu, Mt. 04:21, sua Mãe parece
que foi Salomé, Mt. 27:56; Mc. 15:40 a qual, comparando-se com João 19:25, é
possível que fosse irmã de Maria, Mãe de Jesus. Se assim foi então João era
primo em primeiro grau de Jesus, e sendo de quase a mesma idade, deve tê-lo
conhecido desde a infância. Jesus deu-lhe o sobrenome de “Filho do trovão”, Mc.
03:17, o que parece implicar ter ele um temperamento explosivo, mas conseguiu
dominar-se. O caso de haver proibido o estranho de usar o nome de Cristo na
expulsão de demônios, Mc. 09:38, e o desejo de pedir fogo sobre os samaritanos,
Lc. 09:54, são ilustrações interessantes de sua natureza. Ele e Pedro vieram a
ser reconhecido como Líderes dos Doze e,
apesar de completamente diferentes de índole, geralmente estavam juntos, Jo.
20:02; At. 03:01,11; 04:13; 08:14. Durante anos residiu principalmente em
Jerusalém. Segundo tradição bem firmada, passou seus últimos Anos em Éfeso.
Nada se sabe de suas atividades ou por onde andou nesse tempo. Em Éfeso alcançou
idade bem avançada, escreveu seu Evangelho, suas três Epístolas e o Apocalipse.
O Quarto Evangelho declara francamente o propósito do livro: fez Jesus diante
dos discípulos muitos outros sinais. Estes, porém foram registrados para que
creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida
em Seu Nome. Alguns Milagres relatados no Evangelho de João: Água transformada
em vinho, em Cana da Galileia;
Comerciante e animais para sacrifícios foram expulsos do Templo; O Filho
do nobre curado à distância; Acura do paralítico que a 38 anos padecia no
tanque de Betesda; As multiplicações de
Pães; Jesus a andou sobre a superfície da Agua;
A vista restaurada ao cego de nascença;
a ressurreição de Lázaro. Todos esses milagres revelam Quem Jesus é e o
que Ele fez.
24- ATOS DOS APOSTOLOS.
O Livro dos Atos dos Apóstolos, ao que parece, foi produzido
pela mesma comunidade lucana que produziu o Evangelho de Lucas. Percebe-se isso
olhando que os Atos mantém a mesma
estrutura e, ao que tudo indica, continua o plano do Evangelho. Como os referimos
ao Evangelho dizemos ser de Lucas, usaremos a mesma denominação, dizendo que
seu autor é Lucas embora sabendo que,
provavelmente, a obra tenha sido organizada por uma comunidade... mas essa é outra discussão. Podemos observar a semelhança e perspectiva
de continuidade quando comparamos o início e final do Evangelho com o início e
final de Atos Lc
10
01, 01-04 e Lc 24, 44-52; At 01, 01-03 e At 28, 28-31. O
destinatário é o mesmo; o texto é produzido após pesquisa; objetivo permanece
sendo demonstrar a solidez dos ensinamentos.
25- CONCLUSÃO.
Finalizando essa apostila, trazemos o relato da forma brutal
em que os percussores do Evangelho foram mortos: Pedro: Morreu em uma cruz de
cabeça para baixo. Paulo: Foi esquartejado por ordem do imperador Nero.
Bartolomeu: Foi esfolado Vivo. Marcos: Foi arrastado por um
cavalo pelas as ruas de Alexandria Lucas: Foi enforcado na Grécia. Tiago: Foi
jogado do alto de um pináculo e depois morto a pauladas. André foi crucificado
em uma cruz em forma de x. Bartolomeu: Foi apedrejado.
“Nada espero do muito que eu não tenho”
Professor
Edmilson Carvalho.
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