HISTORIA
DE ISRAEL
01-
INTRODUÇÃO
O
interesse pelo Antigo Testamento é universal, Milhões de Pessoas examinam os
mais antigos escritos para descobrir os primórdios do judaísmo, do cristianismo
ou do islamismo e recorre diligentemente quanto à contribuição arqueológica,
histórica, geográfica e linguística que ele faz em direção de uma compreensão
melhor da cultura do Oriente anterior
à que estão em jogo. Para uma abordagem
mais segura da Bíblia precisamos conhecer, ou pelo menos, ter uma visão geral
da História de Israel, Povo, em torno do qual, giram os relatos bíblicos. Cada
Livro que compõe a Bíblia foi escrito numa época específica da História, cada texto nasceu a partir de problemas
enfrentados por uma determinada comunidade,
portanto, as lutas e as esperanças de desse Povo foram confrontadas por
problemas como a fome, as guerras, a exploração de sua força de Trabalho, a
tomada de suas Terras, a escravidão,
enfim, todos os percalços de um Povo que deseja viver a Liberdade e a Paz
prometida por Deus, desse modo para
compreender o texto bíblico é necessário tentar compreender todos esses elementos
que compõem a base da História de
Israel.
02-
OBJETIVOS
Possibilitar
um aprofundamento teórico e metodológico na área de História de Israel,
promovendo a melhoria da qualidade do entendimento científico acadêmico,
capacitando profissionais para atuarem no campo educacional, bem como, no
diálogo bíblico, Teológico e cultural. Perceber que, através da pesquisa
bíblica, histórica e arqueológica, muito se empreendeu na busca de
um sentido concreto da História de Israel, e
que no cenário da História tem uma função especial. Constatar que mesmo
com a existência de fontes extra
bíblicas, uma História não pode ser escrita considerando apenas um lado
material mas, que o antigo Israel
possuía sua particularidade
inconfundível, seu caráter e
estilo.
03-
CONTEÚDO
No
decorrer dessa Disciplina analisaremos segundo as Escrituras
Sagradas, a: História e formação do Povo de Israel e sua organização
religiosa, os patriarcas, O exílio
egípcio, O Êxodo, O período dos juízes, A monarquia de Israel, O reino dividido, Os Dois reinos: Israel e
Judá, O exílio assírio, O exílio babilônico, O retorno do exílio e o império
medo-persa, O período Grego, O império romano.
01
04- ORIGEM DO POVO DE ISRAEL.
Na
realidade a Historia do Povo de Israel, começa no capítulo Doze do Livro de
Genesis. O povo Hebreu é um povo semita
um ramo linguístico comum a Hebreus e Arabes, descendente de Eber, Filho
de Noé, que por sua vez é descendente da
nona geração de Adão e Eva e era formado
por pastores nômades viviam na Cidade de
Ur, na Mesopotâmia. Ali, às margens do Rio Eufrates, nascia Abrão, Filho
de Terá, no seio de uma Família politeísta,
Abrão desde cedo se recusou a aceitar o politeísmo e a idolatria às
estátuas e aos astros, tentou convencer
seu pai e o povo de que tudo aquilo deveria ser obra de um único Deus. O Rei de
Ur, Nimrod, sentiu-se particularmente ameaçado e insultado, pois ele mesmo
queria ser considerado um deus. Por volta dos seus 75 Anos, o Deus de Abrão
chamado aqui de Jeová, finalmente se revela a pede para que Abrão deixe sua
Terra e parta para outro lugar, ele se dirige para Canaã com sua Mulher
Sara, com sua família e com os convertidos ao monoteísmo, mas no meio do caminho resolve parar na Ccidade
de Harã atual Turquia, que também era um grande entreposto comercial no
Oriente. Em Harã, Jeová faz um pacto com Abrão, prometendo a
ele uma descendência numerosa, e
o rebatiza como Abraão que significa,
Pai ou Líder de muitos e lhe promete uma Terra para seus descendentes.
Esta Terra prometida era Canaã que é hoje onde fica Israel, Sul do Líbano e
parte da síria. Abraão continua sua longa peregrinação até a Terra prometida,
de acordo com a Aliança firmada com Jeová. Canaã era habitada por cananeus, descendentes de Cam Neto de Noé. Entre outros deuses, os
cananeus adoravam baal o
deus dos deuses. Este sincretismo entre
Abraão e cananeus iria ser a base do
monoteísmo judaico, na verdade, os povos
semi nômades adoravam diversos deuses,
mas precisava-se de um único Deus forte para justificar um estado teocrático
que desse respaldo para a autoridade de um único Rei.
05- OBEDIENCIA DE ABRAAÕ
As
Histórias, que eram apenas passadas oralmente de geração a geração, começaram a
ganhar forma, cronologia, e assim, entre 1700 a.C e 400 a.C as datas diferem,
pois, ainda não há consenso, a Torá ou Pentateuco começou a ser redigido e incluía os Livros:
Gênesis, Êxodo, Levítico, Números e Deuteronômio. Uma vez em Canaã, Sara, Mulher de Abraão, sendo estéril e pretendendo dar um Filho a
seu marido, ofereceu sua serva egípcia Hagar para que gerasse o Primeiro Filho
a Abraão, Hagar então gerou a Ismael, considerado pelos muçulmanos como o ancestral
dos Povos Árabes. Mais tarde, aos Noventa e Nove Anos, Abraão foi
02
circuncidado
e após Deus ter anunciado que Sara daria a Luz a um Filho, Isaac, que seria o herdeiro da promessa, nasceu no Ano seguinte a esse anúncio. Isaac
foi instrumento da maior prova de Fé de Abraão, quando Deus ordenou que ele
levasse Isaac ao alto de uma colina para sacrificá-lo, ao ver que Abraão, iria degolar
o seu Filho, Deus não permitiu que ele matasse o menino.
06- O NASCIMENTO DE JACÓ
Por
volta de seus Sessenta Anos, quando Abraão já era avançado em Idade, Isaac teve
Filhos gêmeos com sua esposa, Rebeca,
nasceram Esaú e Jacó.
O Primeiro a sair do ventre e, portanto tendo o direito da
primogenitura, foi Esaú, quando Isaac
estava Velho, cego e achando que estava prestes a morrer, pediu para que Esaú,
saísse, a caçar
um animal e lhe fizesse um bom
guisado, prometendo logo em seguida abençoá-lo
antes de morrer. Quando Esaú saiu, Rebeca chegou a Jacó, seu Filho preferido, e contou o
acontecido e fez um guisado, conforme
Isaac havia pedido a Esaú. A trama era para
que Jacó se passasse por Esaú, e assim receber a Bênção que deveria ser
dele. Então Jacó enganou o seu Pai, enquanto Esaú ainda estava fora para caçar
Ele entregou o guisado que sua Mãe havia feito. Depois de
ter comido, Isaac abençoou Jacó e disse: Deus te dê do orvalho do Céu e da
fertilidade da Terra, as Nações hão de inclinar-se diante de ti e tu serás o
senhor de teus Irmãos. Maldito seja quem te amaldiçoar e Bendito quem te
abençoar. Foi assim que Jacó se tornou herdeiro, quando Esaú chegou, e ficou sabendo do
acontecido, o mesmo ficou furioso e
planejou matar Jacó. Jacó fugiu para a Mesopotâmia e ficou por lá por Vinte
Anos, até Deus pedir para ele regressar à Terra de seu Pai, ao que ele
prontamente obedeceu. No caminho, de volta para sua Terra, ele lutou com
um Anjo,
até pela Manhã, disse-lhe então o Anjo: deixa-me porque já vem vindo a
aurora Jacó lhe respondeu: não te
deixarei partir enquanto não me abençoares,
o Homem misterioso disse-lhe a Jacó,
daqui em diante não te chamarás Jacó, mas Israel, que quer dizer aquele
que luta com Deus, porque se lutaste com tanta valentia com Deus, muito mais
forte serás contra os Homens, e o abençoou. Mais tarde, Esaú reconciliou-se com
Jacó. Este teve Doze Filhos Dez Filhos
dele e dois adotados: São eles, Rubens,
Simeão, Levi, Judá, Dan, Neftali, Gad, Aser, Issacar, Zebulon, José e Benjamim. Estes dariam origem às Doze tribos de Israel, eles saíram de Canaã numa época difícil para
a agricultura e se estabeleceram no delta do Rio Nilo, no Egito, alguns acabaram subjugados e escravizados
pelos egípcios. Por volta de 1500 a.C,
Deus através de Moises os levou de
03
volta
à Terra prometida. Lá, eles viveram como tribo independente até o rei David unirem
num único reino Judeu, numa única e
forte monarquia.
07- OS PATRIARCAS
Os
Hebreus eram inicialmente, um pequeno grupo de pastores nômades, organizados em
clãs ou tribos, chefiadas por um
patriarca, conduzidos por Abraão, deixaram a cidade de Ur, na Mesopotâmia, e se
fixaram na Palestina Canaã a Terra prometida, por volta de 2000 a.C. a
Palestina era uma pequena faixa de Terra, que se estendia pelo vale do Rio
Jordão. Limitava-se ao Norte, com a Fenícia, ao Sul com as Terras de Judá, a
Leste com o deserto da Arábia e, a Oeste com o Mar Mediterrâneo. Governados por
patriarcas, os Hebreus viveram na Palestina durante Três Séculos. Os principais
patriarcas foram, Abraão, Isaac, Jacó,
Moisés e Josué. Por volta de 1750
a.C. uma terrível seca atingiu a Palestina, os Hebreus foram obrigados a deixar
a região e buscar melhores condições de sobrevivência no Egito. Permaneceram no
Egito, cerca de 400 Anos, até serem perseguidos e escravizados pelos Faraós.
Liderados então, pelo patriarca Moisés, os Hebreus abandonaram o Egito em 1250
a.C., retornando à Palestina, essa saída em massa dos Hebreus do Egito é
conhecida como Êxodo.
08- O Êxodo
Aproximadamente 600.000 Homens mais Mulheres e Crianças em
uma multidão, com suas manadas e rebanhos, deixaram o Egito. O Faraó persegue
os Hebreus, e Deus destrói o Exército
de Faraó ao cruzar o Mar Vermelho, Os
Hebreus comemoram, em refadim, Ele providencia Água milagrosamente da rocha de
meribah massah, os Hebreus chegam à
montanha de Deus, onde o sogro de Moisés, Jetro, o visita; para ele Moisés
aponta julgamentos sobre Israel. O Povo
de Israel organiza o acampamento em Sucote, e dali
caminha até ao etão, no limite do Deserto, onde acamparam. Sucote estava evidentemente a um Dia de jornada 32 a
48 km do etão que se estende ao longo do
lado Norte da península do Sinai. Então eles retrocedem e acampam diante de
pi-hairote, entre migdol e o Mar, à vista
de baal-zefom ou seja, a fronteira
Norte. É o último lugar antes da travessia do Mar Vermelho. Após a travessia do
Mar Vermelho, entram no ermo de sur, depois de Três Dias de caminhada, chegam
ao oásis de Mara, em onde as Águas eram
amargas, andando 24 Quilômetros mais
para Sul, chegaram ao oásis de elim, atravessam o ermo de sim junto ao Mar
Vermelho, entre o oásis de elim e o monte
Sinai, e depois em alush, e
finalmente, no oásis de
04
refidim,
que era um antigo centro egípcio de
extração de cobre e de turquesas e onde havia fornos de fundição. Existem Trabalhos como o de ron wyatt que apontam a
praia de Nuweiva no golfo de aqaba como o provável local da travessia do Mar Vermelho.
09-
O PERIODO DOS JUIZES
Após
a morte de Josué e dos anciãos, veio uma
situação anárquica, em que não havia obediência aos mandamentos Divinos Jz 02.12-15, e em consequência disso certas Pessoas
foram escolhidas por intervenção Divina, para governarem a Nação como Juízes ou
libertadores, não tinham poder de fazer
novas Leis, mas somente o de julgarem em conformidade com a Lei de Moisés.
Havia neles, também o poder executivo, embora a sua jurisdição se estendesse
somente algumas vezes a certa parte do País. Não tinha
estipêndio estabelecido, mas o Povo estava acostumado a levar-lhes presentes, ou oferendas, esta forma de Governo durou desde a morte de
Josué até à escolha de Saul para ser Rei, compreendendo um espaço de 460 Anos.
Samuel foi o mais notável dos Juízes, parecendo que na última parte de sua Vida
ele se limitava a exercer principalmente
a missão de Profeta, sendo Saul Rei, finalizou a forma teocrática de Governo 1ª
Sm. 08.07, a pessoa do Juiz era
considerada Santa e Sagrada, de modo que ao
consultá-lo era o mesmo que “consultar a Deus” Ex 18.15, era ele divinamente dirigido, não temendo então a face de ninguém, além dos Juízes supremos, havia anciãos da Cidade,
que constituíam um tribunal de Justiça, com o poder de resolver pequenas causas
da localidade Dt.16.18. Os principais
Juízes foram quinze, são eles:
Otniel Jz 03.09,
Juiz de Judá, livrou a Israel do Rei
da Mesopotâmia Eúde Jz 03.15
expulsou os amonitas e os moabitas,
Sangar Jz 03.31 matou 600 filisteus e Salvou a Israel, Débora Jz 04.05 associada a Baraque, guiando a Naftali e
Zebulom à Vitória contra os cananeus,
Gideão Jz 06.36 expulsou os
midianitas do Território de Israel, Abimeleque
Jz 09.01 pseudo Libertador sem autoridade Divina Tola Jz 10.01 subjugou os
amonitas Jair Jz 10.03 subjugou os amonitas Jefté Jz 11.11 subjugou os amonitas Ibsã
Jz 12. 08 perseguiu os
filisteus; Elom Jz 12.11 perseguiu os
filisteus; Abdom Jz 12.13 perseguiu os
filisteus Sansão Jz 16.30 perseguiu os
filisteus, Eli 1ª Sm 04.18
julgou a Israel como Sumo Sacerdote Samuel
1ª Sm 07.15 agiu principalmente como Profeta.
10- A
MONARQUIA DE ISRAEL
A
monarquia iniciou-se com Saul, mas foi seu sucessor Davi, que
05
conseguiu
atrair as tribos do Sul para seu reino. No reinado de Davi e mais tarde de
Salomão, seu Filho, a monarquia atingiu seu apogeu, sem jamais poder ser
comparada, entretanto, aos grandes
impérios egípcio ou babilônico. A organização do estado tornou-se mais
complexa, e os antigos chefes de clãs, e até mesmo os chefes guerreiros
transformaram-se na aristocracia, que enriquecia com o comércio de caravanas e
com a apropriação das Terras dos camponeses endividados. As construções de grandes templos levavam ao
aumento de impostos e de Trabalhos excedentes que os camponeses deviam ao
estado, o que tornava cada vez mais difícil à Vida das camadas populares. Por
outro lado, a construção dos Templos e a instauração de uma camada de
Sacerdotes, portadores de certos direitos inacessíveis ao Povo, acabavam com os
aspectos mais livres da Religião, criando uma estreita dependência entre o Povo
e o poder político, por volta de 935 a.C, as Dez tribos do Norte revoltaram-se
contra o Rei Roboão, sucessor de Salomão, e formaram o reino independente de
Israel, enquanto as Duas tribos do Sul
formaram o reino de Judá. O reino de Israel, enfraquecido pelas revoltas
internas e pelas constantes guerras com Judá, foi dominado em 723 a.C. pelos
assírios, O reino de Judá foi conquistado pelos caldeus, liderados por
Nabucodonosor, em 586 a.C, e os Judeus foram levados como escravos para a
Babilônia.
11- O REINO
DIVIDO
Com
a morte de Salomão o reino ficou assim dividido: Nação do Norte - Israel e a Nação do Sul - Judá, cuja capital é Jerusalém, em Judá
reinava Roboão, Filho de Salomão, e fez o que era mau diante do Senhor.
Interessante é que ele fez o que era mau
porque descendia de uma Mãe amonita: Povo que Deus havia pedido que fosse
exterminado, mas Salomão havia tomada uma de suas Filhas para lhe ser Esposa. Sisaque, Rei do Egito vai contra Jerusalém e
saqueia os bens e os Tesouro da Casa do Senhor, levando tudo que Salomão
havia feito para o Templo. Enquanto isso havia constante guerra entre Roboão,
Rei de Judá e Jeroboao, Rei de Israel, a Nação do Norte. Após a morte de Roboão, reinou em seu lugar
Abias, Filho de Abisalão, aquele que se rebelara contra seu Pai Davi. Em
lugar de Abias, reina seu Filho Asa, e o Senhor se lembra de Davi, e faz com
que a luz de Davi não se extinga, este
fez o que era reto diante do Senhor, provocou reformas, chegando até destituir sua Mãe do cargo de rainha Mãe, pois ela era adoradora de outros deuses,
houve guerra todos os Dias entre Asa e
Baasa, Rei do Norte e Rei de Israel.
06
12-
OS DOIS REINOS
Como
bem se recordam, David, após a conquista de Jerusalém por volta do Ano 1000 a.C, unifica as 12
tribos e funda o reino unido de Israel, reino
esse que continuou, depois, com o seu Filho Salomão, no entanto, este reino dura somente 70 Anos,
e no Ano de 933 a.C, é dividido em Dois: o reino do Norte ou de Israel, com
capital em Samaria e o reino do Sul ou de Judá, com Capital em Jerusalém, apesar de as Duas capitais estarem separadas
por pouco mais de Cinquenta Quilômetros,
a Verdade é que os dois reinos eram bastante diferentes um do outro.
13- O EXÍLIO EGÍPCIO
Após
a destruição de Jerusalém, um escasso grupo de remanescente foi deixado como
administradores e cultivadores da Terra, Jeremias recusou-se a fazer uma viagem
segura para a Babilônica, preferindo demorar-se em meio à desolação da Terra
que ele amava, mas os remanescentes disputavam
entre si, o governante deles, Gedalias, foi assassinado por um bando de
conspiradores Judeus, liderados por
Ismael. O restante, temendo a vingança de Nabucodonosor, fugiu para o Egito,
sob a liderança de Joanã, Jeremias
entrou em um protesto contra a migração para o Egito, mas foi compelido a
deixar a amada Terra e acompanhar os
exilados até o Egito. Lá, na Cidade fronteiriça de Tafnes, o grande Profeta
escreveu a sua última profecia, segundo
uma antiga tradição judaica, ele sofreu martírio nas Mãos de seus conterrâneos
no exílio; outra tradição diz que ele escapou do Egito e rumou para a
Babilônia. Mas como Isaías, Ezequiel,
Daniel, Pedro, Paulo, João e outros, as Escrituras Sagradas, calam-se quanto às últimas cenas de suas Vidas, não existem nenhum relato a respeito de um
retorno do exílio egípcio.
14- EXÍLIO BABILÔNICO
O falecimento do piedoso monarca de Judá,
Josias, em 609 a.C. colocou termos derradeiros à reforma religiosa e, durante o
reinado de seus Filhos Salum e Jeoaquim, as práticas pagãs retornaram e
novamente infiltraram-se no reino do Sul. Em 605 a.C., Nabucodonosor derrotou o
exército egípcio em Carquemis, junto ao Rio Eufrates próximo à atual fronteira
entre a Turquia e a Síria. Marchando para o Sul, Nabucodonosor invadiu Judá e
sitiou Jerusalém no terceiro Ano do reinado de Jeoaquim, Dn
01:01, ocasião na qual chegou aos seus ouvidos a notícia de que seu Pai
havia morrido, então este resolve retornar à Babilônia, levando consigo os Tesouros
do Templo do Senhor e os Tesouros da Casa do Rei e vários
07
Jovens
da Família Real e da Nobreza de Judá. Quatro destes Jovens se mostraram
valiosos conselheiros para o novo Rei babilônico: Daniel Beltessazar, Ananias Sadraque, Misael Mesaquel
e Azarias Abede-Nego.
15-
RETORNO DO EXÍLIO
Império
Medo Persa, duração, 536 a.C até 33 a.C
– durante o período Persa encerrou-se o cativeiro de Israel, Judá representava a nação, daí os israelitas
serem chamados de judeus até os nossos Dias, o retorno do cativeiro começa em
535 a.C e divide-se em: Ciro, imperador
da Pérsia, ordena a volta dos Judeus
em 535 a.C, no primeiro Ano do seu
reinado 2ª Cr 36. 22, 23; Ed 01. 01-03, encerrando-se os Setenta Anos de
cativeiro 605-535, 70. Zorobabel retorna
e começa a reconstrução do Templo. Em 516 a.C
é feita a dedicação do Templo 2º
Esdras regressa para Jerusalém com uma caravana de Judeus em 458
a.C No Ano de 445 a.C ocorre o regresso
de Neemias e a reconstrução das muralhas de Jerusalém, foram esse os Profetas do período pós-exílio:
Ageu; Zacarias e Malaquias. Israel agora
estava de volta à Terra de Canaã após 70
Anos de cativeiro na Babilônia,
Zorobabel comandou a construção do 2º Templo;
Esdras foi o encarregado de ensinar a lei do Senhor ao Povo que retornou do
cativeiro e Neemias foi o Homem que comandou a reconstrução das muralhas de
Jerusalém. Respeito do Segundo Templo, disse o Senhor pela boca do Profeta
Ageu: a Glória desta Última Casa será maior do que a da Primeira... Ag 02.09a, referindo-se ao fato do próprio
Senhor, na Pessoa de Jesus, pisar no Segundo Templo quando veio ao mundo;
embora a estrutura material do Templo feito por
Zorobabel fosse bem inferior a do
Templo feito por Salomão; o Verbo Divino
pisaria literalmente neste Templo. Infelizmente a Nação de Israel continuou
pecando e, apesar de ter retornado para a sua Terra, continuou sob o domínio de
outras Nações, após a morte de
Malaquias, houve um intervalo de 400 Anos sem ação profética,
Deus ficou em silencio, esse
período de 400 Anos ficou
conhecido como período
intertestamentário ou
interbiblico, só foi interrompido
com o nascimento de Jesus e o início do
Novo Testamento.
16- O IMPÉRIO ROMANO
No
Segundo milênio antes de Cristo, o atual
Território de Israel foi invadido por Dois Povos: um deles, procedente da
Suméria e que veio a constituir o Povo Hebreu, também chamado de Judeu. O outro Povo foi o dos Filisteus,
oriundo provavelmente da Ilha de Creta ou da Cidade Grega de Micenas, os
filisteus ocuparam o litoral Sul do atual
Território de
08
Israel. Por volta de 1029 a.C, os Judeus, que se
organizavam em Doze tribos autônomas, se unificaram sob o comando do Rei Saul.
Ele, Saul foi sucedido pelos Reis Davi e
Salomão, o reino judaico dividiu-se em seguida em Duas porções: o reino de
Israel ao Norte e o reino de Judá ao Sul, seguiu-se um período de dominações
estrangeiras: Primeiro, os assírios do Rei Sargão II conquistaram o reino de
Israel no século VIII a.C, Os babilônios
do Rei Nabucodonosor conquistaram o reino de Judá no Século vI a.C, na ocasião,
foi destruído o Templo de Jerusalém, que havia sido construído pelo Rei
Salomão. no mesmo Século, os babilônios foram suplantados pelo império Persa do Rei
Ciro ll. O Rei Ciro permitiu a volta dos Judeus, que estavam escravizados
na Babilônia, para a Palestina, onde reconstruíram o Templo de Jerusalém. No Século
lv a.C, o Imperador macedônio
Alexandre Magno conquistou o
império Persa, em 63 a.C, o império
romano passou a dominar a região, houve Duas revoltas judaicas contra o domínio
romano: a Primeira, iniciada em 66, terminou com a destruição de Jerusalém e de
seu Segundo Templo pelo general romano Tito em 70, a segunda, em 135, terminou
com a Vitória do Imperador romano
Adriano e a expulsão dos Judeus da Palestina. Os Judeus se espalharam pelo Mundo na chamada
diáspora, onde quer que eles se estabelecessem, porém, conservavam a sua Religião
e identidade, o que fez com que eles se tornassem minorias perseguidas,
enquanto isso, a Palestina foi ocupada
por bizantinos e, em seguida, pelos Arabes no Século vll, seguiu-se um período
sob domínio dos cavaleiros cruzados entre os Séculos xl e xlll, a região foi
retomada pelos Arabes até o Século XVI, quando foi conquistada pelos turcos
otomanos do sultão Selim l.
17- O ISRAEL ATUAL
Recém
chegados à Palestina, os Judeus
fundaram as comunidades de agricultores de feitio
socialista os kibutz e passaram a lutar pela criação de seu estado, a princípio negociaram e depois compraram
briga com os britânicos, que na época faziam um jogo duplo, ora
comprometendo-se com os interesses sionistas, ora fazendo Promessas de
independência total aos Árabes. A partir de 1945, militantes sionistas passaram
a atacar as tropas de ocupação, realizando inclusive atentados
terroristas, outra frente de batalha foi
contra os Árabes da Palestina, que
reagiram com violência à chegada dos
imigrantes, a violência cresceu até que, em 1947, a Inglaterra resolveu tirar o
pé desse barril de pólvora. O Governo
britânico anunciou que encerraria sua presença militar na Terra Santa e deixaria que Árabes e Judeus
resolvessem seu destino, naquele mesmo Ano,
a organização das Nações unidas decidiu que a melhor maneira de
09
decidir
o impasse era dividir a antiga província otomana em dois pedaços. em uma
assembleia presidida pelo diplomata gaúcho Oswaldo Aranha, a ONU
instituiu o plano de partilha: 55% da região ficaria com os Judeus, e
45% com os Árabes, e se cumpria ali a Promessa
de Deus feito a Abraão. Em 14 de maio de 1948, os sionistas, liderados pelo
legendário Davi Ben Gurion, fundaram o estado de Israel, com capital em Tel
Aviv, na fatia concedida pela ONU. Na realidade Israel tem duas
capitais, o acordo que previa a criação simultânea de Israel e da Palestina, em
1948, estipulava também que Jerusalém
seria capital de ambos estados, no entanto, como os palestinos rejeitaram o acordo e em seguida os Países
Árabes invadiram o estado Judeu, Israel
transferiu sua capital para Tel-Aviv,
onde também se estabeleceram as representações diplomáticas. Jerusalém, por sua
vez, permaneceu dividida entre 1948 e 1967, tendo a sua parte oriental ocupada
pela Jordânia, inclusive a parte histórica da Cidade, que sofreu depredações,
em 1967, após a guerra dos seis Dias em que Israel derrotou a Jordânia e
outros Países Árabes
Jerusalém foi reunificada, se
tornado assim a capital religiosa de Israel. Em 1980, o Governo de Israel
anunciou a transferência definitiva de sua Capital para Jerusalém mesmo que já tenha proclamado a Cidade como Capital desde 1950, no entanto,
quase todas as embaixadas estrangeiras permaneceram em Tel-Aviv, já que a ONU e os Países evitaram tomar uma posição
tendenciosa quanto ao conflito com os palestinos. Apenas dois Países da América central
reconheceram Jerusalém como apital de Israel em 1995, o Congresso dos Estados Unidos aprovou uma Lei que permitia reconhecer Jerusalém como Capital
de Israel, mas nem Clinton nem Bush
efetivaram isso. O movimento palestino também reivindica Jerusalém oriental já que não reconhece a reunificação
de 1967 como sua Capital, durante a era
Arafat 1993-2004, a capital efetiva da autoridade Palestina estava situada em Ramallah, na
Cisjordânia.
18-
PODERIO MILITAR DE ISRAEL
Tendo
em seu Território, as mais lindas Cidades do Mundo, como Eilat, Tiberíades, Raifa, Jerusalém
e Tel AvIv, Cidades essas com um complexo urbanístico
invejável, e um Povo cheio de Esperança,
Israel é respeitado no Mundo inteiro,
ninguém discute a eficácia do Exército
de Israel. Tendo a sua Capital reconhecida biblicamente como a Cidade de
Deus, esse pequeno País Judeu encravado
no Mundo Árabe, reina soberanamente pra a Gloria de Deus. Desde sua criação em
1948, enfrentou inúmeras guerras onde
demonstrou seu preparo e qualidade, como Exercito de Deus, como na guerra dos Seis
Dias, quando saiu
10
vencedor. Esse poderoso exército tem em
ação um: um gasto militar de Noventa e Quatro Bilhões de Dólares anual, Cento e
Sessenta e Um Mil e Quinhentos Soldados, moderníssimos aviões e navios de combates e armas
nucleares. Para compensar a
inferioridade numérica, dos seus Soldados, o Pais conta com a qualidade, Amor e Fidelidade dos seus
combatentes, suas tropas estão entre as
mais bem treinadas da Terra e sempre
alerta, a força aérea dispõe de tecnologia de ponta e a experiência em
combate. Diante da ameaça constantes dos
Exércitos inimigos, fez com que o País desenvolver algumas das
melhores armas disponíveis da atualidade, como o tanque Merkava.
E
assim por volta de quase Dois Mil Anos antes de Jesus nascer, Deus cumpriu a
Promessa feita ao Patriarca Abraão. Na sua vida Ele cumprirá a Sua Promessa.
Continuei acreditando.
“Nada espero do muito que eu não tenho”.
Professor Edmilson Carvalho.
11
Nenhum comentário:
Postar um comentário