quarta-feira, 29 de abril de 2015

ÉTICA CRISTÃ

APOSTILA  ÉTICA  CRISTÃ
01- INTRODUÇÃO
Um Adolescente perguntou ao outro, na escola: “Quem é seu Pai? o que fez o colega enrubescer e ter dificuldade para responder. É que o rapazinho vive em companhia de sua Mãe, que é lésbica, e esta, por sua vez, mora com uma Mulher.   Ao rapaz é ensinado que a união de Pessoas do mesmo sexo é algo muito natural, normal, Mas, na pratica, esse tipo de relação é ridicularizado por muitas Pessoas, o que fez o rapazinho ficar envergonhado. Em torno dessa e de outras questões aflora o conflito entre o que é certo e o que errado. Já vivendo em pleno Século XXI, a humanidade esta vivenciando uma era de relativismo exacerbado. O certo e o errado são conceitos que não fazem muito sentido para o Homem da era pós-moderna. Tudo depende da Pessoa, do tempo e do lugar. E mais que isso, o indivíduo é induzido a decidir sobre o que é certo ou errado, a seu critério, de modo individualista e subjetivo a todo o momento. Os programas de TV, por exemplo, “Você Decide”, estão na moda, com grande audiência por parte do público telespectador. Se a questão é posta diante de um ateu, de um dito agnóstico, ou de um religioso  não  Cristão, talvez ele se posicione ao lado dos que acham que tudo deve ser visto de modo natural, sem preconceito, etc. Uma revista de circulação nacional apresentou extensa reportagem, enfocando duplas de homossexuais, Masculinos e Femininos, em companhia de Crianças por eles adotados, de modo irregular, pois no Pais ainda não é legal a adoção e registro de Crianças por Pessoas do mesmo sexo. Vê-se sem muito esforço que a finalidade da matéria é passar para os leitores a ideia de que o homossexualismo é algo normal e que é perfeitamente natural que, não tendo Filhos biológicos, passem a buscar Filhos adotivos, com já acontece em alguns  Países do chamado Primeiro Mundo. Percebe-se que não existe a preocupação seria quanto a formação de uma Criança, que é educada numa Casa em que não existe a diferenciação entre os sexos, faltando, assim, a figura do Pai ou Mãe, tão  importantes na formação da identidade de uma Pessoa. A revista enfatiza que a opinião contrária é preconceito que não deve ser reforçado Esse é apenas um dos muitos fenômenos sociais que levam a sociedade a refletir sobre a ética, a moral, os bons ou maus costumes. Outros desafios éticos continuam a se acentuar, tais como o aborto, a eutanásia, a pena de morte, a clonagem de seres humanos e outros que estão surgindo e haverão de surgir.   Contudo, como a ética da sociedade é extremamente relativista, em termos de moral e costumes, o terreno é como um pântano, lodoso e
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escorregadio, do qual não se sabe onde estão os limites a serem observados. Cumpre-se o versículo em que Deus condena os relativistas do tempo do Profeta Isaias, 05:20 que diziam que o amargo era doce, e que o doce era amargo; que o escuro era claro, e que o claro era escuro. O Cristão, como Sal da terra e Luz do  Mundo, tem dificuldade em se movimentar num Mundo em que os valores morais estão invertidos. Entretanto, tem a vantagem de não adotar como referencial Ético a sociedade sem Deus. Enquanto os referenciais do Mundo são movediços, instáveis e mutantes, ao sabor do tempo e do lugar, o guia  infalível do Crente em Jesus é  a Palavra de Deus, que é Lâmpada para os Pés e Luz para o caminho. Assim, um Crente Fiel não só deve fazer diferença, mas seu comportamento deve ser um exemplo para a sociedade. É grande responsabilidade, perante Deus, a Igreja e o Mundo. Para o Crente em Jesus a Palavra de Deus é Lâmpada e  Luz para o seu viver.
02- OBJETIVOS:
Despertar e ou reafirmar a importância da Ética Cristã. Saber definir as diferenças entre Ética, moral, moralidade e Ética Cristã. Reconhecer a Função e a esfera da Ética Cristã. Compreender por que a moral muda com os tempos, conhecer  e compreender a Ética de Jesus.
03- CONTEUDO
Princípios da ética Cristã, Certo ou errado, obedecer a Deus ou ao Mundo, A Ética do Antigo Testamento, O caráter de Deus, A natureza mortal do Homem, A Lei de Deus,  Os Dez mandamentos,  Extrato da Lei mosaica, A ética dos Profetas, Padrão Ético, em textos proféticos, A Ética do Novo Testamento, A Ética de Jesus, O principio de  Fé, O principio da licitude,  Principio da glorificação de Deus, principio da ação em Nome de Jesus, Principio do fazer para o Senhor, Principio do respeito ao Irmão fraco, principio da prestação de contas, principio do evitar a aparência do mal.
04- PRINCIPIOS DA ETICA CRISTA
Ética  do Grego ethos, significa  modo de ser, caráter, comportamento, é o ramo da Filosofia que busca estudar e indicar o melhor modo de viver no cotidiano e na sociedade. De acordo com Champlin  e Bentes, Ética é “ A teoria da natureza do bem e como ele pode ser alcançado. O conceito sistemático dos deveres e obrigações do Indivíduo, da sociedade e do Governo. A Ética diferencia-se da moral, pois enquanto esta se fundamenta na obediência a normas, tabus, costumes ou mandamentos culturais, hierárquicos ou religiosos recebidos, a ética, ao contrário,
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busca fundamentar o bom modo de viver pelo pensamento Humano. Dessa forma, a Ética é a teoria ou ciência do comportamento moral dos Homens. No entanto a Ética não se confunde com a moral. Isto porque a moral é a regulação dos valores, normas, e atitudes considerados legítimos por uma determinada sociedade, um Povo, uma Religião, costumes, a tradição cultural.  Há muitas tentativas de justificação dos atos morais. Há entre os criminosos uma regra de comportamento que se diz moral. Isto significa que a moral é um fenômeno social particular, Interesses individuais ou de grupos.  que não tem necessariamente compromisso com a coletividade e com a universalidade, exigência de toda teoria ética, isto é, com o que é válido e de direito para todos os Homens. Mas qual a saída para fugir do relativismo moral?  Mas então, todas e quaisquer normas morais são legitimas? Não deveria existir uma forma de julgamento das normas e validade    existe! E essa forma é o que chamamos de Ética. A Ética é uma reflexão crítica sobre a moralidade. Mas ela não é só teoria. A Ética é um conjunto de princípios e disposições voltados para a ação. É uma referência para os seres Humanos em  sociedade, de modo que a sociedade Possa se tornar cada vez mais Humana. Porém quando se trata do Cristão temente a Deus, essa questão da Ética, precisa ser levado ao Pé da letra, uma Pessoa nade  se declarar nova criatura, praticando os mesmo costume do tem poda ignorância.
05- CERTO  OU ERRADO
Aqui está algumas Questões Éticas Contemporâneas: O Cristão e o aborto, o Cristão e a sexualidade, o Cristão e o divórcio, o Cristão e a pena de morte, o Cristão, a Eutanásia e o suicídio, o Cristão, os Transplantes e a doação de órgãos, o Cristão, os vícios e os Jogos, o Cristão e a Política, o Cristão e a Clonagem de Seres Humanos/ Células Tronco, o Cristão e a homofobia: Casamento entre Pessoas do mesmo sexo; adoção de,  Crianças por homossexuais; Pastores gays; Igrejas para gays e lésbicas, futebol, caçada, pescada, carnaval, vinhos, piadas indecentes, novelas, praias, vestes, armas de fogo etc. Todas as abordagens Éticas partem da necessidade de se responder a questões que envolvem o que é certo e o que é errado. Por exemplo: Mentir é sempre errado? Há situações em que deixar de falar a Verdade é justificável para o Cristão? O aborto é certo, se uma jovem crente for vítima de um estupro?
06- OBEDECER A DEUS OU AO MUNDO
Dessa forma, quando o Homem enfrenta uma determinada situação que
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deverá  decidir o que fazer, e quando utiliza uma norma de conduta aceita pela sociedade, estamos na esfera moral ou prática. Quando o Homem reflete sobre seus atos, na tentativa de julgar se  procedeu  certo ou não, com  Justiça ou não, estamos na esfera da Ética ou da teoria.  Nas relações cotidianas entre os Indivíduos, surgem continuamente problemas como estes: 01: Devo cumprir a promessa que fiz ontem ao meu amigo, embora hoje perceba que o cumprimento me causará certos prejuízos? 02: Se alguém, à Noite, se aproxima de mim de maneira suspeita e desconfio que vá me atacar, devo agredi-lo Primeiro a fim de não correr o risco de ser agredido, aproveitando que ninguém descobrirá o meu ato? 03: Com respeito aos crimes cometidos pelos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial, os soldados que os executaram, cumprindo ordens militares, podem  ser moralmente condenados? 04: Devo dizer sempre a Verdade ou há ocasiões em que devo mentir? 05:  Quem, numa guerra de invasão, sabe que o seu melhor amigo está colaborando com o inimigo, deve calar, por causa da amizade, ou deve denunciá-lo como traidor? 06: Podemos considerar bom o Homem que se mostra caridoso com o mendigo e com instituições, mas que como patrão explora impiedosamente os operários e os empregados da sua empresa? Se um Indivíduo procura fazer o bem e as consequências de suas ações são prejudiciais àqueles que pretendia favorecer,  porque lhes causa mais prejuízo do que benefício, devemos julgar que age corretamente de um ponto de vista moral, quaisquer que tenham sido os efeitos de sua ação? Em todos estes casos, trata-se de problemas práticos, isto é, de problemas que se apresentam nas relações concretas entre Indivíduos ou quando se julgam certas decisões e ações dos mesmos. Trata se, por sua vez, de problemas cuja solução não concerne somente à  Pessoa que os propõe, mas também a outras Pessoas que sofrerão as consequências da sua decisão e da sua ação. As consequências podem afetar somente um Indivíduo  devo dizer a Verdade ou devo mentir?;  em  outros casos, trata-se de ações que atingem vários Indivíduos ou grupos sociais, os soldados nazistas deviam executar as ordens de extermínio emanadas de seus superiores?. Enfim, as consequências podem estender-se a uma comunidade inteira, como a Nação, devo guardar silêncio em Nome da amizade, diante do procedimento de meu amigo traidor?. Em situações como estas que acabamos de enumerar, os Indivíduos se defrontam com a necessidade de pautar o seu comportamento por normas que se julgam mais apropriadas ou mais dignas de ser cumpridas. Estas normas são aceitas intimamente e reconhecidas como obrigatórias. De acordo com elas, os Cristãos compreendem que têm o dever de agir desta ou daquela maneira. Nestes casos, dizemos que o Homem comum age moralmente e
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que neste seu comportamento se evidenciam vários traços característicos que o diferenciam de um Homem Cristão. Sobre este comportamento, que é o resultado de uma decisão refletida e, por isto, não puramente espontânea ou natural, os outros julgam, de acordo também com normas estabelecidas, e juízos formados  podemos dizer: o Crente agiu bem mentindo naquelas circunstâncias ou deveria denunciar o seu amigo traidor. De um lado, temos atos e formas de comportamentos dos Homens em face de determinados problemas, que chamamos morais. De outro lado, há Juízos que aprovam ou desaprovam moralmente os mesmos atos. Todavia, tanto os atos quanto os juízos morais pressupõem certas normas que apontam o que se deve fazer. Assim, por exemplo, devia denunciar o seu Amigo traidor, pressupõe a norma “os interesses da pátria devem ser postos acima dos da amizade”.  Na Vida Real, defrontamo-nos com problemas práticos do tipo dos enumerados, dos quais ninguém pode eximir-se. Para resolvê-los, os Indivíduos recorrem a normas, cumprem determinados atos, formulam Juízos e, às vezes, se servem de determinados argumentos ou razões para justificar a  decisão adotada ou os passos dados.  Tudo isto faz parte de um tipo de comportamento efetivo, tanto dos indivíduos quanto dos grupos sociais; tanto de ontem quanto de Hoje. De fato, o comportamento Humano prático moral, ainda que sujeito a variação de uma época para outra e de uma sociedade para outra, remonta até as próprias origens do Homem como ser social. A este comportamento prático moral, que já se encontra nas formas mais primitivas de comunidade, sucede posteriormente, uma reflexão sobre ele. Os Homens não só agem moralmente, isto é, enfrentam  determinados problemas nas suas relações mútuas, tomam decisões e realizam certos atos para resolvê-los e, ao mesmo tempo, julgam ou avaliam de uma ou de outra maneira estas decisões e estes atos, mas também refletem sobre esse comportamento prático e o tomam como objeto da sua reflexão e de seu pensamento. Dá-se assim a passagem do plano da prática moral para o da teoria moral; ou, em outras Palavras, da moral efetiva para a moral reflexa. Quando se verifica esta passagem, que coincide com o início do pensamento filosófico, já estamos propriamente na esfera dos problemas teóricos morais ou éticos. Diferentemente dos problemas práticos morais, os problemas Éticos são caracterizados pela sua generalidade. Se na Vida Real um Indivíduo enfrenta uma determinada situação, deverá resolver por si mesmo o problema de como agir de maneira a que sua ação possa ser boa, isto é, moralmente valiosa. Será inútil recorrer à Ética com a esperança de encontrar nela uma norma de ação para cada situação concreta. A  Ética poderá dizer-lhe, em geral, o que é um comportamento
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pautado por normas, ou em que consiste o fim visado pelo comportamento moral, do qual faz parte o procedimento do Indivíduo ou o de todos. O problema do que fazer em cada situação concreta é um problema prático moral e não teórico  Ético. Ao contrário, definir o que é o bom não é um problema moral cuja solução caiba ao Indivíduo em cada caso particular, mas um problema geral de caráter teórico, de competência do investigador da moral, ou seja, do Ético.
07- A ÉTICA DO ANTIGO TESTAMENTO
Desde a Criação do Mundo, do Homem,  e da Mulher e a confiança em ambos depositada pelo Criador logo definiu qual deveria ser o padrão de conduta para merecer o recebimento das bênçãos Divinas: um compromisso estabelecido, uma Palavra dada sempre devem ser mantidos. Esta é uma entre tantas lições que se aprende do pecado ocorrido no Éden.  O dilúvio que devastou o Mundo a fim de purificá-lo com suas Águas, poupou um único Homem bom e Justo, Noé e sua Família, fornecendo uma prova ímpar sobre a importância de quem se conduz com moralidade no Mundo.  Jacó, apesar de tantas vezes ter sido enganado por seu sogro Labão, homem sem escrúpulos, que trocava um sem número de vezes sua Palavra, cumpriu compromissos mesmo duvidosos  afim de manter intacta sua integridade, o que o levou a sacrificar Vinte  Anos de sua Vida  Trabalhando sem trégua.
08- O CARATER  DE  DEUS
 A Religião dos Judeus tem sido descrita como “monoteísmo Ético. O Antigo Testamento fala da existência de um único Deus, o Criador e Senhor de todas as coisas. Esse Deus é Pessoal e tem um caráter positivo, não negativo ou neutro. Esse caráter se revela em seus atributos morais. Deus é Santo Lv 11, 45; Sl 99, 09, Justo Sl 11, 07; 145, 17, verdadeiro Sl 119, 160; Is 45, 19, misericordioso Sl 103, 08; Is 55, 07, fiel Dt 07, 09; Sl 33, 04.
09- A NATUREZA  MOTAL DO HOMEM
A Escritura afirma que Deus criou o ser Humano à Sua  semelhança, Livro de Gn 01, 26-27. Isso significa que o Homem partilha, ainda que de modo limitado, do caráter moral de seu Criador. Embora o pecado haja distorcido essa imagem divina no ser Humano, não a destruiu totalmente. Deus requer uma conduta Ética das suas criaturas: Sede Santos porque Eu sou  Santo” Lv 19, 02; 20, 26.

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10- A LEI  DE DEUS
A Lei expressa o desejo que Deus tem de que as suas Criaturas vivam Vidas de integridade. Há Três tipos de Leis no Antigo Testamento: Cerimoniais,  Civis e Morais. Todas visavam disciplinar o relacionamento das  Pessoas com Deus e com o seu próximo. A Lei inculca valores como a solidariedade, o altruísmo, a humildade, a veracidade, sempre visando o bem estar do  Indivíduo, da Família e da coletividade.
11- OS DEZ  MANADAMENTOS
A grande síntese da moralidade bíblica está expressa nos Dez  Mandamentos Ex 20, 01-17; Dt 05, 06-21. As chamadas “duas tábuas da Lei” mostram os deveres das Pessoas para com Deus e para com o seu próximo.
12- EXTRATO  DA   MOSAICA MOSAICA
Se um Homem der um soco no Olho do seu escravo ou da sua serva, e, em consequência, eles perderem esse órgão, serão alforriados como compensação. Não se punirá o homicida antes de ouvidas as testemunhas. Ninguém será condenado pelo testemunho de um só. Aquele que ferir seu Pai ou sua Mãe será punido de morte. Aquele que ferir um dos seus concidadãos será tratado como o tratou: receberá fratura por fratura e perderá Olho por Olho, dente por dente.
13- DOS PROFETAS
Alguns dos preceitos Éticos mais nobres do Antigo Testamento são encontrados nos Livros dos Profetas, especialmente Isaías, Oséias, Amós e Miquéias. Sua ênfase está não só na Ética individual, mas social. Eles mostram a incoerência de cultuar a Deus e oferecer-lhe sacrifícios, sem todavia  ter um relacionamento de integridade com o semelhante. Ver Isaías 01, 10-17; 05, 07 e 20; 10 01-02; 33, 15; Oséias 04, 01-02; 06, 06; 10, 12; Amós 05, 12-15, 21-24; Miquéias 06, 06-08.                                                   
14- PADRÃO  ÉTICO  EM  TEXTOS  PROFÉTICOS
 Vários textos indicam para o dado inconteste de que os Profetas trabalhavam com um conceito  Ético elevado: Fostes vós que devorastes a vinha, o que roubastes do pobre está em vossas Casas. Com que direito esmagais o meu Povo e calcais aos Pés o rosto dos pobres?  Isaías 03,14-15. Teus chefes são rebeldes, parceiros de ladrões. Todos gostam de suborno e correm atrás de presentes. Não fazem Justiça ao órfão e a
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causa da viúva não chega até eles” Isaías 01,23. Ai  dos que decretam Leis injustas e editam escritos de opressão: para afastar os humildes do julgamento e privar do direito os pobres do meu Povo, para fazer das viúvas suas presas e roubar os órfãos” Isaías 10,01. Ouvi esta Palavra, vacas de Basã, que estais sobre o monte de Samaria, que oprimis os fracos, explorais os pobres e dizeis aos vossos maridos: Trazei-nos o que beber, Am. 04,01. Eles odeiam quem repreende no tribunal e detestam quem fala com sinceridade. Por isso: porque oprimis o indigente e lhe cobrais um imposto de trigo, construístes Casas de pedra lavrada, mas não as habitareis; plantastes esplêndidas vinhas, mas não bebereis o seu vinho. Pois conheço vossos  inúmeros delitos e vossos enormes pecados” Amós 05,10-12. Ai do que constrói sua Casa sem  Justiça e seus aposentos sem direito; que faz trabalhar seu próximo de  Graça e não lhe paga o salário” Jeremias 22,13. Eles não  sabem fazer o que é reto” Amós 03,10. Olhando-se esta pequena listagem de textos, à qual poderiam ser agregados muitos outros textos, constata-se que os Profetas do Antigo Israel elaboraram e trabalharam um conceito  Ético bastante elevado, que pode ser desdobrado nos seguintes pontos: a) críticas ao poder por causa de explorações e opressões relacionadas com o sistema tributário característico daquela sociedade; b) ênfase no respeito à ordem comunitária constituída e na prática da Justiça; c) respeito aos direitos dos empobrecidos como correspondente Ético-moral da pertença à Fé em Yahveh, o Deus de Israel.
15- A ÉTICA DO NOVO TESTAMENTO
A Ética do Novo Testamento não contrasta com a do Antigo, mas nele se fundamenta. Jesus e os Apóstolos desenvolvem e aprofundam princípios e temas que já estavam presentes nas Escrituras Hebraicas, dando também algumas ênfases  novas.
16- A ETICA DE JESUS
A Ética de Jesus está contida nos seus ensinos e é ilustrada pela sua Vida. O tema central da mensagem de Jesus é o conceito do “reino de Deus”. Esse reino expressa uma nova realidade em que a vontade de Deus é reconhecida  e aceita em todas as áreas. Jesus não apenas ensinou os valores do Reino, mas os exemplificou com a Vida e o seu exemplo. O Sermão da  Montanha: uma das melhores sínteses da Ética de Jesus está contida no Sermão da Montanha Mateus Caps. 05 a 07. Os seus Discípulos, os Filhos do Reino devem caracterizar-se pela humildade, mansidão, misericórdia, integridade, busca da Justiça e da
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Paz, pelo perdão, pela veracidade, pela generosidade e acima de tudo pelo Amor. A moralidade deve ser tanto externa como interna sentimentos, intenções: Mt 05, 28. A fonte do mal está no Coração: Mc 07,21,23.04. A vontade de Deus: Jesus acentua que a vontade ou o propósito de Deus é o valor supremo. Vemos isso, por exemplo, em Mt 19, 03,06. O maior pecado do ser Humano é o Amor próprio, o egocentrismo, Lc 12, 13-21; 17, 33. Daí a ênfase nos dois grandes mandamentos que sintetizam toda a Lei: Mt 22, 37-40. Outro princípio  importante é a famosa regra de Ouro”: Mt 07, 12. A Ética de Paulo: Paulo baseia toda a sua Ética na realidade da redenção em Cristo. Sua expressão característica é “em Cristo” 2ª Co 05, 17; Gl 02, 20;03, 28; Fp 04, 01. Somente por estar em Cristo e viver em Cristo, profundamente unido a Ele pela Fé, o Cristão pode agora viver uma nova Vida, dinamizado pelo Espírito de Cristo. Todavia, o Cristão não alcançou ainda a plenitude, que virá com a consumação de todas as coisas. Ele vive entre dois tempos: o “já” e o ainda não. Tipicamente em suas Cartas, depois de expor a obra redentora de Deus por meio de Cristo, Paulo apresenta uma série de implicações dessa redenção para a Vida diária do crente em todos os aspectos, Rm 12, 01-02; Ef 04, 01. Entre os motivos que devem impulsionar as  Pessoas em sua conduta está a imitação de Cristo, Rm 15, 05; Gl 02, 20; Ef 05, 01-02; Fp 02, 05. Outro motivo fundamental é o Amor, Rm 12, 09-10; 1ª Co 13, 01-13; 16, 14; Gl 05, 06. O viver Ético é sempre o fruto do Espírito, Gl 05,22-23.08. Na sua argumentação Ética, Paulo dá ênfase ao bem-estar da comunidade, o Corpo de Cristo, Rm 12, 05; 1ª Co 10, 17; 12, 13 e 27; Ef 04, 25; Gl 03, 28. Ao mesmo tempo, ele valoriza o Indivíduo, o Irmão por quem Cristo morreu  Rm 14, 15; 1ª Co 08,11; 1ªTs 04,06; Fm 16.09. Acima de tudo, o Crente deve viver para Deus, de modo digno dele, para o seu inteiro agrado: Rm 14, 08; 2ª Co 05, 15; Fp 01, 27; Cl 01, 10; 1ª Ts 02, 12. 
17- O PRICIPIO DA FÈ
Em Romanos Rm. 14:22,23, A Fé que tens, tem para ti mesmo perante Deus. Bem  aventurado é aquele que não se condena naquilo que aprova.   Mas aquele que tem dúvidas é  condenado se comer, porque o que faz não provém de Fé; e tudo o que não provém de Fé é pecado”. O Cristão não precisa  recorrer a paradigmas Humanos ou lógicos para posicionar-se quanto a atos ou Palavras. Se tiver dúvidas, não deve fazer, pois “tudo o que não provém de é é pecado.  Mas, e se não tiver dúvidas, pode fazer tudo o que aprova? Depende. Não é só uma questão de aprovar ou não aprovar. Alguém pode aprovar algo e fazer, por entender que é de Fé.   Para exemplificar, temos o caso daquele Irmão, membro de uma  Igreja
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tradicional, que gostava de tomar cerveja nos finais de semana. Indagado, respondeu “não acho nada demais. Porém, não soube fundamentar sua opinião na Bíblia. Ou seja, ele aprovava a alcoólica, mas não fundamentava sua atitude na Palavra. Ele acabou enfraquecendo na Fé, seus Filhos desviaram-se todos, envolvidos no vício da bebida, nas drogas e até na prostituição. Já nos ensina o Salmos 42:07 , Um abismo chama outro abismo.  A pergunta a ser feita é: O que pretendo fazer ou  dizer é de Fé, com base na Palavra de Deus, considerados, evidentemente, os abismos temporais e culturais? Se a resposta for positiva, a atitude será lícita. Se não, deve ser descartada, por ferir a Ética Cristã.                                                            
18- O PRICIPIODA DA LICITUDADE
Na Primeira carta aos coríntios, vemos Paulo ensinar: “todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas eu não me deixarei dominar por nenhuma” 1ª Co. 06:16  todas as coisas me são licitas, mas nem todas as coisas convém 1ª  Co. 10:23.   Esse critério orienta o Cristão a que não faça as coisas apenas porque são licitas, mas porque são licitas e convêm, à luz do referencial Ético que é a Palavra de Deus. Há quem entenda esse principio, argumentando que se podemos fazer algo, é porque é licito. À Luz da Ética Cristã, não é bem assim que se deve argumentar.  Primeiro, diante de uma atitude ou decisão a tomar, é preciso indagar se tal comportamento está de acordo com a Palavra de Deus, se tem apoio nas Escrituras.  Segundo, mesmo que seja lícito, se convém. Por exemplo: é lícito o Crente tomar conhecimento de uma falta cometida por um Irmão, e dizê-la a algumas Pessoas? Dependendo do caso, podemos responder que sim. Mas há uma outra indagação: Convém dizer? Essa conveniência envolve não só a licitude em si, mas também a oportunidade de se dizer ou não. Conveniência e oportunidade devem juntar-se à licitude na aprovação ou não de uma atitude Cristã. Tem aquele caso de um Irmão que vendeu um automóvel usado a outro, recebendo a devida importância do comprado, membro da mesma Igreja local. Uma semana depois, o veiculo apresentou grave defeito, “Batendo motor”, como se diz na linguagem dos mecânicos. O comprador diante do prejuízo, procurou o vendedor e reclamou do fato. Este lhe disse que nada tinha a ver com o caso, pois já houvera vendido o veiculo, e que o comprador deveria assumir o dano, pois ocorrera em sua Mão.   Acontece que, o vendedor sabia que o carro esta preste a apresentar o problema, segundo um mecânico que examinara o carro. Mas silenciou quanto a isso, e passou o carro “para
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frente,  para um Irmão seu em Cristo. Com isso, ele não se pautou pela ética da Palavra de Deus, e causou grande mal estar entre as respectivas famílias. Fosse o vendedor um verdadeiro Cristão, indagaria: É lícito fazer isso?, e acrescentaria: “Convém a mim, como Cristão, agir dessa forma?”. Decerto, se  tais perguntas fossem feitas em Oração, diante de Deus jamais teriam respostas positivas”. Interessante é dizer que, tempos depois, o vendedor desonesto sofreu grave acidente em outro veiculo, sofrendo danos materiais e Humanos. não terá sido uma cobrança do Juiz de toda Terra? não se deve brincar de ser Crente, pois a diz a Bíblia: “não erreis: Deus não se deixa escarnecer; porque tudo o que o Homem semear, isso também ceifará  Gl. 06:07.  Conforme este principio o Cristão deve indagar: “O que desejo fazer é licito? Convém fazer, segundo a Palavra de Deus?”. Se a resposta for positiva, diante da Bíblia, pode ser feito. Se não, deve ser rejeitado. O que é licito e conveniente não fere outros princípios  bíblicos.
19- O PRINCIPIO  DA GLORIFICAÇÃO DE DEUS
Portanto, quer comais, quer bebais ou  façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a Glória de Deus” 1ª Co 10.31.  Aqui, temos um princípio Ético  abrangente, que inclui não só o comer ou o beber, mas “qualquer coisa”, que demande um posicionamento cristão. Esse princípio da glorificação a Deus é fundamental em momentos cruciais do comportamento Cristão. Tenho orientado a juventude quanto ao comportamento a ser seguido pelo jovem Cristão, por exemplo, no namoro. É grande a pressão do Diabo e da carne, para a prática do sexo antes do casamento. E há muitas pessoas, inclusive Pastores, que preferem fechar os Olhos, e deixar que os  Jovens pequem, alegando que os costumes mudaram, que não se pode fazer nada, etc. Ensino que, havendo uma pressão para a fornicação, basta o Jovem ou a jovem indagar: “Posso fazer isso para a glória de Deus?  A resposta, obviamente, será não, se o jovem tiver um mínimo de temor a Deus, e respeito à sua palavra. Diz Paulo: “Foge, também, dos desejos da mocidade; e segue a justiça, a Fé, a caridade e a Paz com os que, com um coração puro, invocam o Senhor” 2ª Tm 02.22. Assim, qualquer atitude ou decisão a tomar, em termos morais, financeiros, negócios, transações, etc., tudo pode passar pelo crivo do princípio da glorificação a Deus, e o Crente Fiel, na direção do Espírito Santo, saberá responder sem maiores dificuldades.


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20- O PRICIPIO DA AÇÃO EM NOME DE JESUS
“E, quando fizer por Palavras ou por obras, fazei tudo em Nome do Senhor Jesus, dando por ele graças a Deus Pai” Cl 03.17. A condição do Crente para realizar ou deixar de realizar algo decorre da autoridade que lhe foi conferida pelo Nome de Jesus. Assim, quando o Cristão se vê na contingência de tomar uma decisão, de ordem espiritual, ou Humana, pode muito bem concluir pela ação ou não, se puder realizá-la no Nome de Jesus, conforme orienta o Apóstolo Paulo aos irmãos Colossenses.   Suponhamos que um Irmão é tentado a adulterar com uma Mulher, Amiga sua. Se ele se descuidar, não vigiando e orando, poderá cair. Mas, se diante da proposta diabólica, indagar: Posso fazer isso ‘Em Nome do Senhor Jesus? É lógico que, se ele tiver um pouco de temor a Deus,  jamais irá fazer algo pernicioso em Nome de Jesus.
21- O PRINCIPIO  DO FAZER PARA O SENHOR
E, tudo quanto fizerdes, fazei-o  de todo o Coração, como ao Senhor e não aos Homens, Cl 03.23.  Na Vida Cristã, surgem verdadeiras armadilhas, como testes para a Fé e a convicção do servo de Deus. Um exemplo marcante do desrespeito aos princípios Éticos tem sido anotado, com relação à conduta de certos políticos Evangélicos, em câmaras municipais, em assembleias  legislativas e até no Congresso Nacional. Em momentos críticos, em que a nação exigia um posicionamento sério, ante as injustiças e a corrupção, houve casos em que certos políticos Crentes ficaram ao lado daqueles que não atendiam aos legítimos interesses do Povo, e muito menos do Povo Evangélico. Em troca de favores, de emissoras de Rádio, de verbas públicas, de cargos públicos, houve casos em que Cristãos agiram para agradar aos Homens e não ao Senhor. Isso é antiético e anticristão. Esses Homens esquecem-se do que fez Daniel, na Babilônia, quando manteve sua Fé e conduta, diante de Deus, permanecendo em oração, mesmo sob a ameaça de uma Lei injusta, elaborada pelos Homens ímpios e invejosos. Preferiu ir para a cova dos leões, confiando no Deus Todo-poderoso, do que se encurvar à vontade de Homens maus. Todos nós sabemos a História desse Homem de Deus, que foi um modelo de e moral e espiritual, ao lado dos Três Jovens Ananias, Misael e Asarias. Estes preferiram ser lançados na fornalha de fogo ardente, aquecida Sete vezes mais, a se encurvarem diante dos ídolos e dos  Homens.


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22- O PRINCIPIO DO RESPEITO  AO  IRMÃO FRACO
 Mas vede que essa liberdade não seja de alguma maneira escândalo para os fracos. Porque, se alguém te vir a ti, que tens ciência, sentado à mesa no templo dos ídolos, não será a consciência do que é fraco  induzida a comer das coisas sacrificadas aos ídolos? E, pela tua ciência, perecerá o Irmão fraco, pelo qual Cristo morreu. Ora, pecando assim contra os irmãos e ferindo a sua fraca consciência, pecais contra Cristo. Pelo que, se o manjar escandalizar a meu  Irmão, nunca mais comerei carne, para que meu Irmão não se escandalize” 1ª Co 08.09-13. No texto bíblico acima, vemos que o Apóstolo ensinava sobre os que comiam coisas sacrificadas aos ídolos. Paulo diz que os mesmos tinham “fraca consciência” e que os que têm ciência, sentando-se à mesa no templo dos ídolos, podem induzir o que é fraco a pecar. “E, pela tua ciência, perecerá  Irmão fraco, pelo qual Cristo morreu... ferindo a sua fraca consciência, e pecando contra Cristo”.   Desse texto, podemos tirar várias lições para a vida do Cristão em relação aos outros Irmãos mais novos na Fé, ou mesmo Antigos, que têm consciência fraca. O Apóstolo chega ao extremo de dizer que se pelo manjar que come, um Irmão se escandaliza, nunca mais haveria de comê-lo. Devemos sempre lembrar que, no meio da Igreja local, há o “trigo”, que são os Crentes Fiéis, Santos e cumpridores da Palavra. E há o “joio”, que são os Crentes desobedientes, que não têm compromisso com Deus,  ver Romanos  08.13-20.
23- O  PRINCIPIO DA PRESTAÇÃO DE CONTAS
Mas tu, por que julgas teu Irmão? Ou tu, também, por que desprezas teu irmão? Pois todos havemos ide comparecer ante o tribunal de Cristo. Porque está escrito: Pela minha Vida, diz o Senhor, todo joelho se dobrará diante de mim, e toda língua confessará a Deus. De maneira  que cada um de nós dará conta de si mesmo a Deus”  Rm 14.10-12.  Jesus, em Seu Ministério terreno, chamou a atenção para a prestação de contas, por ocasião de Sua vinda em Glória: “Porque o Filho do Homem virá na Glória de seu Pai, com os seus Anjos; e, então, dará a cada um segundo as suas obras” Mt 16.27.  Obras falam de atitudes, de comportamento, de ação. Em termos da  Ética Cristã, não há dúvida  de que cada Pessoa prestará contas a Deus, no seu tribunal  Divino, do que fizer ou deixar de fazer. Isso em relação à prestação de contas futura, em termos escatológicos. Entretanto, aqui mesmo, nesta Vida, há muitos de quem Deus tem cobrado a prestação de contas antecipadamente por causa de seus atos pecaminosos, e há, também, aqueles a quem o Senhor tem galardoado pelas suas boas obras ou atitudes.   Diz a Bíblia: “Não erreis: Deus não se
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deixa escarnecer; porque tudo o que o Homem semear, isso também ceifará. Porque o que semeia na sua carne da carne ceifará a corrupção; mas o que semeia no Espírito do Espírito ceifará a Vida eterna. E não nos cansemos ide fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido. Então, enquanto temos tempo,  façamos o bem a todos, mas principalmente aos domésticos da Fé” Gl 06.07-10.
 24- O PRINCIPIO  DO EVITAR A APARENCIA DO MAL
Abstende-vos de toda  aparência do mal” 1ª Ts 05.22.   A aparência do mal pode prejudicar a reputação de um servo de Deus. A Bíblia, em sua sublime Sabedoria, adverte o Cristão para que tome cuidado não só com o mal, mas com sua aparência.   O perigo em desrespeitar esse princípio reside no fato de se correr o risco de que alguém, imprudentemente, possa confundir a atitude de um servo ou serva de Deus, espalhando boatos inverídicos. Quando isso acontece, mesmo que haja um esclarecimento posterior, a Pessoa torna-se alvo de críticas e insinuações malévolas que, uma vez espalhadas, são como penas que se soltam ao vento. Fáceis de se espalhar; difíceis de serem recolhidas. Concluindo, no mundo atual, em que os absolutos foram todos desprezados, dando lugar ao relativismo exacerbado, o Cristão só pode transitar, e posicionar-se corretamente, se souber observar os princípios Éticos, emanados da Bíblia Sagrada. Tudo muda no Mundo dos Homens. Mas, diante de Deus, sua Palavra tem valor absoluto, e pode ser o guia seguro e forte contra os vendavais do relativismo avassalador, que tem invadido, até, os arraiais das Igrejas evangélicas. Relembrando, disse Jesus: “O Céu e a Terra passarão, mas as minhas Palavras não hão de passar” Mt 24.03; disse o salmista: “Lâmpada para os meus Pés é a Tua Palavra, e Luz para o meu caminho” Sl 119.105.
24- No tocante aos itens 04 dessa apostila como deve proceder o cristão?

Professor Edmilson Carvalho.


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