INTRODUÇÃO AO
ANTIGO TESTAMENTO
01-
INTRODUÇÃO
Antigo
Testamento é uma coletânea de escritos que os Judeus chamam a Lei, os Profetas e os escritos, quando os
Cristãos consideraram que suas próprias escrituras apostólicas expressavam as disposições de uma nova Aliança, ou um Novo Testamento, entre Deus e
seu Povo, denominaram as Escrituras anteriores do Antigo Testamento, ou seja, a
antiga Aliança. A presente Introdução quer apresentar o ambiente geográfico e
histórico no qual nasceu o Antigo Testamento.
02-
OBJETIVO
A
Disciplina tem como objetivo compreender a função da Teologia Bíblica do Antigo
Testamento enquanto Disciplina cientifica, buscando distingui-la das
preocupações da Teologia Dogmática. Tal distinção faz-se necessário, uma vez
que, a História da pesquisa cientifica do Antigo Testamento busca se consolidar
e constituir sua autonomia em relação à tradição eclesiástica, embora possa lhe
ser útil. O objetivo geral é compreender a matriz das principais abordagens
teóricas da ciência bíblica do Antigo Testamento.
03-
CONTEUDO
Fatos a cerca do Antigo Testamento, A revelação.
O povo Hebreu, Os Patriarcas, O
Êxodos, A Terra prometida, A conquista da Terra prometida, A divisão dos
Reinos, O cativeiro assírio, A queda de Jerusalém, O cativeiro babilônico, A reconstrução.
04-
FATOS A CERCA DO VELHO TESTAMENTO
A
tarefa do Teólogo do Antigo Testamento, é a de apresentar as verdades do Povo e da religião
de Israel organicamente, mostrando como uma Verdade surgiu de outra que a precedeu. Assim Deus implantou as Verdades de seu Reino na Vida religiosa de
Israel, o seu Povo, As Verdades do Reino
de Deus se apresentam em termos da História , das instituições e da Vida
do Povo de Israel. Há um distinção definitiva entre a Teologia do Velho
Testamento e a do Novo Testamento. A Teologia dos Judeus baseia-se
principalmente nos seus Livros canônicos do Antigo Testamento, O Pentateuco, a
Torá e o Talmud. Os Cristãos reconhecem
a conveniência de tratar a Teologia de cada uma das duas partes da nossa Bíblia
separadamente, cuidando de não ler no Antigo Testamento ensinos
01
distintivos
do Novo. Nem se deve obscurecer as
diferenças entre os ensinos das Duas partes. É necessário, todavia do ponto de
vista Cristão, reconhecer que as doutrinas Teológicas do Novo Testamento ficam
enraizadas na Teologia do Antigo, e que a Teologia do Antigo
Testamento chega à plena fruição na Teologia do Novo Testamento. Não se deve
ler o Antigo Testamento como texto científico da Historia, pois que trata-se das experiências religiosas do Povo
de Israel com o seu Deus. Escritores bíblicos, de épocas diferentes,
interpretaram os acontecimentos na sua vida nacional de pontos de vista
diferentes. Um estudo cuidadoso mostra que há Três fontes da Teologia do Antigo
Testamento representadas no longo período de desenvolvimento, que culminou nas
doutrinas Teológicas dos Profetas canônicos.
A corrente principal se originou da revelação de Jeová ao Povo de Israel
por intermédio de Moisés, a redenção e a escolha de Israel para o serviço de
seu Deus. Depois Jeová identifica-se
como El Shadday, o Deus de Abraão, e assim a Fé patriarcal
integrou-se com a Teologia bíblica. A Terceira
fonte, a influência dos vizinhos na religião de Israel, é mais difícil avaliar.
Os mensageiros do Senhor lutavam
heroicamente para purificar a sua Religião das influências piores dos
Povos contemporâneos, mas não há dúvida
de que os israelitas incorporaram algumas das
Festas e cerimônias religiosas dos Povos cananeus no seu Culto ao Senhor. Mas na Teologia dos Profetas esta
influência foi reduzida ao mínimo, mais ou menos como o cristianismo livrou-se,
em grande parte, das influências do paganismo.
05-
A REVELAÇÃO
Revelação,
é Deus, o Criador, fazendo-se conhecido aos
Homens e comunicando-lhes seus propósitos, o Homem sozinho nunca poderia
chegar a um conhecimento perfeito de Deus, conhecemos algo sobre Deus
porque Ele mesmo se fez conhecido aos
Homens. Fala-se muito hoje em comunicação, Deus também comunicou
aos Homens seus propósitos, um dos
propósitos de Deus foi a redenção da humanidade. Quando Deus comunicou aos
Homens seus propósitos, Ele estava se revelando. Deste modo, conhecemos nosso
Criador como Deus de Amor Santidade porque
Ele mesmo se revelou a nós. Por isso, dizemos que revelação é o fato de
que Deus, o Criador, fez-se conhecido aos Homens e comunicou-lhes os seus
propósitos. Deus se faz conhecido e comunica aos Homens os seus propósitos
basicamente de duas maneiras: através de uma revelação geral e uma revelação
especial. Na revelação geral Deus se revela aos Homens de um modo geral através
da natureza e da
02
nossa
consciência. Qualquer pessoa, observando a natureza, pode ter certo
conhecimento de Deus. A revelação especial, é
o outro modo de chegarmos a possuirmos
o conhecimento da vontade de Deus: Através da nossa consciência. Esta
voz é o Espírito Santo que habita em nós.
06-
O POVO HEBREU
Na
realidade a Historia do Povo de Israel,
começa no capítulo Doze do Livro de Genesis. O Povo Hebreu é um povo semita um ramo linguístico
comum a Hebreus e Árabes, descendente de
Éber, Filho de Noé, que por sua vez é descendente da Nona geração de Adão e Eva
e era formado por pastores nômades viviam na Cidade de Ur, na Mesopotâmia. Ali,
às margens do Rio Eufrates, nascia Abrão, Filho de Terá, no seio de uma Família politeísta. Abrão desde cedo se
recusou a aceitar o politeísmo e a idolatria às estátuas e aos astros. Tentou
convencer seu Pai e o Povo de de sua
Terra que tudo que ele via, rewfente a natureza
deveria ser obra de um único Deus. O Rei de Ur, Nimrod, sentiu-se
particularmente ameaçado e
insultado, pois ele mesmo queria ser
considerado um deus. Por volta dos seus 75 Anos, o Deus de Abrão chamado aqui
de Jeová, finalmente se revela a pede para que Abrão deixe sua Terra e parta
para outro lugar. Ele se dirige para Canaã com sua Mulher Sara, com sua Família e com os convertidos ao
monoteísmo, mas no meio do caminho resolve parar na Cidade de Harã atual
Turquia, que também era um grande entreposto comercial no Oriente. Em Harã,
Jeová faz um pacto com Abrão, prometendo descendência numerosa, o rebatiza como
Abraão que significa Pai ou líder de muitos
e lhe promete uma Terra para seus descendentes. Esta Terra prometida era Canaã
que é hoje onde fica Israel, Sul do Líbano e parte da Síria. Abraão continua
sua longa peregrinação até a Terra prometida, de acordo com a Aliança firmada com Jeová. Canaã era habitada
por cananeus, descendentes de Cam neto de Noé. Entre outros deuses, os
cananeus adoravam Baal deus dos deuses. Este sincretismo entre
Abraão e cananeus iria ser a base do monoteísmo judaico. Na Verdade, os Povos
seminômades adoravam diversos deuses, mas precisava-se de um único Deus forte para justificar um estado
Teocrático que desse respaldo para a autoridade de um único Rei.
07-
OS PATRIARCAS
Os
patriarcas são Príncipes, chefes de
Família ou de tribos, o termo foi aplicado com um sentido especial no
Novo Testamento a Abraão, Isaque, Jacó, aos Filhos de Jacó e a Davi. No Antigo
Testamento a expressão equivalente é em geral “príncipe da tribo. Mas o título
é, ordinariamente,
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dado
àqueles que viveram antes do tempo de Moisés. Sob o regime patriarcal o Pai
de Família, ou chefe de tribo, tinha
autoridade suprema sobre seus Filhos e
servos, ele não tinha que dar contas dos
seus atos a qualquer superior terrestre,
e por isso podia recompensar ou castigar,
segundo a sua maneira de ver. Encontra-se isto inteiramente
exemplificado nas vidas de Abraão, Isaque e Jacó. Cada um exercia a sua
autoridade com poder absoluto, e, como nos casos de Israel, Esaú, Jacó, Simeão
e Levi, procediam os
patriarcas mais segundo os seus Sentimentos pessoais do que em virtude de qualquer
estabelecido código de Leis. É claro que na proporção em que os patriarcas
possuíam o temor de Deus, o seu Governo havia de exercer-se com Justiça e
bondade, mas onde faltava esse sentimento religioso, imperava a opressão,
violência e injustiça. Ao recorremos a
leitura do Novo Testamento constatamos a veracidade das informações, a partir
do Livro de Atos quando a denominação é atribuída a Davi pelo Apóstolo Pedro em
seu discurso: irmãos, seja-me permitido
dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado,
e entre nós está até hoje a sua sepultura, Atos
02:29. Mais adiante, Lucas relata que o Apóstolo Pedro pregando no
Templo menciona Abraão, Isaque e Jacó como nossos Pais: O Deus de Abraão, de
Isaque e de Jacó, o Deus de nossos Pais, glorificou a seu Servo Jesus, a quem vós entregastes e
perante a face de Pilatos negastes, quando este havia resolvido soltá-lo”
Atos 03:13. Em Atos 05:30, o Apóstolo Pedro e os demais
Apóstolos se referem implicitamente a Abraão, Isaque e a Jacó, ao se defenderem
de seus acusadores, dizendo: o Deus de nossos Pais ressuscitou a Jesus, ao qual
vós matastes, e crucificastes. Em Atos
07:11, o Apóstolo Paulo, explicando o
Evangelho, se detém em contar acerca da grande fome que fez com que Jacó
enviasse seus Filhos ao Egito para comprar alimentos. Dentre estes Filhos de
Jacó estavam ausentes José porque já estava no Egito Gênesis 01:05, onde foi nomeado Governador pelo Faraó e que
foi o instrumento de Deus para matar a fome de seus irmãos e cumprirem-se as
promessas feitas a seu Pai Jacó, seu avô Isaque e a seu bisavô Abraão; e Benjamim, que era o Irmão mais novo
e havia ficado com seu Pai Jacó, Gênesis
42:04. Abraão, Isaac e Jacó foram os Três grandes patriarcas do Antigo
Testamento: Eles foram os Primeiros Pais, grandes varões que deram origem ao Povo Hebreu, do qual, no futuro, nasceria
Jesus Cristo, o Messias. O Livro começa com a narração bíblica da Torre de
Babel e a confusão das línguas, uma resposta divina à negligência dos Homens
por não observarem a Aliança que Deus estabeleceu com Noé.
08-
O EXODO
04
O
Livro do Êxodo conta como Moisés liderou os israelitas em sua fuga do Egito,
através da região desértica do Monte Sinai, onde Deus revelou-se a lhes
ofereceu uma Aliança: eles deveriam seguir sua Tora,. Lei ou instrução, e em troca ele seria Deus e lhes daria a
Terra de Canaã. O Livro de Levítico registra as Leis de Deus. O Livro de Números conta como os israelitas, liderados agora por seu Deus, viajaram do
Sinai até Canaã, porém quando seus espiões relataram que aquela Terra era
povoada por gigantes eles se recusaram a seguir adiante. Deus então condenou-os
a permanecer no deserto até que a geração que abandonou o Egito tivesse
perecido. Depois quase quarenta Anos. Os israelitas viajaram
até as fronteiras de Canaã. O Livro do Deuteronômio narra como, já
diante da Terra Prometida, Moisés recordou suas viagens e lhes deu novas Leis.
Sua morte, registrado na Torá, conclui os
Quarenta Anos do êxodo do Egito. Embora a História narrada nos Livros do Êxodo,
Números e Deuteronômio seja o relato mais conhecido do Êxodo, existem mais de
150 referências ao evento espalhadas por toda a Bíblia. As Primeiras menções
foram feitas pelos Profetas Amós e possivelmente Oséias,
ambos em atividade no Reino de Israel, durante o século VIII. No entanto é
razoável concluir que a tradição do Êxodo era importante no Reino do
Norte, no Século VIII, porém não em seu
vizinho do Sul.
09-
A TERRA PROMETIDA
O
termo Terra Prometida é utilizado para
descrever a Terra prometida ou dada por Deus, de acordo com a Bíblia, aos
israelitas. A promessa foi feita primeiramente a Abraão e então renovada ao seu Filho, Isaque, e ao
seu Filho Jacó. A Terra prometida era
descrita em termos de extensão territorial como indo do Rio do Egito ao Rio
Eufrates o que hoje compreenderia os territórios do Estado de Israel, Palestina, Cisjordânia,
Jordânia ocidental, Sul da Síria e Sul
do Líbano e foi dada de fato aos descendentes dos patriarcas depois do Êxodo. O
termo não deve ser confundido com a expressão, Terra de Israel, utilizada
primeiramente quando as tribos Israelitas já estavam em Canaã. Em Gênesis 12:01
é dito: Então o Senhor disse a Abrão: saia da tua Terra, do meio dos seus
parentes e da Casa de seu Pai, e vá para
a uma Terra que eu lhe mostrarei, e no
Livro de Gênesis 12:07: O Senhor
apareceu a Abrão e disse: À tua descendência darei esta Terra.
10-
A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA
Após
a morte de Moisés, Josué foi encarregado com o trabalho de guiar os israelitas
na próxima fase do desenvolvimento da Nação. Sob sua
05
liderança,
o Povo tomou posse da Terra de Canaã e,
desta maneira, Deus cumpriu mais uma
parte da promessa feita a Abraão Gênesis
12:03. A grande Nação constituída na saída do Egito recebeu a herança prometida. O Homem destacado no Livro de
Josué servira como auxiliar de Moisés durante a jornada do Povo no deserto e se
destacou como guerreiro valente e Homem de Fé. Josué e Calebe foram os únicos Dois dos Doze
Homens enviados numa missão de reconhecimento que acreditavam na
promessa de Deus, e foram os únicos daquela geração admitidos à Terra. Na leitura de Josué seguimos a História
da conquista da Terra de Canaã:
Capítulos 01 a 05 relatam o início do Trabalho de Josué como
Líder e a entrada do Povo na Terra prometida. quando chegaram a Canaã, os Homens nascidos no deserto foram circuncidados, uma
condição da posse da Terra, e o Povo celebrou a Páscoa, comemorando sua libertação
do poder dos egípcios exatamente 40 Anos antes. Capítulo 06 do Livro de
Josué, registra a Vitória dos israelitas
sobre Jericó, uma Cidade bem fortificada perto do Rio Jordão. Esta Primeira
batalha na Terra foi importante para mostrar ao Povo o poder do Senhor e sua
fidelidade em cumprir as promessas feitas a eles e aos seus antepassados.
Capítulos 07 a 12 falam da conquista do
País, começando com o Sul, passando para o Norte e, depois, apresentando um
resumo da campanha da conquista, incluindo as
Terras conquistadas na Transjordânia
antes da morte de Moisés. Capítulos 13 a 22 registram a divisão da Terra entre as tribos de Israel, destacando o
estabelecimento das Cidades dos levitas e, entre elas, as Cidades de refúgio.
Capítulos 23 e 24 encerram a História de Josué com seu resumo da História da
fidelidade de Deus e os desafios finais apresentados ao Povo antes da morte
deste grande Líder. Há muitas
lições importantes em Josué.
11-
A DIVISAO DOS DOIS REINOS
Após
essa decisão de Roboão o Povo se negou a continuar sendo governado por ele.
Levantaram como Rei de Israel Jeroboão, ficando sob as ordens de Roboão apenas
as tribos de Judá e Benjamim 1ª Reis 12.
Sendo assim o Reino de Israel ficou dividido. O Reino do Norte, Israel,
capital Samaria e o Reino do Sul, Judá, capital Jerusalém,
formando Judá e Benjamim o Reino do Sul e o restante das Dez tribos o
Reino do Norte. Com a divisão, a geografia cooperou para o desenvolvimento
independente de cada tribo. A tribo de Judá não se comunicava com as tribos do
Norte em razão da largura e profundidade do vale do Soreque, na região central
de Israel. A Oeste estavam os filisteus; ao Sul, o perigoso deserto do
Neguebe e também as populações nômades
da
06
região,
sempre hostis a estrangeiros; a Leste havia o
Mar Morto. Assim Judá era a tribo mais isolada de Israel, portanto a
mais sujeita ao sentimento de liberdade. Entretanto, se a situação religiosa de
Judá era má, a de Israel tornou-se pior. Jeroboão mandou estabelecer santuários
em Betel e Dã, tornando essas Cidades
centros de adoração pagã. Assim seu Reino se tornou o modelo de iniquidades
para sempre, com o qual os futuros reis malignos de Israel seriam comparados 1ª
Reis 16.02, 03.19. Jeroboão violou os mandamentos de Deus e a Aliança com Jeová,
seguindo outros deuses e rejeitando o Deus de Israel. Portanto, Jeová findaria a dinastia de Jeroboão
rapidamente e transportaria Israel para além do Rio Eufrates, em consequência
de seus pecados. Em várias ocasiões os dois reinos lutaram entre si competindo
pelo controle da região. Porém, os laços da tradição antepassada eram muitos
fortes, fato que os manteve unidos, muitas vezes em ocasiões de perigo 1ª Reis 14.30.
12-
A QUEDA DE JERUSALEM
Era
Zedequias da idade de Vinte e Mm Anos quando começou a reinar, e reinou Onze Anos em Jerusalém. O Nome de sua Mãe era Hamutal, Filha de Jeremias, de Libna.
E fez o que era mau aos Olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Jeoiaquim. Pois por causa da ira do Senhor, chegou-se a tal ponto em Jerusalém e
Judá que ele os lançou da sua presença. E Zedequias rebelou-se contra o Rei de
Babilônia. No Ano Nono do seu reinado,
no Mês Décimo, no Décimo Dia do Mês, veio Nabucodonosor, Rei de Babilônia, contra Jerusalém, ele e todo o seu Exército,
e se acamparam ao redor dela. Assim
esteve cercada a Cidade até o Ano Undécimo do Rei Zedequias.
No quarto Mês, aos Nove do Mês, a fome prevalecia na Cidade, de tal modo
que não havia pão para o Povo da Terra. Então foi aberta uma brecha na Cidade;
e todos os Homens de guerra fugiram, e saíram da Cidade de Noite, pelo caminho
da porta entre os Dois muros, a qual está junto ao jardim do Rei, enquanto
os Caldeus estavam ao redor da Cidade; e
foram pelo caminho da Arabá. Mas o Exército dos caldeus perseguiu o Rei, e alcançou
a Zedequias nas campinas de Jericó; e todo o seu Exército se espalhou,
abandonando-o. Prenderam o Rei, e o fizeram subir ao Rei de Babilônia a Ribla
na Terra de Hamate, o qual lhe pronunciou a sentença. E o Rei de Babilônia
matou os Filhos de Zedequias na sua
vista; e também matou a todos os Príncipes de Judá em Ribla. E cegou os Olhos a
Zedequias; e o atou com cadeias; e o Rei de Babilônia o levou para Babilônia, e o conservou na prisão até o
Dia da sua morte. No quinto Mês, no
décimo Dia do Mês, que era o
07
Décimo
Nono Ano do Rei Nabucodonosor, Rei de Babilônia, veio a Jerusalém Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia
na presença do Rei de Babilônia. E
queimou a Casa do Senhor, e a Casa do Rei,
como também a todas as Casas de
Jerusalém, todas as Casas importantes,
ele as incendiou. E todo o Exército dos caldeus, que estava com o capitão da
guarda, derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém. E os mais pobres do
Povo, e o resto do Povo que tinha ficado na Cidade, e os desertores que se
haviam passado para o Rei de Babilônia, e o resto dos artífices, Nebuzaradã,
capitão da guarda, levou-os cativos. Mas
dos mais pobres da Terra Nebuzardã,
capitão da guarda, deixou ficar alguns, para serem vinhateiros e
lavradores. Os caldeus despedaçaram as colunas de bronze que estavam na Casa do
Senhor, e as bases, e o Mar de bronze, que estavam na Casa do Senhor, e levaram
todo o bronze para Babilônia. Também tomaram as caldeiras, as pás, as espevitadeiras, as bacias, as colheres, e
todos os utensílios de bronze, com que se ministrava o Culto ao Deus Criador. O
Rei de Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na Terra de Hamate. Assim Judá
foi levado cativo para fora da sua
Terra. Este é o Povo que
Nabucodonosor levou cativo: no sétimo Ano Três Mil e Vinte e Três Judeus; no
Ano Décimo Oitavo de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém Oitocentas e Trinta e Duas Pessoas; no Ano Vinte e Três de Nabucodonosor,
Nebuzaran, capitão da guarda, levou cativas, dentre os Judeus, Setecentas e Quarenta e Cinco Pessoas;
todas as Pessoas foram Quatro Mil e Seiscentas.
13- A RECONSTRUÇÃO
O
Cativeiro Babilônico também chamado de
exílio ou cativeiro na Babilônia ou na
Babilônia, é o Nome geralmente usado para designar a deportação em massa e
exílio dos Judeus do antigo Reino de
Judá para a Babilônia por Nabucodonosor. Este período histórico foi marcado
pela atividade dos Profetas do Antigo Testamento, Jeremias, Ezequiel e Daniel.
A Primeira deportação teve início em 598 a.C. Jerusalém é sitiada e o jovem Joaquim,
Rei de Judá, rende-se voluntariamente. O Templo de Jerusalém é parcialmente
saqueado e uma grande parte da nobreza, os oficiais militares e artífices,
inclusive o Rei, são levados para o exílio em Babilônia. Zedequias, tio do Rei
Joaquim, é nomeado por Nabucodonosor
como Rei vassalo. Precisamente 11 Anos depois, em resultado de nova
revolta no Reino de Judá, ocorre a segunda deportação em 587 a.C. e a
consequente destruição de Jerusalém e seu Templo. Governando os poucos Judeus
remanescentes na Terra de Judá, os mais
pobres ficou Gedalias nomeado por Nabucodonosor. Dois Meses depois,
Gedalias é
08
assassinado
e os poucos habitantes que restavam fogem para o Egito com medo de represálias,
deixando a Terra de Judá ex-Reino de
Judá efetivamente sem habitantes e suas
Cidades em ruínas. É certo que o período de cativeiro "em Babilônia"
terminou no Primeiro Ano de reinado de
Ciro. 538 a.C. 537 a.C. após a conquista persa da Cidade de Babilônia 539 a.C.. Em consequência do Decreto de Ciro,
os Judeus exilados foram autorizados a
regressar à Terra de Judá, em particular a Jerusalém, para reconstruir o Templo. Quando o Povo
Judeu israelitas regressou à Terra de Judá, encontrou uma
mescla de Povos, os Samaritanos, que
praticava uma Religião com alguns pontos comuns com a Religião do Antigo Israel
baseados na Lei de Moisés. As hostilidades cresceram entre os Judeus que
regressavam e os Samaritanos, uma divisão Religiosa que permanece. O Cativeiro
em Babilônia e o regresso do Povo Judeu à Terra de Judá, foram entendidos como um dos grandes atos centrais
no drama da relação entre o Deus de Israel e o seu Povo arrependido em parte. O
caso do Reino de Judá foi muito diferente do destino das Dez tribos que
formavam o Reino de Israel setentorial.
Tal como o Antigo Israel tinha sido predestinado como Povo para serem libertos
da escravatura no Antigo Egito, agora os
Judeus estavam predestinados a serem punidos por Deus usando o Império
New babilônio e, mais uma vez, libertos. Esta experiência coletiva teve efeitos
muito importantes na sua Religião e cultura. Marca o surgimento da leitura e
estudo da Torá nas Sinagoga locais na
Vida Religiosa dos Judeus
dispersos pelo Mundo.
“Nada espero do muito que eu não tenho.
Professor
Edmilson Carvalho
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