sexta-feira, 24 de abril de 2015

DISCIPLINA HISTORIA DE ISRAEL

HISTORIA DE ISRAEL   
01- INTRODUÇÃO
O interesse pelo Antigo Testamento é universal, Milhões de Pessoas examinam os mais antigos escritos para descobrir os primórdios do judaísmo, do cristianismo ou do islamismo e recorre diligentemente quanto à contribuição arqueológica, histórica, geográfica e linguística que ele faz em direção de uma compreensão melhor da cultura do Oriente  anterior à  que estão em jogo. Para uma abordagem mais segura da Bíblia precisamos conhecer, ou pelo menos, ter uma visão geral da História de Israel, Povo, em torno do qual, giram os relatos bíblicos. Cada Livro que compõe a Bíblia foi escrito numa época específica da História,  cada texto nasceu a partir de problemas enfrentados por uma determinada comunidade,  portanto, as lutas e as esperanças de desse Povo foram confrontadas por problemas como a fome, as guerras, a exploração de sua força de Trabalho, a tomada de suas  Terras, a escravidão, enfim, todos os percalços de um Povo que deseja viver a Liberdade e a Paz prometida por Deus,  desse modo para compreender o texto bíblico é necessário tentar compreender todos esses elementos que compõem a base  da História de Israel.
02- OBJETIVOS
Possibilitar um aprofundamento teórico e metodológico na área de História de Israel, promovendo a melhoria da qualidade do entendimento científico acadêmico, capacitando profissionais para atuarem no campo educacional, bem como, no diálogo bíblico, Teológico e cultural. Perceber que, através da pesquisa bíblica, histórica  e  arqueológica, muito se empreendeu na busca de um sentido concreto da História de Israel, e  que no cenário da História tem uma função especial. Constatar que mesmo com a existência de fontes  extra bíblicas, uma História não pode ser escrita considerando apenas um lado material  mas, que o antigo Israel possuía sua particularidade  inconfundível,  seu caráter e estilo.
03- CONTEÚDO
No decorrer dessa Disciplina analisaremos segundo as  Escrituras  Sagradas, a: História  e  formação do Povo de Israel e sua organização religiosa,  os patriarcas, O exílio egípcio,  O Êxodo,  O período dos juízes, A monarquia de Israel,  O reino dividido, Os Dois reinos: Israel e Judá, O exílio assírio, O exílio babilônico, O retorno do exílio e o império medo-persa, O período Grego, O império romano.
01

 04- ORIGEM  DO POVO DE ISRAEL.
Na realidade a Historia do Povo de Israel, começa no capítulo Doze do Livro de Genesis.  O povo Hebreu é um povo semita um ramo linguístico comum a Hebreus e Arabes, descendente de Eber, Filho de  Noé, que por sua vez é descendente da nona  geração de Adão e Eva e era formado por pastores nômades viviam na Cidade de  Ur, na Mesopotâmia. Ali, às margens do Rio Eufrates, nascia Abrão, Filho de Terá, no seio de uma Família politeísta,  Abrão desde cedo se recusou a aceitar o politeísmo e a idolatria às estátuas e aos astros,  tentou convencer seu pai e o povo de que tudo aquilo deveria ser obra de um único Deus. O Rei de Ur, Nimrod, sentiu-se particularmente ameaçado e insultado, pois ele mesmo queria ser considerado um deus. Por volta dos seus 75 Anos, o Deus de Abrão chamado aqui de Jeová, finalmente se revela a pede para que Abrão deixe sua Terra e parta para outro lugar, ele se dirige para Canaã com sua  Mulher  Sara, com sua família e com os convertidos ao monoteísmo,  mas no meio do caminho resolve parar na Ccidade de Harã atual Turquia, que também era um grande entreposto comercial no Oriente.  Em Harã,  Jeová faz um pacto com Abrão, prometendo a ele uma  descendência  numerosa, e  o rebatiza como Abraão que significa,  Pai ou Líder de muitos e lhe promete uma Terra para seus descendentes. Esta Terra prometida era Canaã que é hoje onde fica Israel, Sul do Líbano e parte da síria. Abraão continua sua longa peregrinação até a Terra prometida, de acordo com a Aliança firmada com Jeová. Canaã era habitada por  cananeus, descendentes de Cam  Neto de Noé. Entre outros deuses, os cananeus  adoravam  baal  o deus dos deuses.  Este sincretismo entre Abraão e cananeus  iria ser a base do monoteísmo judaico,  na verdade, os povos semi nômades  adoravam diversos deuses, mas precisava-se de um único Deus forte para justificar um estado teocrático que desse respaldo para a autoridade de um único Rei.
 05- OBEDIENCIA DE ABRAAÕ
As Histórias, que eram apenas passadas oralmente de geração a geração, começaram a ganhar forma, cronologia, e assim, entre 1700 a.C e 400 a.C as datas diferem, pois, ainda não há consenso, a Torá ou Pentateuco  começou a ser redigido e incluía os Livros: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio.  Uma vez em Canaã, Sara,  Mulher de Abraão,  sendo estéril e pretendendo dar um Filho a seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para que gerasse o Primeiro Filho a Abraão, Hagar então gerou a Ismael, considerado pelos muçulmanos como o ancestral dos Povos Árabes. Mais tarde, aos Noventa e Nove Anos, Abraão foi
02
circuncidado e após Deus ter anunciado que Sara daria a Luz a um Filho,  Isaac, que seria o herdeiro da promessa,  nasceu no Ano seguinte a esse anúncio. Isaac foi instrumento da maior prova de Fé de Abraão, quando Deus ordenou que ele levasse Isaac ao alto de uma colina para sacrificá-lo,  ao ver que Abraão,  iria  degolar o seu Filho, Deus não permitiu que ele matasse o menino.
 06- O NASCIMENTO DE JACÓ
Por volta de seus Sessenta Anos, quando Abraão já era avançado em Idade, Isaac teve Filhos gêmeos  com sua esposa, Rebeca, nasceram Esaú  e  Jacó.  O Primeiro a sair do ventre e, portanto tendo o direito da primogenitura, foi  Esaú, quando Isaac estava Velho, cego e achando que estava prestes a morrer, pediu para que Esaú, saísse,  a  caçar  um animal e lhe fizesse  um bom guisado,  prometendo logo em seguida  abençoá-lo  antes de morrer. Quando Esaú saiu, Rebeca chegou a  Jacó, seu Filho preferido, e contou o acontecido e  fez um guisado, conforme Isaac havia pedido a Esaú. A trama era para  que Jacó se passasse por Esaú, e assim receber a Bênção que deveria ser dele. Então  Jacó enganou  o seu  Pai,  enquanto Esaú ainda estava fora para caçar Ele  entregou  o guisado que sua Mãe havia feito. Depois de ter comido, Isaac abençoou Jacó e disse: Deus te dê do orvalho do Céu e da fertilidade da Terra, as Nações hão de inclinar-se diante de ti e tu serás o senhor de teus Irmãos. Maldito seja quem te amaldiçoar e Bendito quem te abençoar. Foi assim que Jacó se tornou herdeiro,  quando Esaú chegou, e ficou sabendo do acontecido, o mesmo ficou furioso e  planejou matar Jacó. Jacó fugiu para a Mesopotâmia e ficou por lá por Vinte Anos, até Deus pedir para ele regressar à Terra de seu Pai, ao que ele prontamente obedeceu. No caminho, de volta para sua Terra, ele lutou com um  Anjo,  até pela Manhã, disse-lhe então o Anjo: deixa-me porque já vem vindo a aurora Jacó lhe  respondeu: não te deixarei partir enquanto não me abençoares,  o Homem misterioso disse-lhe a Jacó,  daqui em diante não te chamarás Jacó, mas Israel, que quer dizer aquele que luta com Deus, porque se lutaste com tanta valentia com Deus, muito mais forte serás contra os Homens, e o abençoou. Mais tarde, Esaú reconciliou-se com Jacó. Este teve Doze Filhos Dez  Filhos dele e dois adotados:  São eles, Rubens, Simeão, Levi, Judá, Dan, Neftali, Gad, Aser, Issacar, Zebulon, José e  Benjamim. Estes dariam origem às  Doze tribos de Israel,  eles saíram de Canaã numa época difícil para a agricultura e se estabeleceram no delta do Rio Nilo, no Egito,  alguns acabaram subjugados e escravizados pelos egípcios.  Por volta de 1500 a.C, Deus através de Moises os  levou de
03
volta à Terra prometida. Lá, eles viveram como tribo independente até o rei David unirem num único reino  Judeu, numa única e forte monarquia.
 07- OS PATRIARCAS
Os Hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em clãs ou tribos, chefiadas  por um patriarca, conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur, na Mesopotâmia, e se fixaram na Palestina Canaã a Terra prometida, por volta de 2000 a.C. a Palestina era uma pequena faixa de Terra, que se estendia pelo vale do Rio Jordão. Limitava-se ao Norte, com a Fenícia, ao Sul com as Terras de Judá, a Leste com o deserto da Arábia e, a Oeste com o Mar Mediterrâneo. Governados por patriarcas, os Hebreus viveram na Palestina durante Três Séculos. Os principais patriarcas  foram, Abraão,  Isaac, Jacó,  Moisés e Josué.  Por volta de 1750 a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina, os Hebreus foram obrigados a deixar a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito. Permaneceram no Egito, cerca de 400 Anos, até serem perseguidos e escravizados pelos Faraós. Liderados então, pelo patriarca Moisés, os Hebreus abandonaram o Egito em 1250 a.C., retornando à Palestina, essa saída em massa dos Hebreus do Egito é conhecida como Êxodo. 
 08- O Êxodo
 Aproximadamente  600.000 Homens mais Mulheres e Crianças em uma multidão, com suas manadas e rebanhos, deixaram o Egito. O Faraó persegue os Hebreus, e Deus  destrói o Exército de  Faraó ao cruzar o Mar Vermelho, Os Hebreus comemoram, em refadim, Ele providencia Água milagrosamente da rocha de meribah  massah, os Hebreus chegam à montanha de Deus, onde o sogro de Moisés, Jetro, o visita; para ele Moisés aponta  julgamentos sobre Israel. O Povo de  Israel  organiza o acampamento em Sucote, e dali caminha até ao etão, no limite do Deserto, onde acamparam. Sucote  estava evidentemente a um Dia de jornada 32 a 48 km do etão  que se estende ao longo do lado Norte da península do Sinai. Então eles retrocedem e acampam diante de pi-hairote, entre migdol e o  Mar, à vista de baal-zefom  ou seja, a fronteira Norte. É o último lugar antes da travessia do Mar Vermelho. Após a travessia do Mar Vermelho, entram no ermo de sur, depois de Três Dias de caminhada, chegam ao oásis de Mara, em  onde as Águas eram amargas,   andando 24 Quilômetros mais para Sul, chegaram ao oásis de elim, atravessam o ermo de sim junto ao Mar Vermelho, entre o oásis de elim e o monte  Sinai,  e depois em alush, e finalmente, no oásis de
04
refidim, que   era um antigo centro egípcio de extração de cobre e de turquesas e onde havia fornos de fundição. Existem  Trabalhos como o de ron wyatt que apontam a praia de Nuweiva no golfo de aqaba como o provável  local da travessia do Mar Vermelho.
09- O PERIODO DOS JUIZES
Após a morte de Josué  e dos anciãos, veio uma situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos Divinos Jz  02.12-15, e em consequência disso certas Pessoas foram escolhidas por intervenção Divina, para governarem a Nação como Juízes ou libertadores,  não tinham poder de fazer novas Leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a Lei de Moisés. Havia neles, também o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse somente  algumas  vezes a certa parte do País. Não tinha estipêndio estabelecido, mas o Povo estava acostumado a levar-lhes  presentes, ou oferendas,  esta forma de Governo durou desde a morte de Josué até à escolha de Saul para ser Rei, compreendendo um espaço de 460 Anos. Samuel foi o mais notável dos Juízes, parecendo que na última parte de sua Vida ele se limitava a exercer  principalmente a missão de Profeta, sendo Saul Rei, finalizou a forma teocrática de Governo 1ª Sm. 08.07,  a pessoa do Juiz era considerada Santa e Sagrada, de modo que ao  consultá-lo era o mesmo que “consultar a Deus” Ex 18.15,  era ele divinamente dirigido, não temendo  então a face de ninguém,  além dos Juízes supremos, havia anciãos da Cidade, que constituíam um tribunal de Justiça, com o poder de resolver pequenas causas da localidade Dt.16.18. Os  principais Juízes foram quinze, são eles:  Otniel  Jz  03.09,  Juiz  de Judá, livrou a Israel do Rei da Mesopotâmia  Eúde  Jz 03.15  expulsou os amonitas e os moabitas,  Sangar Jz 03.31 matou 600 filisteus e Salvou a Israel,  Débora Jz 04.05  associada a Baraque, guiando a Naftali e Zebulom à Vitória contra os cananeus,  Gideão Jz  06.36 expulsou os midianitas do Território de Israel, Abimeleque  Jz  09.01  pseudo Libertador sem autoridade  Divina Tola Jz 10.01 subjugou os amonitas  Jair  Jz 10.03 subjugou os amonitas Jefté  Jz 11.11 subjugou os amonitas  Ibsã  Jz 12. 08 perseguiu  os filisteus;  Elom Jz 12.11 perseguiu os filisteus;   Abdom Jz 12.13 perseguiu os filisteus  Sansão Jz 16.30 perseguiu os filisteus,   Eli 1ª Sm  04.18  julgou a Israel como Sumo  Sacerdote  Samuel  1ª Sm  07.15  agiu principalmente como Profeta.
 10- A  MONARQUIA DE ISRAEL
A monarquia iniciou-se com Saul, mas foi seu sucessor Davi,  que
05
conseguiu atrair as tribos do Sul para seu reino. No reinado de Davi e mais tarde de Salomão, seu Filho, a monarquia atingiu seu apogeu, sem jamais poder ser comparada, entretanto, aos grandes  impérios egípcio ou babilônico. A organização do estado tornou-se mais complexa, e os antigos chefes de clãs, e até mesmo os chefes guerreiros transformaram-se na aristocracia, que enriquecia com o comércio de caravanas e com a apropriação das Terras dos camponeses endividados.  As construções de grandes templos levavam ao aumento de impostos e de Trabalhos excedentes que os camponeses deviam ao estado, o que tornava cada vez mais difícil à Vida das camadas populares. Por outro lado, a construção dos Templos e a instauração de uma camada de Sacerdotes, portadores de certos direitos inacessíveis ao Povo, acabavam com os aspectos mais livres da Religião, criando uma estreita dependência entre o Povo e o poder político, por volta de 935 a.C, as Dez tribos do Norte revoltaram-se contra o Rei Roboão, sucessor de Salomão, e formaram o reino independente de Israel, enquanto as  Duas tribos do Sul formaram o reino de Judá. O reino de Israel, enfraquecido pelas revoltas internas e pelas constantes guerras com Judá, foi dominado em 723 a.C. pelos assírios, O reino de Judá foi conquistado pelos caldeus, liderados por Nabucodonosor, em 586 a.C, e os Judeus foram levados como escravos para a Babilônia.
 11- O REINO  DIVIDO
Com a morte de Salomão o reino ficou assim dividido: Nação do  Norte - Israel e a Nação do  Sul - Judá, cuja capital é Jerusalém, em Judá reinava Roboão, Filho de Salomão, e fez o que era mau diante do Senhor. Interessante  é que ele fez o que era mau porque descendia de uma Mãe amonita: Povo que Deus havia pedido que fosse exterminado, mas Salomão havia tomada uma de suas Filhas para lhe ser  Esposa.  Sisaque, Rei do Egito vai contra Jerusalém e saqueia os bens e os  Tesouro  da Casa do Senhor, levando tudo que Salomão havia feito para o Templo. Enquanto isso havia constante guerra entre Roboão, Rei de Judá e Jeroboao, Rei de Israel, a Nação do Norte.  Após a morte de Roboão, reinou  em seu lugar  Abias, Filho de Abisalão, aquele que se rebelara contra seu Pai Davi. Em lugar de Abias, reina seu  Filho  Asa, e o Senhor se lembra de Davi, e faz com que a luz de Davi não se extinga,  este fez o que era reto diante do Senhor, provocou reformas, chegando até  destituir sua Mãe do cargo de rainha  Mãe, pois ela era adoradora de outros deuses, houve guerra todos os  Dias entre Asa e Baasa, Rei do Norte e  Rei de Israel.

06
12- OS DOIS REINOS
Como bem se recordam, David, após a conquista de Jerusalém  por volta do Ano 1000 a.C, unifica as 12 tribos e funda o reino unido de Israel, reino  esse que continuou, depois, com o seu Filho Salomão,  no entanto, este reino dura somente 70 Anos, e no Ano de 933 a.C, é dividido em Dois: o reino do Norte ou de Israel, com capital em Samaria e o reino do Sul ou de Judá, com Capital em Jerusalém,  apesar de as Duas capitais estarem separadas por pouco mais de Cinquenta  Quilômetros, a Verdade é que os dois reinos eram bastante diferentes um do outro.
 13- O EXÍLIO EGÍPCIO
Após a destruição de Jerusalém, um escasso grupo de remanescente foi deixado como administradores e cultivadores da Terra, Jeremias recusou-se a fazer uma viagem segura para a Babilônica, preferindo demorar-se em meio à desolação da Terra que ele amava,  mas os remanescentes disputavam entre si, o governante deles, Gedalias, foi assassinado por um bando de conspiradores  Judeus, liderados por Ismael. O restante, temendo a vingança de Nabucodonosor, fugiu para o Egito, sob a liderança de Joanã,  Jeremias entrou em um protesto contra a migração para o Egito, mas foi compelido a deixar a amada  Terra e acompanhar os exilados até o Egito. Lá, na Cidade fronteiriça de Tafnes, o grande Profeta escreveu a sua última profecia,  segundo uma antiga tradição judaica, ele sofreu martírio nas Mãos de seus conterrâneos no exílio; outra tradição diz que ele escapou do Egito e rumou para a Babilônia.  Mas como Isaías, Ezequiel, Daniel, Pedro, Paulo, João e outros, as Escrituras Sagradas,  calam-se quanto às últimas cenas de suas Vidas,  não existem nenhum relato a respeito de um retorno do exílio egípcio.
 14- EXÍLIO BABILÔNICO
O  falecimento do piedoso monarca de Judá, Josias, em 609 a.C. colocou termos derradeiros à reforma religiosa e, durante o reinado de seus Filhos Salum e Jeoaquim, as práticas pagãs retornaram e novamente infiltraram-se no reino do Sul. Em 605 a.C., Nabucodonosor derrotou o exército egípcio em Carquemis, junto ao Rio Eufrates próximo à atual fronteira entre a Turquia e a Síria. Marchando para o Sul, Nabucodonosor invadiu Judá e sitiou Jerusalém no terceiro Ano do reinado de Jeoaquim,  Dn  01:01, ocasião na qual chegou aos seus ouvidos a notícia de que seu Pai havia morrido, então este resolve retornar à Babilônia, levando consigo os Tesouros do Templo do Senhor e os Tesouros da Casa do Rei e vários
07
Jovens da Família Real e da Nobreza de Judá. Quatro destes Jovens se mostraram valiosos conselheiros para o novo Rei babilônico: Daniel  Beltessazar, Ananias Sadraque, Misael  Mesaquel  e Azarias  Abede-Nego.    
15- RETORNO  DO EXÍLIO
Império Medo Persa,  duração, 536 a.C até 33 a.C – durante o período Persa encerrou-se o cativeiro de Israel,  Judá representava a nação, daí os israelitas serem chamados de judeus até os nossos Dias, o retorno do cativeiro começa em 535 a.C  e divide-se em: Ciro, imperador da Pérsia, ordena a volta dos  Judeus em  535 a.C, no primeiro Ano do seu reinado 2ª Cr 36. 22, 23; Ed 01. 01-03, encerrando-se os Setenta Anos de cativeiro 605-535, 70. Zorobabel  retorna e começa a reconstrução do Templo. Em 516 a.C  é feita a dedicação do Templo 2º  Esdras regressa para Jerusalém com uma caravana de Judeus em 458 a.C  No Ano de 445 a.C ocorre o regresso de Neemias e a reconstrução das muralhas de Jerusalém,  foram esse os Profetas do período pós-exílio: Ageu; Zacarias e Malaquias.  Israel agora estava de volta à Terra de Canaã  após 70  Anos de cativeiro na Babilônia, Zorobabel  comandou a construção do 2º Templo; Esdras foi o encarregado de ensinar a lei do Senhor ao Povo que retornou do cativeiro e Neemias foi o Homem que comandou a reconstrução das muralhas de Jerusalém. Respeito do Segundo Templo, disse o Senhor pela boca do Profeta Ageu: a Glória desta Última Casa será maior do que a da Primeira... Ag  02.09a, referindo-se ao fato do próprio Senhor, na Pessoa de Jesus, pisar no Segundo Templo quando veio ao mundo; embora a estrutura material do Templo feito por  Zorobabel  fosse bem inferior a do Templo feito por  Salomão; o Verbo Divino pisaria literalmente neste Templo. Infelizmente a Nação de Israel continuou pecando e, apesar de ter retornado para a sua Terra, continuou sob o domínio de outras Nações,  após a morte de Malaquias, houve um intervalo de 400 Anos sem ação  profética,  Deus  ficou em silencio,  esse  período de 400 Anos  ficou conhecido como período  intertestamentário ou  interbiblico,  só foi interrompido com o nascimento de Jesus e o  início do Novo Testamento.
 16- O IMPÉRIO ROMANO
No Segundo milênio antes de  Cristo, o atual Território de Israel foi invadido por Dois Povos: um deles, procedente da Suméria e que veio a constituir o Povo Hebreu, também chamado de  Judeu. O outro Povo foi o dos Filisteus, oriundo provavelmente da Ilha de Creta ou da Cidade Grega de Micenas, os filisteus ocuparam o litoral Sul do atual  Território de
08
Israel.  Por volta de 1029 a.C, os Judeus, que se organizavam em Doze tribos autônomas, se unificaram sob o comando do Rei Saul. Ele,  Saul foi sucedido pelos Reis Davi e Salomão, o reino judaico dividiu-se em seguida em Duas porções: o reino de Israel ao Norte e o reino de Judá ao Sul, seguiu-se um período de dominações estrangeiras: Primeiro, os assírios do Rei Sargão II conquistaram o reino de Israel no século VIII  a.C, Os babilônios do Rei Nabucodonosor conquistaram o reino de Judá no Século vI a.C, na ocasião, foi destruído o Templo de Jerusalém, que havia sido construído pelo Rei Salomão. no mesmo Século, os babilônios foram suplantados pelo império  Persa do Rei  Ciro ll. O Rei Ciro permitiu a volta dos Judeus, que estavam escravizados na Babilônia, para a Palestina, onde reconstruíram o Templo de Jerusalém. No Século lv a.C, o Imperador macedônio  Alexandre  Magno conquistou o império  Persa, em 63 a.C, o império romano passou a dominar a região, houve  Duas revoltas judaicas contra o domínio romano: a Primeira, iniciada em 66, terminou com a destruição de Jerusalém e de seu Segundo Templo pelo general romano Tito em 70, a segunda, em 135, terminou com a Vitória do Imperador romano  Adriano e a expulsão dos Judeus da Palestina. Os  Judeus se espalharam pelo Mundo na chamada diáspora, onde quer que eles se estabelecessem, porém, conservavam a sua Religião e identidade, o que fez com que eles se tornassem minorias perseguidas, enquanto isso, a  Palestina foi ocupada por bizantinos e,  em seguida, pelos  Arabes no Século vll, seguiu-se um período sob domínio dos cavaleiros cruzados entre os Séculos xl e xlll, a região foi retomada pelos Arabes até o Século XVI, quando foi conquistada pelos turcos otomanos do sultão Selim l.
17-  O ISRAEL ATUAL
Recém chegados à  Palestina, os Judeus fundaram  as  comunidades de agricultores de feitio socialista os kibutz e passaram a lutar pela criação de seu estado,  a princípio negociaram e depois compraram briga com os britânicos, que na época faziam um jogo duplo, ora comprometendo-se com os interesses sionistas, ora fazendo Promessas de independência total aos Árabes. A partir de 1945, militantes sionistas passaram a atacar as tropas de ocupação, realizando inclusive atentados terroristas,  outra frente de batalha foi contra os Árabes  da Palestina, que reagiram com violência à chegada  dos imigrantes, a violência cresceu até que, em 1947, a Inglaterra resolveu tirar o pé desse barril de pólvora.  O Governo britânico anunciou que encerraria sua presença militar na Terra  Santa e deixaria que Árabes e Judeus resolvessem seu destino,  naquele mesmo Ano, a organização das Nações unidas decidiu que a melhor maneira de
09
decidir o impasse era dividir a antiga província otomana em dois pedaços.  em  uma assembleia presidida pelo diplomata gaúcho Oswaldo Aranha, a  ONU  instituiu o plano de partilha: 55% da região ficaria com os Judeus, e 45% com os Árabes,   e se cumpria ali a Promessa de Deus feito a Abraão. Em 14 de maio de 1948, os sionistas, liderados pelo legendário Davi Ben Gurion, fundaram o estado de Israel, com capital em  Tel  Aviv, na fatia concedida pela ONU. Na realidade Israel tem duas capitais, o acordo que previa a criação simultânea de Israel e da Palestina, em 1948, estipulava também que Jerusalém  seria capital  de ambos  estados, no entanto, como os palestinos  rejeitaram o acordo e em seguida os Países Árabes invadiram o estado   Judeu, Israel transferiu sua capital para  Tel-Aviv, onde também se estabeleceram as representações diplomáticas. Jerusalém, por sua vez, permaneceu dividida entre 1948 e 1967, tendo a sua parte oriental ocupada pela Jordânia, inclusive a parte histórica da Cidade, que sofreu depredações, em 1967, após a guerra dos seis Dias em que Israel derrotou a Jordânia e outros  Países   Árabes  Jerusalém  foi reunificada, se tornado assim a capital religiosa de Israel. Em 1980, o Governo de Israel anunciou a transferência definitiva de sua Capital para  Jerusalém mesmo que já tenha proclamado a  Cidade como Capital desde 1950, no entanto, quase todas as embaixadas estrangeiras permaneceram em  Tel-Aviv, já que a  ONU e os Países evitaram tomar uma posição tendenciosa quanto ao conflito com os palestinos.  Apenas dois Países da América central reconheceram Jerusalém como apital de Israel em 1995, o  Congresso dos Estados  Unidos aprovou uma  Lei que permitia reconhecer Jerusalém como Capital de Israel, mas nem Clinton nem  Bush efetivaram isso. O movimento palestino também reivindica Jerusalém  oriental já que não reconhece a reunificação de 1967 como sua Capital, durante a era  Arafat 1993-2004, a capital efetiva da autoridade  Palestina estava situada em Ramallah, na Cisjordânia.
18- PODERIO  MILITAR DE ISRAEL
Tendo em seu Território, as mais lindas Cidades do Mundo,  como Eilat, Tiberíades, Raifa,  Jerusalém  e Tel  AvIv,  Cidades essas com um complexo urbanístico invejável, e um Povo cheio de Esperança,  Israel é respeitado no Mundo inteiro,  ninguém  discute a eficácia do Exército de Israel. Tendo a   sua Capital  reconhecida biblicamente como a Cidade de Deus, esse pequeno País  Judeu encravado no Mundo Árabe, reina soberanamente pra a Gloria de Deus. Desde sua criação em 1948, enfrentou  inúmeras guerras onde demonstrou seu preparo e qualidade, como Exercito de Deus, como na guerra dos Seis Dias, quando saiu
10
vencedor.  Esse poderoso exército  tem  em ação um: um gasto militar de Noventa e Quatro Bilhões de Dólares anual, Cento e Sessenta e Um  Mil e Quinhentos Soldados,   moderníssimos  aviões e navios de combates e armas nucleares.  Para compensar a inferioridade numérica,  dos seus  Soldados, o Pais conta com a  qualidade, Amor e Fidelidade dos seus combatentes,  suas tropas estão entre as mais bem treinadas da Terra e sempre  alerta, a força aérea dispõe de tecnologia de ponta e a experiência em combate. Diante da ameaça constantes dos  Exércitos inimigos,  fez  com que o País desenvolver algumas das melhores armas disponíveis da atualidade, como o tanque Merkava.
E assim por volta de quase Dois Mil Anos antes de Jesus nascer, Deus cumpriu a Promessa feita ao Patriarca Abraão. Na sua vida Ele cumprirá a Sua Promessa. Continuei acreditando.

“Nada espero do muito que eu não tenho”.
Professor  Edmilson Carvalho.



11

Nenhum comentário:

Postar um comentário