sexta-feira, 24 de abril de 2015

DISCIPLINA INTRODUÇÃO AO ANTIGO TESTAMENTO

INTRODUÇÃO  AO  ANTIGO  TESTAMENTO 
01- INTRODUÇÃO
Antigo Testamento é uma coletânea de escritos que os Judeus chamam  a Lei, os Profetas e os escritos, quando os Cristãos consideraram que suas próprias escrituras apostólicas  expressavam as disposições de uma nova  Aliança, ou um Novo Testamento, entre Deus e seu Povo, denominaram as Escrituras anteriores do Antigo Testamento, ou seja, a antiga Aliança. A presente Introdução quer apresentar o ambiente geográfico e histórico no qual nasceu o Antigo Testamento.
02- OBJETIVO
A Disciplina tem como objetivo compreender a função da Teologia Bíblica do Antigo Testamento enquanto Disciplina cientifica, buscando distingui-la das preocupações da Teologia Dogmática. Tal distinção faz-se necessário, uma vez que, a História da pesquisa cientifica do Antigo Testamento busca se consolidar e constituir sua autonomia em relação à tradição eclesiástica, embora possa lhe ser útil. O objetivo geral é compreender a matriz das principais abordagens teóricas da ciência bíblica do Antigo Testamento.
03- CONTEUDO
Fatos  a cerca do Antigo Testamento, A  revelação.  O povo Hebreu, Os Patriarcas,  O Êxodos, A Terra prometida, A conquista da Terra prometida, A divisão dos Reinos, O cativeiro assírio, A queda de Jerusalém, O cativeiro babilônico,  A reconstrução.
04- FATOS A CERCA DO VELHO TESTAMENTO
A tarefa do Teólogo do Antigo Testamento, é a de apresentar as verdades do Povo  e da religião  de Israel organicamente, mostrando como uma  Verdade surgiu de outra que a precedeu.  Assim Deus implantou as  Verdades de seu Reino na Vida religiosa de Israel, o seu Povo, As Verdades do Reino  de Deus se apresentam em termos da História , das instituições e da Vida do Povo de Israel. Há um distinção definitiva entre a Teologia do Velho Testamento e a do Novo Testamento. A Teologia dos Judeus baseia-se principalmente nos seus Livros canônicos do Antigo Testamento, O Pentateuco, a Torá e o Talmud.  Os Cristãos reconhecem a conveniência de tratar a Teologia de cada uma das duas partes da nossa Bíblia separadamente, cuidando de não ler no Antigo Testamento ensinos
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distintivos do Novo. Nem se deve  obscurecer as diferenças entre os ensinos das Duas partes. É necessário, todavia do ponto de vista Cristão, reconhecer que as doutrinas Teológicas do Novo Testamento ficam enraizadas  na  Teologia do Antigo, e que a Teologia do Antigo Testamento chega à plena fruição na Teologia do Novo Testamento. Não se deve ler o Antigo Testamento como texto científico da Historia, pois que  trata-se das experiências religiosas do Povo de Israel com o seu Deus. Escritores bíblicos, de épocas diferentes, interpretaram os acontecimentos na sua vida nacional de pontos de vista diferentes. Um estudo cuidadoso mostra que há Três fontes da Teologia do Antigo Testamento representadas no longo período de desenvolvimento, que culminou nas doutrinas Teológicas dos Profetas canônicos.  A corrente principal se originou da revelação de Jeová ao Povo de Israel por intermédio de Moisés, a redenção e a escolha de Israel para o serviço de seu Deus. Depois Jeová  identifica-se como El  Shadday,  o Deus de Abraão, e assim a Fé patriarcal integrou-se com a Teologia bíblica.  A Terceira fonte, a influência dos vizinhos na religião de Israel, é mais difícil avaliar. Os mensageiros do Senhor lutavam  heroicamente para purificar a sua Religião das influências piores dos Povos contemporâneos,  mas não há dúvida de que os israelitas incorporaram algumas das  Festas e cerimônias religiosas dos Povos cananeus  no seu Culto ao Senhor.  Mas na Teologia dos Profetas esta influência  foi reduzida ao mínimo,  mais ou menos como o cristianismo livrou-se, em grande parte, das influências do paganismo.
05- A REVELAÇÃO
Revelação, é Deus, o Criador, fazendo-se conhecido aos  Homens e comunicando-lhes seus propósitos, o Homem sozinho nunca poderia chegar a um  conhecimento  perfeito de Deus, conhecemos algo sobre Deus porque Ele mesmo se fez conhecido aos  Homens. Fala-se muito hoje em comunicação, Deus também comunicou aos  Homens seus propósitos, um dos propósitos de Deus foi a redenção da humanidade. Quando Deus comunicou aos Homens seus propósitos, Ele estava se revelando. Deste modo, conhecemos nosso Criador como Deus de Amor Santidade porque  Ele mesmo se revelou a nós. Por isso, dizemos que revelação é o fato de que Deus, o Criador, fez-se conhecido aos Homens e comunicou-lhes os seus propósitos. Deus se faz conhecido e comunica aos Homens os seus propósitos basicamente de duas maneiras: através de uma revelação geral e uma revelação especial. Na revelação geral Deus se revela aos Homens de um modo geral através da natureza e da
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nossa consciência. Qualquer pessoa, observando a natureza, pode ter certo conhecimento de Deus. A revelação especial, é  o outro modo de chegarmos a possuirmos  o conhecimento da vontade de Deus: Através da nossa consciência. Esta voz é o Espírito Santo que habita em nós.
06- O POVO HEBREU
Na realidade a  Historia do Povo de Israel, começa no  capítulo  Doze do Livro de Genesis.  O Povo Hebreu é um povo semita um ramo linguístico comum a Hebreus e  Árabes, descendente de Éber, Filho de Noé, que por sua vez é descendente da Nona geração de Adão e Eva e era formado por pastores nômades viviam na Cidade de Ur, na Mesopotâmia. Ali, às margens do Rio Eufrates, nascia Abrão, Filho de Terá, no seio de uma  Família politeísta. Abrão desde cedo se recusou a aceitar o politeísmo e a idolatria às estátuas e aos astros. Tentou convencer seu  Pai e o Povo de de sua Terra que tudo que ele via, rewfente a natureza  deveria ser obra de um único Deus. O Rei de Ur, Nimrod, sentiu-se particularmente  ameaçado e insultado,  pois ele mesmo queria ser considerado um deus. Por volta dos seus 75 Anos, o Deus de Abrão chamado aqui de Jeová, finalmente se revela a pede para que Abrão deixe sua Terra e parta para outro lugar. Ele se dirige para Canaã com sua Mulher  Sara, com sua Família e com os convertidos ao monoteísmo, mas no meio do caminho resolve parar na Cidade de Harã atual Turquia, que também era um grande entreposto comercial no Oriente. Em Harã, Jeová faz um pacto com Abrão, prometendo descendência numerosa, o rebatiza como Abraão que significa  Pai ou líder de muitos e lhe promete uma Terra para seus descendentes. Esta Terra prometida era Canaã que é hoje onde fica Israel, Sul do Líbano e parte da Síria. Abraão continua sua longa peregrinação até a Terra prometida, de acordo com a  Aliança firmada com Jeová. Canaã era habitada por cananeus, descendentes de Cam neto de Noé. Entre outros deuses, os cananeus  adoravam Baal  deus dos deuses. Este sincretismo entre Abraão e cananeus iria ser a base do monoteísmo judaico. Na Verdade, os Povos seminômades adoravam diversos deuses, mas precisava-se de um único  Deus forte para justificar um estado Teocrático que desse respaldo para a autoridade de um único  Rei.
07- OS PATRIARCAS
Os patriarcas são Príncipes, chefes de  Família ou de tribos, o termo foi aplicado com um sentido especial no Novo Testamento a Abraão, Isaque, Jacó, aos Filhos de Jacó e a Davi. No Antigo Testamento a expressão equivalente é em geral “príncipe da tribo. Mas o título é, ordinariamente,
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dado àqueles que viveram antes do tempo de Moisés. Sob o regime patriarcal  o   Pai de  Família, ou chefe de tribo, tinha autoridade suprema sobre seus  Filhos e servos, ele não  tinha que dar contas dos seus atos a qualquer superior  terrestre, e por isso podia recompensar ou castigar,  segundo a sua maneira de ver. Encontra-se isto inteiramente exemplificado nas vidas de Abraão, Isaque e Jacó. Cada um exercia a sua autoridade com poder absoluto, e, como nos casos de Israel, Esaú, Jacó, Simeão e Levi,  procediam  os  patriarcas mais segundo os seus Sentimentos  pessoais do que em virtude de qualquer estabelecido código de Leis. É claro que na proporção em que os patriarcas possuíam o temor de Deus, o seu Governo havia de exercer-se com Justiça e bondade, mas onde faltava esse sentimento religioso, imperava a opressão, violência e injustiça.  Ao recorremos a leitura do Novo Testamento constatamos a veracidade das informações, a partir do Livro de Atos quando a denominação é atribuída a Davi pelo Apóstolo Pedro em seu discurso:  irmãos, seja-me permitido dizer-vos livremente acerca do patriarca Davi, que ele morreu e foi sepultado, e entre nós está até hoje a sua sepultura, Atos  02:29. Mais adiante, Lucas relata que o Apóstolo Pedro pregando no Templo menciona Abraão, Isaque e Jacó como nossos Pais: O Deus de Abraão, de Isaque e de Jacó, o Deus de nossos Pais, glorificou a  seu Servo Jesus, a quem vós entregastes e perante a face de Pilatos negastes, quando este havia resolvido soltá-lo” Atos  03:13. Em  Atos 05:30, o Apóstolo Pedro e os demais Apóstolos se referem implicitamente a Abraão, Isaque e a Jacó, ao se defenderem de seus acusadores, dizendo: o Deus de nossos Pais ressuscitou a Jesus, ao qual vós matastes,  e crucificastes.  Em Atos  07:11, o Apóstolo Paulo, explicando o  Evangelho, se detém em contar acerca da grande fome que fez com que Jacó enviasse seus Filhos ao Egito para comprar alimentos. Dentre estes Filhos de Jacó estavam ausentes José porque já estava no Egito Gênesis 01:05,  onde foi nomeado Governador pelo Faraó e que foi o instrumento de Deus para matar a fome de seus irmãos e cumprirem-se as promessas feitas a seu Pai Jacó, seu avô Isaque e a seu bisavô  Abraão; e Benjamim, que era o Irmão mais novo e havia ficado com seu Pai Jacó,  Gênesis 42:04. Abraão, Isaac e Jacó foram os Três grandes patriarcas do Antigo Testamento: Eles foram os Primeiros Pais, grandes  varões que deram origem ao  Povo Hebreu, do qual, no futuro, nasceria Jesus Cristo, o Messias. O Livro começa com a narração bíblica da Torre de Babel e a confusão das línguas, uma resposta divina à negligência dos Homens por não observarem a Aliança que Deus estabeleceu com Noé.
08- O  EXODO
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O Livro do Êxodo conta como Moisés liderou os israelitas em sua fuga do Egito, através da região desértica do Monte Sinai, onde Deus revelou-se a lhes ofereceu uma Aliança: eles deveriam seguir sua Tora,. Lei ou instrução,  e em troca ele seria Deus e lhes daria a Terra de Canaã. O Livro de Levítico registra as Leis de Deus. O Livro de  Números conta como os israelitas,  liderados agora por seu Deus, viajaram do Sinai até Canaã, porém quando seus espiões relataram que aquela Terra era povoada por gigantes eles se recusaram a seguir adiante. Deus então  condenou-os  a permanecer no deserto até que a geração que abandonou o Egito tivesse perecido. Depois quase quarenta Anos. Os israelitas   viajaram  até as fronteiras de Canaã. O Livro do Deuteronômio narra como, já diante da Terra Prometida, Moisés recordou suas viagens e lhes deu novas Leis. Sua morte, registrado na Torá, conclui  os Quarenta Anos do êxodo do Egito. Embora a História narrada nos Livros do Êxodo, Números e Deuteronômio seja o relato mais conhecido do Êxodo, existem mais de 150 referências ao evento espalhadas por toda a Bíblia. As Primeiras menções foram feitas pelos Profetas  Amós  e possivelmente  Oséias,  ambos em atividade no Reino de Israel, durante o século VIII. No entanto  é  razoável concluir que a tradição do Êxodo era importante no Reino do Norte, no Século VIII, porém  não em seu vizinho do Sul.
09- A TERRA PROMETIDA
O termo Terra Prometida é  utilizado para descrever a Terra prometida ou dada por Deus, de acordo com a Bíblia, aos israelitas. A promessa foi feita primeiramente a Abraão  e então renovada ao seu Filho, Isaque, e ao seu Filho Jacó.  A Terra prometida era descrita em termos de extensão territorial como indo do Rio do Egito ao Rio Eufrates o que hoje compreenderia os territórios do  Estado de Israel, Palestina, Cisjordânia, Jordânia ocidental,  Sul da Síria e Sul do Líbano e foi dada de fato aos descendentes dos patriarcas depois do Êxodo. O termo não deve ser confundido com a expressão, Terra de Israel, utilizada primeiramente quando as tribos Israelitas já estavam em Canaã. Em Gênesis 12:01 é dito: Então o Senhor disse a Abrão: saia da tua Terra, do meio dos seus parentes e da Casa de seu  Pai, e vá para a uma  Terra que eu lhe mostrarei, e no Livro de  Gênesis 12:07: O Senhor apareceu a Abrão e disse: À tua descendência darei esta Terra.
10- A CONQUISTA DA TERRA PROMETIDA
Após a morte de Moisés, Josué foi encarregado com o trabalho de guiar os israelitas na próxima fase do desenvolvimento da Nação. Sob sua
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liderança, o Povo tomou posse da  Terra de Canaã e, desta maneira, Deus  cumpriu mais uma parte da promessa feita a Abraão  Gênesis 12:03. A grande Nação constituída na saída do Egito recebeu a herança  prometida. O Homem destacado no Livro de Josué servira como auxiliar de Moisés durante a jornada do Povo no deserto e se destacou como guerreiro valente e Homem de Fé. Josué e Calebe foram os únicos  Dois dos Doze  Homens enviados numa missão de reconhecimento que acreditavam na promessa de Deus, e foram os únicos daquela geração admitidos à  Terra. Na leitura de Josué seguimos a História da conquista da  Terra de Canaã: Capítulos  01 a  05 relatam o início do Trabalho de Josué como Líder e a entrada do Povo na Terra prometida. quando  chegaram a Canaã, os Homens  nascidos no deserto foram circuncidados, uma condição da posse da  Terra, e o Povo  celebrou a Páscoa, comemorando sua libertação do poder dos egípcios exatamente 40 Anos antes. Capítulo 06 do Livro de Josué,  registra a Vitória dos israelitas sobre Jericó, uma Cidade bem fortificada perto do Rio Jordão. Esta Primeira batalha na Terra foi importante para mostrar ao Povo o poder do Senhor e sua fidelidade em cumprir as promessas feitas a eles e aos seus antepassados. Capítulos  07 a 12 falam da conquista do País, começando com o Sul, passando para o Norte e, depois, apresentando um resumo da campanha da conquista, incluindo as  Terras conquistadas na Transjordânia  antes da morte de Moisés. Capítulos 13 a 22 registram a divisão da  Terra entre as tribos de Israel, destacando o estabelecimento das Cidades dos levitas e, entre elas, as Cidades de refúgio. Capítulos 23 e 24 encerram a História de Josué com seu resumo da História da fidelidade de Deus e os desafios finais apresentados ao Povo antes da morte deste grande Líder. Há muitas  lições  importantes em Josué.
11- A DIVISAO DOS DOIS REINOS
Após essa decisão de Roboão o Povo se negou a continuar sendo governado por ele. Levantaram como Rei de Israel Jeroboão, ficando sob as ordens de Roboão apenas as tribos de Judá e Benjamim  1ª Reis 12. Sendo assim o Reino de Israel ficou dividido. O Reino do Norte, Israel, capital  Samaria e o Reino do  Sul, Judá, capital  Jerusalém,  formando Judá e Benjamim o Reino do Sul e o restante das Dez tribos o Reino do Norte. Com a divisão, a geografia cooperou para o desenvolvimento independente de cada tribo. A tribo de Judá não se comunicava com as tribos do Norte em razão da largura e profundidade do vale do Soreque, na região central de Israel. A Oeste estavam os filisteus; ao Sul, o perigoso deserto do Neguebe  e também as populações nômades da
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região, sempre hostis a estrangeiros; a Leste havia o  Mar Morto. Assim Judá era a tribo mais isolada de Israel, portanto a mais sujeita ao sentimento de liberdade. Entretanto, se a situação religiosa de Judá era má, a de Israel tornou-se pior. Jeroboão mandou estabelecer santuários em Betel e Dã, tornando  essas Cidades centros de adoração pagã. Assim seu Reino se tornou o modelo de iniquidades para sempre, com o qual os futuros reis malignos de Israel seriam comparados 1ª Reis 16.02, 03.19. Jeroboão violou os mandamentos de Deus e a Aliança com Jeová, seguindo outros deuses e rejeitando o Deus de Israel. Portanto,  Jeová findaria a dinastia de Jeroboão rapidamente e transportaria Israel para além do Rio Eufrates, em consequência de seus pecados. Em várias ocasiões os dois reinos lutaram entre si competindo pelo controle da região. Porém, os laços da tradição antepassada eram muitos fortes, fato que os manteve unidos, muitas vezes em ocasiões de perigo 1ª  Reis 14.30.
12- A QUEDA DE JERUSALEM
Era Zedequias da idade de Vinte e Mm Anos  quando começou a reinar, e reinou Onze  Anos em Jerusalém. O Nome de sua  Mãe era Hamutal, Filha de Jeremias, de Libna. E fez o que era mau aos  Olhos  do Senhor, conforme tudo o que fizera Jeoiaquim. Pois por causa da ira do Senhor, chegou-se a tal ponto em Jerusalém e Judá que ele os lançou da sua presença. E Zedequias rebelou-se contra o Rei de Babilônia. No Ano  Nono do seu reinado, no Mês Décimo, no Décimo Dia do Mês, veio Nabucodonosor, Rei de Babilônia,  contra Jerusalém, ele e todo o seu Exército, e se acamparam ao redor dela.  Assim esteve cercada a Cidade até o Ano Undécimo do Rei  Zedequias.  No quarto Mês, aos Nove do Mês, a fome prevalecia na Cidade, de tal modo que não havia pão para o Povo da Terra. Então foi aberta uma brecha na Cidade; e todos os Homens de guerra fugiram, e saíram da Cidade de Noite, pelo caminho da porta entre os Dois muros, a qual está junto ao jardim do Rei, enquanto os  Caldeus estavam ao redor da Cidade; e foram pelo caminho da Arabá. Mas o Exército dos caldeus perseguiu o Rei, e alcançou a Zedequias nas campinas de Jericó; e todo o seu Exército se espalhou, abandonando-o. Prenderam o Rei, e o fizeram subir ao Rei de Babilônia a Ribla na Terra de Hamate, o qual lhe pronunciou a sentença. E o Rei de Babilônia matou os Filhos  de Zedequias  na  sua vista; e também matou a todos os Príncipes de Judá em Ribla. E cegou os Olhos a Zedequias; e o atou com cadeias; e o Rei de Babilônia o levou  para Babilônia, e o conservou na prisão até o Dia da sua morte.   No quinto Mês, no décimo Dia do Mês, que era o
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Décimo Nono Ano do Rei Nabucodonosor, Rei de Babilônia, veio a Jerusalém  Nebuzaradã, capitão da guarda, que assistia na presença do Rei de Babilônia.  E queimou a Casa do Senhor, e a Casa do Rei,  como também a todas as Casas   de Jerusalém, todas as Casas  importantes, ele as incendiou. E todo o Exército dos caldeus, que estava com o capitão da guarda, derribou todos os muros que rodeavam Jerusalém. E os mais pobres do Povo, e o resto do Povo que tinha ficado na Cidade, e os desertores que se haviam passado para o Rei de Babilônia, e o resto dos artífices, Nebuzaradã, capitão da guarda, levou-os cativos.  Mas dos mais pobres da Terra Nebuzardã,  capitão da guarda, deixou ficar alguns, para serem vinhateiros e lavradores. Os caldeus despedaçaram as colunas de bronze que estavam na Casa do Senhor, e as bases, e o Mar de bronze, que estavam na Casa do Senhor, e levaram todo o bronze para Babilônia. Também tomaram as caldeiras, as pás,  as espevitadeiras, as bacias, as colheres, e todos os utensílios de bronze, com que se ministrava o Culto ao Deus Criador. O Rei de Babilônia os feriu e os matou em Ribla, na Terra de Hamate. Assim Judá foi levado cativo para fora da sua  Terra.  Este é o Povo que Nabucodonosor levou cativo: no sétimo Ano Três Mil e Vinte e Três Judeus; no Ano Décimo Oitavo de Nabucodonosor, ele levou cativas de Jerusalém  Oitocentas e Trinta e Duas  Pessoas; no Ano Vinte e Três de Nabucodonosor, Nebuzaran, capitão da guarda, levou cativas, dentre os  Judeus, Setecentas e Quarenta e Cinco  Pessoas;  todas as Pessoas foram Quatro Mil e Seiscentas.
13-  A RECONSTRUÇÃO
O Cativeiro Babilônico  também chamado de exílio ou cativeiro na Babilônia  ou na Babilônia, é o Nome geralmente usado para designar a deportação em massa e exílio dos  Judeus do antigo Reino de Judá para a Babilônia por Nabucodonosor. Este período histórico foi marcado pela atividade dos Profetas do Antigo Testamento, Jeremias, Ezequiel e Daniel. A Primeira deportação teve início em 598 a.C. Jerusalém é sitiada e o jovem Joaquim, Rei de Judá, rende-se voluntariamente. O Templo de Jerusalém é parcialmente saqueado e uma grande parte da nobreza, os oficiais militares e artífices, inclusive o Rei, são levados para o exílio em Babilônia. Zedequias, tio do Rei Joaquim, é nomeado por Nabucodonosor  como Rei vassalo. Precisamente 11 Anos depois, em resultado de nova revolta no Reino de Judá, ocorre a segunda deportação em 587 a.C. e a consequente destruição de Jerusalém e seu Templo. Governando os poucos Judeus remanescentes na Terra de Judá,  os mais pobres  ficou Gedalias  nomeado por Nabucodonosor. Dois Meses depois, Gedalias é
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assassinado e os poucos habitantes que restavam fogem para o Egito com medo de represálias, deixando a Terra de Judá  ex-Reino de Judá  efetivamente sem habitantes e suas Cidades em ruínas. É certo que o período de cativeiro "em Babilônia" terminou no Primeiro  Ano de reinado de Ciro. 538 a.C. 537 a.C. após a conquista persa da Cidade de Babilônia  539 a.C.. Em consequência do Decreto de Ciro, os Judeus  exilados foram autorizados a regressar à Terra de Judá, em particular a Jerusalém, para  reconstruir o Templo. Quando o Povo Judeu  israelitas  regressou à Terra de Judá, encontrou uma mescla de Povos, os  Samaritanos, que praticava uma Religião com alguns pontos comuns com a Religião do Antigo Israel baseados na Lei de Moisés. As hostilidades cresceram entre os Judeus que regressavam e os Samaritanos, uma divisão Religiosa que permanece. O Cativeiro em Babilônia e o regresso do Povo Judeu à Terra de Judá, foram  entendidos como um dos grandes atos centrais no drama da relação entre o Deus de Israel e o seu Povo arrependido em parte. O caso do Reino de Judá foi muito diferente do destino das Dez tribos que formavam o Reino  de Israel setentorial. Tal como o Antigo Israel tinha sido predestinado como Povo para serem libertos da escravatura no Antigo Egito, agora os  Judeus estavam predestinados a serem punidos por Deus usando o Império New babilônio e, mais uma vez, libertos. Esta experiência coletiva teve efeitos muito importantes na sua Religião e cultura. Marca o surgimento da leitura e estudo da Torá nas  Sinagoga  locais na  Vida Religiosa dos  Judeus dispersos  pelo  Mundo.

Nada espero do muito que eu não tenho.

Professor Edmilson Carvalho              


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