sexta-feira, 24 de abril de 2015

DISCIPLINA INTRODUÇÃO BIBLICA

DISCIPLINA  INTRODUÇÃO   BÍBLICA    
01- INTRODUÇÃO
O que é a Bíblia? Um simples olhar lançado sobre o índice  basta para ver que ela é uma “biblioteca, uma coleção de Livros muito diversos. Quando se consultam as introduções a esses Livros, a Primeira impressão se confirma: distribuindo-se por mais de Dez Séculos, os Livros provém de dezenas de autores diferentes, uns estão escritos em Hebraico, com certas passagens em Aramaico, outros em Grego; apresentam  gêneros literários tão diversos quanto a narrativa histórica, o código de Leis, a Pregação, a Oração, a Poesia, a Carta, o Romance. A introdução bíblica  ou Bibliologia é o estudo introdutório e auxiliar das Sagradas Escrituras, para melhor compreensão por parte do leitor. Esta disciplina é, também, chamada nos cursos superiores de Teologia de Isagoge. A introdução biblica se preocupa em examinar ou estudar a formação do Cânon Sagrado, do Antigo Testamento, do Canon Sagrado do Novo Testamento e do Canon do Povo. A preservação, versões e traduções da Bíblia no decorrer da História; a cronologia bíblica; a Vida e os costumes dos Povos bíblicos; as dificuldades encontradas na Bíblia; as línguas originais em que a Palavra de Deus foi escrita; a estrutura e as divisões da Bíblia; as provas de que a Bíblia é a Palavra de Deus; etc. Sem o conhecimento desta Disciplina torna-se difícil a compreensão das Sagradas Escrituras. Portanto, todo e qualquer estudante da Bíblia precisa do conhecimento fundamental de Introdução Bíblica. Que Deus lhe abençoe, lhe ajude e lhe dê perseverança no estudo  sobre a Sua Palavra.
02- OBJETIVOS
Essa Disciplina tem como objetivo principal Trazer ao aluno uma visão completa sobre a Bíblia Sagrada, qual a sua importância para os Cristãos do Mundo inteiro, informar a todos,  por quem e como  mesma foi escrita, o Pentateuco, os Livros históricos, os Livros proféticos, os Profetas  maiores, os Profetas menores os Livros  Evangélicos as Cartas do Apóstolos Paulo, O conhecimento  da data em que cada  Livro foi escrito, o conhecimento do local  a onde  os autores  escreveram os mesmos e  para quem os  mesmos foram escritos,   e as doutrinas ensinadas no contexto deste precioso Livro.



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03- CONTEÚDO
A origem da Palavra, Com que tipo de material foi escrito a Bíblia Sagrada, A importância da Bíblia, O Canon do Antigo Testamento, O Canon do Novo Testamento, O Canon do Povo, Os escritos do Mar Morto,  Autores dos Livros da Bíblia, As Cartas, Os livros Apócrifos.
04- A ORIGEM DA PALAVRA BÍBLIA
Os Gregos davam o Nome de “biblos” a folha do papiro preparada para a  escrita. Um rolo de “biblos” de tamanho pequeno era chamado de biblion” e vários destes  rolos formavam a “Bíblia. Do Grego biblion do qual a  Palavra Bíblia procede. Literalmente “Bíblia” significa: coleção de Livros pequenos Plural. A Palavra Bíblia parece ter sido usada pela Primeira vez por volta do século IV, por João Crisostomo, patriarca de Constantinopla. A definição canônica para Bíblia é “a revelação de Deus à humanidade. De quem provém a Bíblia? Todos estes Livros provêm de Homens com uma convicção comum, chamados de Israel, Povo escolhido pelo próprio Deus. Ele os destinou a formar uma Nação que toma lugar na História com legislação própria e normas de vida Pessoal e coletiva, foram todos testemunhas  daquilo que Deus fez por esse Povo e com ele, relatam os apelos de Deus e as reações dos Homens, indagações, queixas, louvor, ações de graça. Este povo posto a caminho por Deus foi primeiramente Israel, que apareceu na História por volta de 1200 a.C. Envolvido,  como todos os povos vizinhos, nos movimentos que agitaram o Oriente. No entanto, sua Religião o tornava um Povo à parte, Israel conhecia um único Deus, invisível e transcendente; o Senhor, exprimia  a relação que o unia ao seu Deus com um termo jurídico: Submetia toda a existência à Aliança e à Lei que dela decorria, e seu modo de vida se tornava cada vez mais contrastante com o das outras Nações. Toda a parte hebraica da Bíblia se refere à Aliança, tal como foi vivida e pensada por Israel até o século II a.C.
05- IMPORTANCIA DA BIBLIA
A Bíblia é a mensagem de Deus para o Homem, através do qual Deus se revela a ele a Sua vontade para ele, e dá resposta a todas as dúvidas existenciais do Homem. A Bíblia no seu todo é uma Palavra geral de conhecimento que quando revelada de forma específica a cada Cristão pela Pessoa do Espírito Santo, torna-se numa Palavra viva e poderosa, que transforma vidas e se torna num veículo de cura, libertação e poder de Deus.  Hebreus 04:12, Salmo 107:20. Não admira que Jesus tenha dito que as suas Palavras eram espírito e vida e que todos os que
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permanecessem na sua Palavra se tornariam seus Discípulos, conheceriam a Verdade e a Verdade os libertaria!  João 06:63  João 08: 31,32. A Bíblia também declara que Jesus e a Palavra de Deus são um só, pelo que ter comunhão com a Palavra é ter comunhão com Jesus. João 01:01. Jesus também ensinou que quando a Palavra de Deus é usada fora de contexto e sem a revelação do Espírito Santo, ela mata e afasta as Pessoas de Deus é o caso daqueles que usam a Palavra como adorno de uma Religião e negam uma experiência dinâmica com Deus  mas  quando o Espírito Santo se move sobre ela é vivificada e traz a todos os que a ouvem Vida com abundância e intimidade com Deus. Jesus declarou como sendo sábio todo aquele que edifica a sua Vida no ouvir e praticar da Palavra de Deus.  Mateus 07: 24-29, Fé sobrenatural que é descrita na Bíblia, como aquela capaz de transportar os montes e vencer todas as coisas é desenvolvida por ouvir e ouvir a Palavra de Deus. Romanos 10:17. Através da Palavra de Deus o Senhor criou os Céus e a Terra, 2ª Carta de Pedro 03:05 e declarou aos Homens que o Céu e a Terra passarão, mas as suas Palavras jamais  passarão, Mateus 24:35. É pois importante que ao ler, meditar e praticar qualquer parte da bíblia, o faça com reverência  e respeito.
06- COM QUE TIPO DE MATERIAL FOI ESCRITO A BÍBLIA SAGRADA
A evolução da representação da linguagem por sinais gráficos iniciou-se com inscrições gravadas em plaquetas de barro, na região da Mesopotâmia, por volta de Seis Mil Anos atrás. Nessa época, os Escribas contavam com o auxílio de calamos, que seriam os “ancestrais de nossas canetas-tinteiro e de nossas esferográficas. Em seguida ao emprego da pedra, do barro e da esteatita. Algum tempo mais tarde  apareceu o papiro no Egito antigo, em forma de rolo, de couro ou linho e que, ornado suntuosamente de vinhetas coloridas, eram utilizados para narrar os grandes acontecimentos das dinastias faraônicas. O emprego do papiro como suporte para escrever representou um grande avanço, pois o mesmo, por ser leve, fino e mais facilmente manuseável, originou o que hoje conhecemos como “folha”. Os antigos Egípcios dominavam a técnica de colar até 20 folhas seguidas, resultando em rolos com até 40 metros de comprimento. Para desenhar os símbolos, os Escribas recorriam a uma varinha de caniço de 20 centímetros cuja tinta preta “era composta de uma mistura de pó de fuligem e água, mais um fixador como a goma-arábica. Com o passar do tempo, verificaram-se os inconvenientes do papiro: além de caro, o Egito antigo, por exemplo, obtinha altos lucros com sua exportação, ele caracterizava-se pela
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fragilidade e dificuldade de transporte, obrigando os usuários a recorrerem tão somente a uma de suas faces e, mesmo assim, com extremo cuidado. Surgia então o pergaminho, a nova base da escrita que emergiria na Ásia Menor, evitou  algumas destas desvantagens, uma vez que, por ser feito de couro, aceitava registros nos dois lados. A escrita sobre o pergaminho, além de abrir espaço para criações artísticas antes impensáveis,  sendo : a produção de  iluminuras, uma delas, trouxe duas inovações decisivas: o aproveitamento da pena de ganso, em substituição ao agora defasado pincel de caniço e a  disposição desse material no aspecto de folhas, de maneira que fosse possível dobrá-las e costurá-las. Este arranjo forneceria o fulcro dos códe, a estrutura padrão sobre a qual os futuros  Livros produzidos pela tecnologia impressa se fundamentariam como vimos hoje.
07- O CÂNON DO ANTIGO TESTAMENTO
A Palavra "Cânon" significa régua, e em relação à Bíblia, significa a regra usada para determinar se um certo Livro podia ser medido satisfatoriamente como Livro inspirado por Deus. No entanto, é importante ressaltar que os manuscritos bíblicos eram canônicos no momento em que foram escritos. Igreja primitiva  possuíam uma vasta literatura em ambas as línguas. Nesta havia Livros Sagrados e selecionados. Para determinar se um Livro poderia ser ou não admitido como Livro Inspirado por Deus, alguns critérios foi adotado como por exemplo: Esse Livro deveria ter sido escrito em Hebraico Aramaico  ou Grego, O autor desse Livro tinha que ser de uma linhagem profética, o referido Livro deveria ser aceito pela comunidade Cristã judaica, e ser um material que inspirasse uma demonstração de Fé. Toda Religião revelada precisa do estabelecimento de um Cânon sagrado que identifique a revelação de Deus. A comunidade judaico- cristã sentiu a necessidade do Cânon para conservar, Preservar  e observar essa revelação. A comunidade Cristã foi expressando sua Fé na adoção de determinados escritos como Sagrados. Canonização é, pois, o processos  pelo qual os Livros da Bíblia se tornaram normativos para a comunidade que os escolheu. Canônicos são os Livros aceitos pela comunidade Cristã como Sagrados divinamente inspirados e fidedignos para a instrução dos Fiéis. Na realidade a Igreja só fez reconhecer o que já estava canonizado. A Disciplina Introdução bíblica traz ao aluno entre outras coisas,  uma visão concreta do Canon Sagrado do Velho Testamento, do Canon do Povo e do Canon do Novo Testamento. A literatura Sagrada evoluiu gradativamente e foi cuidadosamente vigiada. Os Dez mandamentos
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escritos em tábuas de pedra, e que eram a constituição de Israel, foram guardados em uma Arca, Ex 40.20. Os estatutos foram registrados no Livro do pacto, Ex. 20.23, O Livro da Lei, escrito por Moises, era colocado ao lado da Arca, Dt 31.24-26. A esta coleção se ajuntaram os escritos de Josué, Js 24. 26. Samuel escreveu a Lei do Reino e a depositou diante do Senhor, 1ª Sm 10. 25. No tempo do Rei Josias, o Livro da Lei do Senhor, o bem conhecido Livro, foi encontrado no Templo e reconhecido pelo Rei, pelos Sacerdotes, pelo Povo, pelas autoridades e pelos anciãos, 2ª Rs 22.08-20. Do Livro encontrado se tiraram cópias, Dt 17.18-20. Os Profetas reduziram as suas Palavras a escrito, Jr 36.32, e eram familiarizados reciprocamente com os seus escritos que os citavam como padrões autorizados, Is 02.02-04; Mq 04.01-03. A Lei e os Profetas eram tidos como produções autorizadas; inspiradas pelo Espírito Santo, e cuidadosamente guardadas por Jeová, Zc. 01.04;07.07,12 A Lei de Moisés compreendendo os Cinco Primeiros Livros da Bíblia, circulava como uma porção distinta da literatura  Sagrada no tempo de Esdras em cujas Mãos esteve, Livro do Profeta Esdras 07.14, sendo douto no conhecimento dela, 06,11. A pedido do Povo, ele leu publicamente no Livro da Lei, Ne 08.01,05,08. Por este tempo, e antes do cisma, entre os Judeus e os Samaritanos, chegar a seu termo, o Pentateuco foi levado para Samaria. O colecionamento dos Profetas menores em um grupo de doze, é confirmado no Ano 200 a.C. Sua linguagem dá a entender a existência do grande grupo formado pelos Livros de Josué, Juízes, Samuel, Reis, Isaías, Jeremias, Ezequiel e os Doze Profetas menores, que formavam a Segunda divisão do Cânon Hebreu, caps. 46-49. A existência da tríplice divisão das Escrituras em Lei, Profetas e os outros que os acompanharam”; ou “a Lei, os Profetas e os outros Livros”, ou, “a Lei, os Profetas e o resto dos Livros”, é confirmada já no Ano 182 a.C. juntamente com a existência de uma versão Grega da mesma época. O  Judeu Filo, que nasceu em Alexandria no Ano 20 a.C. e ali morreu no reinado de Cláudio, possuía o Cânon, e citou quase todos os Livros, com exceção dos Apócrifos. O Novo Testamento cita as Escrituras” como escritos de autoridade religiosa, Mt 21.42; 26.56; Mc 14.49; Jo 10.35; 2ªTm 03.16, como Livros Santos em Rm 01.02; 02 Tm 03.15, e como Palavra de Deus, em Rm 03.02; Hb 05.12; 1ª Pe 04.11; e menciona a tríplice divisão em Moisés, Profetas e Salmos, em Lc 24.44, cita e faz referências a todos os outros Livros, exceto Obadias e Naum, Esdras, Ester, Cântico dos Cânticos e Eclesiastes. Josefo  que era contemporâneo  de Paulo, apresenta o conteúdo das Escrituras  sob Três divisões: Cinco  Livros pertencem a Moisés, e contêm as suas Leis e as tradições sobre a origem da humanidade, até a sua morte. Desde a morte de Moisés até Artaxerxes, escreveram os Profetas que viveram depois
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dele, os fatos de seu tempo, em Treze Livros. Josefo acompanhou o arranjo feito nos Livros das  Escritura pelos tradutores de Alexandria. Os Treze Livros são provavelmente, Josué, Juizes com Rute, Samuel, Reis, Crônicas, Esdras com Neemias, Ester, Jó, Daniel, Isaias, Jeremias com as Lamentações, Ezequiel e os Doze Profetas Menores. Os Quatro Livros restantes, contêm hinos a Deus e preceitos de conduta para a Vida Humana, sem dúvida ele se refere aos Salmos, ao Cântico dos Cânticos, aos Provérbios e ao Eclesiastes. Havia uma tradição corrente, que o Cânon fora arranjado no tempo de Esdras e de Neemias. Josefo,  já citado, fala da crença universal de seus patrícios de que nenhum Livro havia sido acrescentado desde o tempo de Artaxerxes, isto é, desde Esdras e Neemias. Uma extravagante legenda do fim do Primeiro Século da era Cristã deu curso a uma tradição de que Esdras havia restaurado a Lei, é mesmo o Antigo Testamento inteiro por se haverem perdidos os exemplares guardados no Templo, Ne 14.21,22,40. Afirma a tal legenda que os Judeus da Palestina, naquela época, reconheciam os  Livros canônicos, como sendo Vinte e Quatro. Depois que os Sagrados Escritos foram destruídos, no exílio, sob o domínio de Nabucodonosor, quando os Judeus, depois de Setenta Anos, voltaram do cativeiro para a sua pátria, Deus nos Dias de Artaxerxes, inspirou a Esdras, o Sacerdote, da tribo de Levi, para arranjar de novo todas as Palavras dos Profetas dos Dias passados, e restaurar para uso do Povo a legislação de Moisés. O Pentateuco, como trabalho de Moisés, compreendendo a incorporação das  Leis fundamentais da Nação, formou uma divisão do Cânon, e com direitos firmados na cronologia, ocupou o Primeiro lugar na coleção dos Livros. A Segunda divisão dos Livros teve a designação de proféticos por serem escritos pelos seus autores assim chamados. Estes Livros eram em número de Oito, Josué, Juizes, Samuel, e Reis, denominados os primeiros Profetas, e Isaias, Jeremias, Ezequiel e os Doze Profetas menores, denominados os últimos Profetas. O núcleo da Terceira divisão é formado de seções de Livros de Salmos e Provérbios. Os Quatro Livros menores  eram lidos por ocasião de quatro aniversários, Cânticos, Rute, Eclesiastes e Ester, e formavam os Cinco rolos, ou Megilloth. O Livro de Daniel foi incluído nesta parte por ter sido escrito por Homem que, posto dotado de espírito profético, não era oficialmente Profeta. Com toda a probabilidade, as Crônicas foram escritas por um Sacerdote e não por um   Profeta, e por esta razão, foram postas na Terceira divisão do Cânon. É conveniente que se diga que, conquanto o conteúdo das diversas divisões do Cânon permanecessem inalteráveis, a ordem dos Livros da Terceira divisão variou de tempos em tempos; e mesmo na Segunda divisão o Talmude classifica Isaias entre Ezequiel e os Profetas Menores.
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Esta ordem dos quatro Livros proféticos, Jeremias, Ezequiel, Isaías, e os Profetas Menores, foi evidentemente determinada  pelo tamanho, dando a prioridade aos de maior volume. Logo no fim do Primeiro Século da nossa era, o direito de certos Livros figurarem na Terceira divisão do Cânon, foi disputado, não havia dúvida em pertencerem ao Cânon.  As discussões versaram sobre o conteúdo dos Livros e sobre as dificuldades de harmonizá-los entre si. Estes debates, porém, eram meras exibições intelectuais. Não havia intenção de excluir do Cânon qualquer destes Livros, e sim tornar bem claro o direito que ele tinham  aos lugares que ocupavam, certo é que, o Livro dos Salmos, era um dos incluído no Canon do Povo.
08- O  CANON  DO  NOVO  TESTAMENTO
A Igreja apostólica recebeu da Igreja judaica a crença em uma regra de Fé escrita. Cristo mesmo confirmou esta crença, apelando para o Antigo Testamento  como a Palavra de Deus escrita, Jo 05.37, 47;  Mt 05.17,18; Mc 12.36; Lc 16.31, instruindo os seus Discípulos nela, Lc 24.45. Os Apóstolos habitualmente referem-se ao Antigo Testamento como autoridade, Rm  03.02,21; 1ª Co 04.06; Rm 15.04; 2ª Tm 03.15-17; 2ª Pe 01.21. Em segundo lugar, os Apóstolos baseavam o seu ensino, oral ou escrito na autoridade do Antigo Testamento, 1ª Co 02.07-13; 14.37; 1ª Ts 02.13; Ap 01.03, e ordenavam que seus escritos fossem lidos publicamente, 1ªTs 05.27; Cl 04.16,17, 2ª Ts 02.15; 2ª Pe 01.15; 03.01-02, enquanto que as revelações dadas à Igreja pelos Profetas Inspirados, eram consideradas como fazendo parte, juntamente com as instruções apostólicas, do fundamento da Igreja, Ef 02.20. Era natural e lógico que a literatura do Novo Testamento fosse acrescentada à do Antigo Testamento, ampliando deste modo o Cânon de Fé. No próprio Novo Testamento se vê a intima relação entre ambos, 1ªTm 05.18; 2ª Pe 03.01,02,16. Nas épocas pós-apostólicas, os escritos procedentes dos Apóstolos e tidos como tais, foram gradualmente colecionados em um segundo volume do Cânon, até se completar o que se chama o Novo Testamento. Porquanto, desde o princípio, todo Livro destinado ao ensino da Igreja em geral, endossado pelos Apóstolos, quer fosse escrito por algum deles, quer não, tinha direito a ser incluído no Cânon, e constituía doutrina apostólica. Desde os Primeiros Três Séculos da Igreja, era baseado neste principio que se ajuntavam os Livros da Segunda parte do Cânon. A coleção completa fez-se vagarosamente, por varias razões. Alguns dos Livros só eram conhecidos como apostólicos em algumas Igrejas. Somente quando esses Livros entraram no conhecimento do
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Corpo Cristão em todo o Império romano, é que eles foram aceitos como de autoridade apostólica. O processo adotado foi lento, por causa ainda do aparecimento de vários Livros heréticos e escritos espúrios, com pretensões de autoridade apostólica. Apesar da sua lentidão, os Livros aceitos por qualquer  Igreja, eram considerados canônicos porque eram apostólicos. O ensino dos Apóstolos era regra de Fé, e lido nas reuniões do Culto público. Já no principio do Segundo Século, os escritos apostólicos eram chamados Escrituras. Os Evangelhos Segundo Marcos e Lucas entraram na Igreja pela autoridade de Pedro e Paulo, de que foram companheiros. Logo começaram os comentários a estes escritos, cuja fraseologia  saturou a literatura da idade pós-apostólica. São dignos de nota os seguintes fatos para explicar a rapidez com que a coleção dos Livros se estendeu a toda a Igreja. Os quatro Evangelhos  entraram nas Igrejas desde o principio do Segundo Século. A Segunda Epístola de Pedro, cap. 03.16, mostra-nos que as Epistolas de Paulo já haviam formado uma coleção de escritos familiares aos leitores das Cartas de Pedro. Muito cedo aparecem as expressões “Evangelho” e “Apóstolos” designando as Duas partes do novo volume. A evidência sobre a canonicidade dos Atos Apostólicos, leva-nos à Primeira metade do Segundo Século. Alguns Livros, é certo, sofreram contestações por parte de certos grupos de Igrejas, mas serve para provar que tais Livros entraram no Cânon depois de evidentes provas de sua autenticidade. No decorrer dos tempos, e quando entramos na época dos Concílios, o Novo Testamento aparece na lista dos Livros canônicos como hoje o temos. No Quarto Século, Dez dos Padres da Igreja em dois Concílios deixaram a Listas dos Livros canônicos. Em Três destas listam omitem o Apocalipse, contra o qual se levantaram objeções que desapareceram diante dos testemunhos abundantes em seu favor. As outras listas dão o Novo Testamento como hoje o temos. Em vista destes fatos, deduzimos que: Apesar da  formação do Novo Testamento ter  sido morosa, nunca deixou de existir a crença de ser ele um Livro considerado como regra de Fé primitiva e apostólica. A História da formação do Cânon do Novo Testamento,  serve apenas para mostrar como se chegou gradualmente a conhecer os direitos que eles tinham para entrar no rol dos Livros Inspirado. As diferenças de opinião sobre quais os Livros canônicos e sobre os graus de certeza em favor deles, veem-se nos escritos e nas Igrejas do segundo século.  A prova em favor da canonicidade dos Livros do Novo Testamento é a evidência Histórica. Quanto a isto, o juízo da Igreja primitiva em favor dos nossos Vinte e Sete Livros é digno de inteira Fé, enquanto não for provado o contrário. Não os devemos aceitar como tais, só porque os Concílios eclesiásticos os decretaram canônicos, nem
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por causa do que eles dizem. A questão versa só e unicamente sobre a sua evidencia Histórica e de Fé. Finalmente se nota que a Palavra Cânon não se aplicou à coleção dos Livros Sagrados antes do Quarto Século. Não obstante, existia, a noção que representa, isto é, que os Livros Sagrados eram regra de Fé, contendo a Palavra de Deus.
09- O CANON  DO POVO
Antes mesmo de Deus ter ordenado a Moisés que escrevesse, pela primeira vez, um memorial a respeito da vitória de seu Povo sobre os amalequitas, a tradição judaico-cristã afirma que a Palavra de Deus já circulava entre os o Povo sob o método da transmissão oral: "Escuta-me, mostrar-te-ei; e o que tenho visto te contarei; o que os sábios anunciaram, ouvindo-o de seus Pais, e o não ocultaram ...". Jó 15:17,18. Isso nos leva a entender, que por uma intervenção Divina, por não haver ainda algum recurso no ramo da escrita impressa, nem mesmo o papiro ou mesmo o pergaminho ainda tinha sido inventado, os acontecimento concernente os acontecimentos com o Povo israelense e humanidade de um modo geral, esse acontecimento, eram passados de Pai para Filho  de geração em geração. Os Cânticos de Romagem eram Salmos que eram entoados pelo  peregrinos ao caminharem para o Templo de Jerusalém, para as Festas religiosas. Eram uma espécie de hinário para os viajantes saudosos dos pátios de Deus e fazem parte desse grupo os Salmos 120 até 134, num total de Quinze Salmos. Essa forma oral  de passar de Pai para Filhos através hinos populares e de cântico, historinhas, lendas e outros, os acontecimentos daqueles  tempo,  era chamado de Canon do Povo.
10- OS MANUSCRITOS DO MAR MORTO
Os pergaminhos do Mar Morto, contendo são as cópias mais antigas já encontradas da Bíblia hebraica, e pergaminhos que descrevem a Vida, a época e as crenças da seita do Mar Morto, são um dos maiores achados arqueológicos do Século XX e estão em exposição no Museu em Israel. Dentre estes pergaminhos estão os escritos do Profeta Isaías. Os pergaminhos de Isaías foram descobertos perto de Qumran,  ao lado do Mar Morto, em 1947. Nos Anos que se seguiram foram encontrados na região cerca de mais de 800 outros manuscritos, dos quais aproximadamente 200 são bíblicos. O pergaminho de Isaías é o maior e o mais bem preservado entre todos os pergaminhos bíblicos, e o único descoberto estando completo: As 54 colunas contém todos os 66 capítulos da Bíblia. O pergaminho também é um dos manuscritos mais
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antigos descobertos em  Qumran. Ele data de cerca de 100 aC, e por isso é Mil Anos mais antigo que o manuscrito bíblico Hebreu conhecido antes da descoberta dos Pergaminhos do Mar Morto que é o Códice de Alepo, exibido no Museu do  Livro. O Código de Aleppo, é um dos manuscritos mais antigos e importantes da Bíblia, estão atualmente no Museu de Israel em Jerusalém.  Ele inclui os Cinco Livros do Pentateuco e outros escritos Sagrados e é considerado como o documento religioso judaico mais precioso da arqueologia bíblica, não só pelo seu conteúdo, mas também, por sua reverência e santidade. O Código de Aleppo sobreviveu inúmeras invasões e depredação da Cidade de Jerusalém, de Mão em Mão, até que foi recuperado pela comunidade judaica da cidade do Cairo, onde permaneceu até o século XIV. Foi então que ele foi confiada à comunidade judaica de Aleppo, na Síria, cujos membros tiveram muito trabalho para cuidar durantes os séculos seguintes, até que foi parcialmente destruída pelos sírios em sua tentativa de queimar uma Sinagoga da Cidade que, em 1947, para ser lançado a partilha da Palestina. Durante a próxima década, pensava-se o código havia desaparecido, o que causou grande tristeza no mundo judaico. No entanto, o Código sobreviveu outra vez, embora não inteiramente desde a Quarta parte do manuscrito foi destruído  pelo fogo. Os restos mortais do documento foram escondidos por dois anciãos da comunidade de Aleppo há mais de Dez Anos. Finalmente, um Homem corajoso chamado Mordecai  Faham, arriscando sua  Vida, conseguiu resgatar o Código e deu para o Presidente israelense Ben Zvi, em 1958 Cerca de 20 cópias adicionais, mas fragmentadas, de Isaías, foram descobertas entre os pergaminhos de Qumran. O Livro foi sujeito a seis comentários, e é frequentemente citado em outros pergaminhos. Uma cópia do pergaminho de Isaías, já há muito tempo, tem sido uma peça central e dramática no Museu do Livro, uma sala de exibição projetada para parecer com os topos dos jarros de barro onde os pergaminhos foram encontrados. Um pequeno fragmento deste pergaminho é exibido. Agora os visitantes poderão ver o original, com 2.60 metros de comprimento e contendo as famosas Palavras, "devem fundir suas espadas, para fazer bicos de arado. Isaias 02:04. Para ilustrar a mensagem preciosa de Isaías, ferramentas de ferro pertencentes ao oitavo século a.C., o período no qual o Profeta  Isaias viveu, estão sendo mostradas ao lado do pergaminho. Um selo helenístico escavado recentemente e nunca exibido anteriormente, com uma pomba carregando um ramo de oliva, outro símbolo bíblico e universal da Paz, também é exibido. No recentemente aberto Centro de informação e estudo dos pergaminhos do Mar Morto na fundação do Museu Dorot, uma apresentação audiovisual fictícia
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dramatiza as complexidades da Vida na época do Segundo Templo. Junto com o modelo adjacente do Segundo Templo, estes elementos se tornam peças companheiras que iluminam um período importante na História das Sagradas Escrituras valiosos manuscritos atualmente, estão guardados no santuário do Livro do Museu de Israel, em Jerusalém.
11- AUTORES  DOS  LIVROS  DA  BIBLIA
Moisés escreveu os Cinco Primeiros Livros da Bíblia, chamados de Pentateuco: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio.   Alguns eruditos dizem que Jó escreveu a sua própria História. Josué escreveu o Livro que tem o seu Nome. Samuel  escreveu o Primeiro Livro que leva o seu Nome, pelo menos até ao capítulo 24 e, provavelmente, escreveu Juízes e Rute.  Davi escreveu 73 Salmos que levam o seu Nome do título e, provavelmente, muitos outros. Os Filhos de Coré ou Corá: escreveram os Salmos 42,44-49,84,85,87. Asafe: escreveu os Salmos 50,73-83. Hemã: escreveu o Salmo 88. Etã: escreveu o Salmo 89. Salomão:  escreveu os Salmos 72 e 127, além de Provérbios 01-29, Eclesiastes e Cântico dos Cânticos. Agur: escreveu Provérbios 30. Lamuel: escreveu Provérbios 31. Ezequias: Provavelmente escreveu os Salmos 120,121,123,128-130,132,134-136. Jeremias: escreveu o Livro que leva o seu Nome, Lamentações e, provavelmente, 1ª e 2ª Reis. Esdras:  escreveu o Livro que leva o seu Nome e, provavelmente, 1,ª e 2ª Crônicas e 2ª Samuel. Mardoqueu: Pode ter escrito o Livro de Ester. Isaías: O Livro que leva o seu Nome. Ezequiel: O Livro que leva o seu Nome. Daniel: O Livro que leva o seu Nome. Oséias: O Livro que leva o seu Nome. Joel: O Livro que leva o seu Nome. Amós: O Livro que leva o seu Nome. Obadias: O Livro que leva o seu Nome. Jonas: O Livro que leva o seu Nome. Miquéias: O Livro que leva o seu Nome. Naum: O Livro que leva o seu Nome. Habacuque: O Livro que leva o seu ome. Sofonias: O Livro que leva o seu Nome. Ageu: O Livro que leva o seu Nome. Zacarias: O Livro que leva o seu  Nome. Malaquias: O Livro que leva o seu Nome. Neemias: O Livro que leva o seu Nome. Paulo: escreveu 13 Epístolas: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,  Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito e Filemom. Apolo: Pode ter escrito Hebreus. Mateus: O Evangelho que leva o seu Nome. Marcos: O Evangelho  que leva o seu Nome. Lucas: escreveu o Evangelho que leva o seu Nome e Atos dos Apóstolos. João: escreveu o Evangelho que leva o seu Nome, além de 1ª,2ª,3ª João e o Apocalipse.
12-PROVAS DE QUE A BÍBLIA É A PALAVRA DE DEUS

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O testemunho do próprio Deus: Quando uma pessoa medita Em Suas Palavras, com o Coração sincero e contrito, ela consegue perceber em seu íntimo a presença divina e a testificarão da veracidade nas Escrituras Sagradas. A Bíblia revela Deus à humanidade, o  testemunho de Jesus Cristo: Jesus não foi um mito, uma fabula ou uma lenda, mas uma  Pessoa histórica que muitos conheceram. Jesus foi e é o maior personagem da História da humanidade. É o próprio Deus que se fez Homem e veio ao Mundo Salvar os que se haviam perdido. Ele próprio afirmou ser a Bíblia a Palavra de dEle Jo 05.39; Lc 24.44. O Testemunho do Espírito Santo: A Bíblia foi revelada, inspirada e preservada pelo Espírito de Deus. Ele testifica no interior do  Homem sobre a veracidade das Escrituras Sagradas e muitos, instantaneamente, são convertidos a Deus Pe 01.21; 02 Tm 03.16; Jó 32.08.04 O Testemunho da História: A História dos Povos comprova os acontecimentos descritos na Bíblia. Todas as menções a Reis, povos, guerras e outros acontecimentos, são confirmados pelos historiadores dos Povos do passado. A própria História Universal apanha emprestada da Bíblia registros e fatos para a sua complementação. O Testemunho da Ciência: As novas descobertas científicas têm confirmado a veracidade da Bíblia. Até hoje nada existe na Ciência que possa provar ser contrário à Palavra de Deus. Exs.: a A Bíblia diz em Gn 01.03-05 que Deus Primeiro criou a Luz e depois criou o Sol, a Lua e as Estrelas. A Ciência descobriu que mesmo que não exista o Sol, o Universo continuaria iluminado, tendo Luz; A Bíblia diz que Deus criou cada ser segundo o Seu poder.
13- SEPTUAGINTA
A Septuaginta foi uma  tradução dos escrito bíblicos por Escribas, que ficou conhecida como a versão dos Setenta ou Septuaginta, Palavra latina que significa Setenta, ou ainda LXX, pois setenta e dois rabinos  Seis de cada uma das Doze tribos, trabalharam nela e, segundo a História, teriam completado a tradução em Setenta e dois Dias. A Septuaginta, desde o século 1º, é a versão clássica da Bíblia hebraica para os Cristãos de língua Grega  e foi usada como base para diversas traduções da Bíblia. A Septuaginta inclui alguns Livros não encontrados na Bíblia hebraica. Muitas Bíblias da reforma seguem o  Canon Judaico e excluem estes Livros adicionais. Entretanto, católicos romanos incluem alguns destes Livros em seu Cânon e as Igrejas ortodoxas usam todos os Livros conforme a Septuaginta. Anglicanos, assim como a Igreja oriental, usam todos os Livros exceto o Salmo 151, e a Bíblia do Rei Jaime em sua versão autorizada inclui estes Livros adicionais em uma parte separada
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chamada de Apocrypha. Fragmento da Septuaginta, do século 1º. A Septuaginta foi tida em alta conta nos tempos antigos. Filon de Alexandria e Flávio Josefo  consideravam-na divinamente inspirada. Além das traduções  latinas antigas, a Septuaginta também foi a base para as versões em eslavo eclesiástico, para a Héxapla de Orígenes e para as versões armênia, georgiana e copta do Antigo Testamento.
14- AS CARTAS
As Vinte e uma Cartas ou Epístolas do Novo Testamento foram escritas por vários autores, em diferentes épocas, e nem todas têm a estrutura formal de uma Carta. Todas são escritos de circunstância, endereçados a Pessoas ou grupos de Pessoas e consistem, principalmente, de conselhos e instruções Cristãs. É provável que nenhuma delas tenha sido escrita, especificamente, pelo próprio autor; naquela época, era muito mais comuns que as Cartas fossem ditadas e escritas por Escribas profissionais ou por Secretários Silvano, era Secretário de Pedro 1ª Ep. Pe. 05.12. A única exceção parece ser a Epístola a Filêmon  acredita-se que foi escrita por Paulo em Pessoa, quando o mesmo estava preso. As Epístolas bíblicas têm a mesma estrutura formal das Cartas escritas pelos Gregos durante o Período Helenístico: cabeçalho, mensagem, saudação final. Paulo, Incansável viajante, desenvolveu intensa atividade missionária e foi um dos grandes responsáveis pela difusão da Fé Cristã nos Primeiros tempos. Preso pelos romanos e mantido no cárcere em Éfeso, Cesárea  e em Roma,  foi finalmente executado nessa última Cidade por volta de 65. As quatorze  Cartas tradicionalmente atribuídas a ele foram escritas entre 50 e 65, provavelmente; apenas nove ou Dez, porém, são realmente de sua autoria. Distinguem-se Cartas escritas durante a atividade missionária, Cartas do cativeiro, escritas na prisão, e Cartas pastorais, destinadas à disciplina das comunidades Cristãs  porém,  são realmente de sua autoria. Distinguem-se Cartas escritas durante a atividade missionária, Cartas do cativeiro, escritas na prisão, e Cartas pastorais, destinadas à disciplina das comunidades Cristãs. Paulo: escreveu 13 epístolas: Romanos, 1ª e 2ª Coríntios, Gálatas, Efésios, Filipenses,  Colossenses, 1ª e 2ª Tessalonicenses, 1ª e 2ª Timóteo, Tito e Filemom. Apolo: Pode ter escrito Hebreus. Mateus: O Evangelho que leva o seu Nome. Marcos: O Evangelho  que leva o seu Nome.
15- LIVROS APOCRIFOS
Os Livros apócrifos foram escritos nos 400 anos do Período Interbíblico, isto é, entre Malaquias e Mateus, ou entre o Antigo e o Novo Testamento,
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época de ausência total da revelação Divina. Este é o principal motivo para excluir-lhes a canonicidade, além do fato de não terem sido mencionados em outros Livros reconhecidamente divinos.  Apócrifos no sentido religioso diz respeito aos Livros "não genuínos", "espúrios", não reconhecidos como de inspiração divina, quer pela comunidade judaica, quer pela comunidade  Cristão-evangélicas. São chamados Livros não canônicos os apócrifos: Tobias, Judite, Sabedoria de Salomão, Eclesiástico, Baruque, 1º Macabeu, 2º Macabeu.
16- QUANDO A BIBLIA FOI COMPILADA
A Bíblia é uma compilação de vários textos ou "Livros" de diferentes eras, usados nas religiões judaica e  Cristã. A compilação de vários Livros da Bíblia Hebraica em um Cânon é o produto dos Anos 70 e 80 d.C., o período após o cerco Romano de Jerusalém e a subsequente  dispersão dos Judeus. Um Cânon do Novo Testamento começou a aparecer no século IV, mas se manteve em fluxo entre as várias denominações  Cristãs. Os Livros individuais do Novo Testamento  podem ser datados com certa confiança entre os Séculos 1º e 2º d.C., mas as datas de muitos dos textos da Bíblia Hebraica são difíceis de estabelecer. Crítica ao texto os coloca, dentro do Primeiro Milênio a.C., embora haja uma incerteza considerável quanto ao Século em alguns casos. A Torá foi redigida na sua forma de Cinco  Livros em torno do Ano 450 a.C. Usando elementos de até o ano 1000 a.C. a Bíblia foi  parcialmente compilada  no século VI a.C. de materiais dos séculos VII e VIII a.C., e então expandidos no período pós-exílio entre os séculos V e II a.C. Com exceção dos extensos manuscritos e fragmentos encontrados entre os pergaminhos do Mar Morto, nenhum manuscrito da Bíblia Hebraica vem de antes do século II a.C. O fragmento mais antigo do Novo Testamento é o Papiro P52 da Biblioteca de Rylands, um pedaço do Evangelho de João datado da Primeira metade do século II. Outros importantes manuscritos antigos datam de cerca de 200 d.C., mais de um século depois que a maioria dos  Livros do Novo Testamento foram escritos. Por essa razão, a datação de textos mais antigos não pode ser feita diretamente por datação de manuscritos, mas depende de críticas textuais, filológicas e evidência linguística, bem como referências diretas a eventos históricos nos  textos. Que pela instrumentalidade do Espirito da Sabedoria, o Irmão possa se tornar  um erudito e assim contribuir para  a divulgação das maravilhas que é a Obra de Deus  na Terra. 
“Nadas espero do muito que eu não tenho
Professor   Edmilson   Carvalho.
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